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Título: Pegmatitos mineralizados em água-marinha e topázio do ponto do Marambaia, Minas Gerais : tipologia e relações com o granito Caladão.
Título(s) alternativo(s): Pegmatites mineralized in aqua marine and topaz of ponto do Marambaia, Minas Gerais : tipology and relationships with the Caladão granite.
Autor(es): Ferreira, Marcelo dos Santos Fernandes
Fonseca, Marco Antônio
Pires, Fernando Roberto Mendes
Palavras-chave: Água-marinha
Ponto do Marambaia
Província Pegmatítica Oriental
Granitos
Pegmatitos
Data do documento: 2005
Referência: FERREIRA, M. dos S. F.; FONSECA, M. A.; PIRES, F. R. M. Pegmatitos mineralizados em água-marinha e topázio do ponto do Marambaia, Minas Gerais : tipologia e relações com o granito Caladão. Revista Brasileira de Geociências, v. 35, n. 4, p. 463-473, dez. 2005. Disponível em: <http://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/rbg/article/view/9412/9643>. Acesso em: 17 jul. 2012.
Resumo: Depósitos de água-marinha do Ponto do Marambaia, parte da Província Pegmatítica Oriental de Minas Gerais, estão inseridos no Campo Pegmatítico de Padre Paraíso-Catugi, Distrito Pegmatítico de Padre Paraíso. Os pegmatitos contêm água-marinha (azul e verde), berilo comum e goshenita, topázio azul, cristais decimétricos a métricos de quartzo hialino e murion e são hospedados no granito Caladão. A água marinha apresenta importância econômica no cenário mundial gemológico, no que diz respeito à produção histórica e potencialidade, ao volume e à qualidade das gemas produzidas. Registros de achados famosos de cristais de águas-marinhas, dentre as quais, “Papamel” e “Marta Rocha”, com 74 kg e 33,9 kg, respectivamente são reconhecidos internacionalmente. Os pegmatitos apresentam zonalidade irregular, contém K feldspato, quartzo, biotita, água-marinha e topázio, não apresentam controle estrutural e seus contatos com o granito variam de brusco a gradacional. Possuem posição espacial variável entre vertical a horizontal, espessuras decimétricas a métricas, extensões decamétricas, formatos irregulares amebóides e relativa diferenciação. Os pegmatitos evoluíram a partir da fração gráfica com K feldspato-quartzo, seguido da formação de mega-cristais de K feldspato e quartzo leitoso intersticial e maciço, biotita e as gemas, topázio e água-marinha, sob condições rúpteis. O íntimo relacionamento da água-marinha com mega-cristais de K feldspato sugere processo metassomático com a ação de fluído aquoso rico com Be residual, resultando na formação de água-marinha, muscovita e quartzo, de acordo com a seguinte reação: 5KAlSi3O8 + 2H2O + 3 Be2+ = Be3Al2Si6O18 + KAl3Si3O10(OH)2 + 6SiO2 + 5 K+ + 2H+ Finalizando o processo, líquidos residuais silicosos deram a origem a cristais de quartzo hialino e murion piramidados, após o fraturamento ter cessado. Os pegmatitos do Ponto do Marambaia podem ser enquadrados na classe de pegmatitos de elementos raros do Tipo Berilo, sem Ta e Nb. O Granito Caladão é porfirítico, não apresenta deformação dúctil, não contém granada, exibe nítido fluxo magmático e inclusões ocasionais de Charnockito Padre Paraíso, com quem apresenta contatos gradacionais. Foi derivado de refusões parciais crustais a partir de granitóides que o circundam, designados por Itaipé, Caraí, Faísca e Wolf com contatos intergradacionais entre si e com o Granito Caladão. Integra a Suíte Intrusiva Aimorés, pós-colisional da Faixa Araçuaí, e é datado entre 520-490 Ma.
Resumo em outra língua: Aquamarine deposits from Ponto do Marambaia, part of the Eastern Pegmatite Province of Minas Gerais, are inserted in the pegmatite field of Padre Paraíso-Catugi, Padre Paraíso Pegmatite district. The pegmatites contain aquamarine (blue and green), beryl and goshenite, blue topaz, decimetric to metric crystals of hyaline quartz and murion, and are hosted in the Caladão Granite. The aquamarine presents significant economic importance in the gemological world scenario, in respect to its historical production and potentiality, to the amount and quality of the recovered gems. Records of famous aquamarine findings, including the “Papamel” and “Marta Rocha”, respectively with 74 and 33,9 kg in weight are internationally known. Pegmatites exhibit irregular zoning, contain K feldspar, quartz, biotite, aquamarine and topaz and do not present any structural control, making sharp to gradational contacts with the granite. Pegmatites display steep to gentle dips, decimetric to metric thicknesses, decametric extension, irregular and ameboid shapes and relative differentiation. Pegmatites evolved from a K feldsparquartz graphic fraction in the magmatic liquid, toward the generation of K feldspar mega-crystals and interstitial and massive milky quartz, biotite and the gem minerals, topaz and aquamarine, under brittle conditions. At the end of the evolution, residual silica-rich liquids propitiated the crystallization of pyramid-shaped hyaline quartz and murion, after fracturing ceased. The Caladão Granite is porphyritic, garnet-free, with no ductile deformation and exhibits clear magmatic flow and occasional inclusions of Padre Paraiso Charnockite, in gradational contacts. It was derived by the partial re-melting of the surrounding crustal granitoids, known by Caraí, Itaipé, Faísca and Wolf, in intergradational contacts and with the Caladão Granite. Regionally is part of the Aimoré Intrusive Suite, considered as post-collisional, I-type of the Araçuai Belt with ages comprised between 490 Ma and 520 Ma. Pegmatites from the Ponto do Marambaia may be classified in Rare Element group, Nb/Ta-free, beryl-type. The intimate spatial relationships between the aquamarine with the K feldspar mega-crystals allow to suppose a metasomatic process by the activity of a residual, aqueous, Be-rich fluids, resulting in aquamarine, muscovite and quartz crystallization: 5KAlSi3O8 + 2H2O + 3 Be2+ = Be3Al2Si6O18 + KAl3Si3O10(OH)2 + 6SiO2 + 5 K+ + 2H+.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/1150
ISSN: 03757536
Licença: Os trabalhos publicados na Revista Brasileira de Geociências são de uso gratuito, com atribuições próprias, para aplicações cientifico-educacionais e não-comerciais. Fonte: Revista Brasileira de Geociências <http://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/rbg/about/submissions#copyrightNotice>. Acesso em: 08 mar. 2017.
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