Efeitos duradouros da administração de Ketamina e Isoflurano nas respostas comportamentais do tipo ansiedade e pânico em ratos Wistar.

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2021
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Na prática clínica e laboratorial, o uso de anestésicos é fundamental para a realização de cirurgias. Os anestésicos, além de causar sedação e relaxamento muscular, promovem diversos desfechos fisiológicos, como alterações psicotomiméticas, aumento da frequência cardíaca e pressão arterial. No entanto, os estudos que descrevem o efeito comportamental induzido pela ketamina e isoflurano são conflitantes. No presente estudo, avaliamos os efeitos comportamentais decorrentes da da administração de ketamina e isoflurano. Também avaliamos o efeito da ketamina na citotoxicidade e viabilidade celular em culturas de células primárias neuronais amigdalares. Foram utilizados 80 animais por grupo experimental (CEUA/UFOP, protocolo nº 2018/11). Grupo 1: grupo salina (2-SAL i.m.); grupo 2: ketamina (2-KET/40 mg/kg de peso, i. m.); grupo 3: ketamina (2-KET/80 mg/kg de peso, i. m.); grupo 4: isoflurano (2-ISO/-2%/45 minutos inalatório); grupo 5: grupo salina (7-SAL, i.m); grupo 6: ketamina (7- KET/40 mg/kg de peso, i. m.); grupo 7: ketamina (7-KET/80 mg/kg de peso, i. m.); e grupo 8: isoflurano (7-ISO-2%/45 minutos inalatório), sendo todos os grupos submetidos aos testes comportamentais: labirinto em T elevado (LTE), campo aberto (CA) e caixa claro/escuro (CE). Foram analisados nos testes o comportamento do tipo ansiedade, pânico e atividade locomotora dos animais. Foram avaliados o dano oxidativo e a atividade de enzimas antioxidantes no fígado e realizado o ensaio de MTT e LIVE/DEAD. A ketamina (80 mg/kg) causou um efeito ansiogênico em ratos expostos ao teste do labirinto em T elevado 2 e 7 dias após a administração do fármaco. A administração de ketamina (40 e 80 mg/kg) também diminuiu o comportamento de pânico no LTE. No teste claro/escuro, a ketamina teve um efeito ansiogênico. O isoflurano não alterou o comportamento dos animais no LTE. Nem a ketamina nem o isofluranoalteraram a atividade locomotora espontânea no teste de campo aberto. No entanto, os animais tratados com isoflurano exploraram com menos frequência a área central do CA 7 dias após o tratamento. Nenhum dos anestésicos causou desequilíbrio redox no fígado. A ketamina também reduziu o metabolismo celular e levou à morte neuronal em culturas de células primárias amigdalares. Assim, nosso trabalho fornece evidências de que a ketamina e o isoflurano induzem comportamentos relacionados à ansiedade de longa duração em ratos machos, mesmo que não interferindo na atividade locomotora. Além disso, a ketamina não só alterou o metabolismo celular como induziu a morte de neurônios da amígdala.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Ketamina, Isoflurano, Ratos- comportamento, Neurônios da amígdala
Citação
CHÍRICO, Máira Tereza Talma. Efeitos duradouros da administração de Ketamina e Isoflurano nas respostas comportamentais do tipo ansiedade e pânico em ratos Wistar. 2021. 75 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.