Educação inclusiva em um ambiente escolar de alunas com deficiência visual.

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Data
2021
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Resumo
Este trabalho teve por objetivo realizar um estudo de alunos com Deficiência visual, em uma escola da Rede Municipal de Manhumirim, Minas Gerais, visando uma investigação de como ocorre o processo de Ensino e aprendizagem com alunos do Ensino Fundamental II. O estudo foi conduzido por uma abordagem qualitativa de pesquisa, de coleta de dados e pelo método fenomenológico de análise, estudando e evidenciando os caminhos trilhados pelos professores de apoio, professores da sala regular, família e pela direção da escola, para adquirir o conhecimento sobre o mundo, utilizando percepções táteis, auditivas, inclusões experimentais, corporais e sinestésicas. As escolas regulares estão vivenciando um grande desafio com a Educação Inclusiva. Esta prática merece cuidado especial, pois estamos falando do futuro de pessoas com necessidades educacionais especiais. Antes mesmo de incluir, é importante certificar-se dos objetivos dessa inclusão para o aluno, quais os benefícios que ele poderá ter, estando junto aos alunos da rede regular e produzir transformações. Identifiquei que nesta escola municipal, EMDC, há algumas adolescentes com a deficiência. Alguns desses adolescentes nasceram com esta deficiência ou a adquiriram com o tempo. A partir destas observações, surgiram algumas questões: Como professores trabalham dentro das salas de aula com esses alunos? Como funciona o material para escrita e leitura? Professores fazem a transcrição de material para Braille? Todos os professores são aptos a trabalharem com essas adolescentes? Como o Ensino de Ciências estabelece relações desses adolescentes com a sociedade? A ideia deste trabalho surgiu quando me deparei com uma aluna que tinha déficit em sua visão e a perdeu por completo repentinamente. Foi um recomeço para todos. Pude então perceber que para haver um desenvolvimento necessita-se da colaboração de todos. A escola e seus currículos precisam ser bem diferentes do que propõe a Educação tradicional. Sua atuação deve ser mais ampla e complexa, considerando o contexto histórico e político da sociedade, os interesses, as competências e as limitações dos sujeitos inseridos nas diferentes realidades. Tendo como base uma pedagogia problematizadora, provoca nos sujeitos o espírito crítico e a reflexão, comprometendo-se com uma ação transformadora (FREIRE, 1987; 1996). A presente pesquisa teve como objetivo geral, traçar um breve percurso acerca do processo de aprendizagem de três adolescentes com deficiência visual ao longo da história. Especificamente, pretendeu-se apresentar o uso do sistema braille, enquanto importante instrumento de alfabetização dessas crianças, analisar o PPP (Plano Político Pedagógico), identificar as dificuldades encontradas pelos professores na Educação Inclusiva refletindo como estas podem ser superadas, além de analisar quais avanços a inclusão trouxe para a prática pedagógica dos professores. A Educação, em si, bem sabemos, não é “especial”. Especiais se podem afirmar são os procedimentos e recursos didáticos pedagógicos. A escola, por sua vez, precisa dinamizar sua atuação, os educadores precisam acreditar no seu ofício e a criança precisa ser levada a descobrir o seu verdadeiro papel no processo pedagógico de ensino.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Pessoas com deficiência visual, Inclusão escolar, Recursos didáticos
Citação
MOREIRA, Michela Paula Lopes. Educação inclusiva em um ambiente escolar de alunas com deficiência visual. 2021. 113 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Ciências) – Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.