DSpace Coleção:http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/5222024-01-16T13:39:20Z2024-01-16T13:39:20ZConsumo de carne vermelha e processada e a incidência de hipertensão arterial : ELSA–Brasil coorte.Mendes, Michelle Izabel Ferreirahttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/179622023-12-19T19:55:08Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Consumo de carne vermelha e processada e a incidência de hipertensão arterial : ELSA–Brasil coorte.
Autor(es): Mendes, Michelle Izabel Ferreira
Resumo: Evidências sugerem uma relação entre o consumo de carne vermelha e processada
com as doenças crônicas não transmissíveis e mortalidade por todas as causas. A
associação direta entre essas carnes e a hipertensão arterial (HA) ainda é controversa
e pouco explorada. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre consumo
de carne vermelha e processada e a incidência de HA em participantes do Estudo
Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Trata-se de um estudo analítico,
observacional e longitudinal, realizado com os dados da linha de base (2008-2010) e
da segunda onda (2012-2014). Dos 15.105 participantes da linha de base (2008-
2010), foram excluídos aqueles com diagnóstico de HA ou que relataram fazer uso de
anti-hipertensivo, com histórico de eventos cardiovasculares, câncer, cirurgia
bariátrica prévia, os que apresentaram valores implausíveis de consumo calórico
(<500 e ≥ 6.000 Kcal) e com índice de massa corporal (IMC) <18,5 e >40 Kg/m2, além
dos participantes com dados faltantes nas variáveis de exposição e desfecho, bem
como as perdas no seguimento (2012-2014), totalizando uma amostra final de 8.089
participantes. A incidência de HA foi definida por pressão arterial sistólica ≥140 mmHg
ou pressão arterial diastólica ≥90 mmHg e/ou uso de anti-hipertensivos. O consumo
de carne vermelha, carne processada e carne total foi estimado por questionário de
frequência alimentar (QFA), desenvolvido e validado para a população do estudo
ELSA-Brasil. O consumo diário (g/dia) foi calculado e posteriormente categorizado em
tercis. Para a categoria carne vermelha foram considerados fígado/miúdos,
bucho/dobradinha, carne de boi com osso (mocotó, costela, rabo), carne de boi sem
osso (bife, carne moída, carne ensopada) e carne de porco. Para a categoria carne
processada foram considerados linguiça/chouriço (salsichão), hambúrguer (bife), frios
light (blanquet, peito de peru, peito de chester), presunto/mortadela/copa/salame/patê
e bacon/toucinho/torresmo. A variável carne total foi calculada pela soma do consumo
de carne vermelha e carne processada. Dados bioquímicos, antropométricos,
socioeconômicos e de estilo de vida foram coletados na linha de base (2008–2010) e
na segunda onda (2012–2014) seguindo o mesmo protocolo em ambas as ondas.
Todos os testes estatísticos foram realizados no software Stata, versão 13.0 e adotado
nível de significância de 5%. Para avaliar o consumo de carne vermelha e processada
e o risco do desenvolvimento de HA, usamos modelos de Cox, para estimar o Hazard Ratio (HR) ajustados e seus intervalos de Confiança 95% (IC95%) usamos o tercil
mais baixo de consumo de carne vermelha e processada como categoria de
referência. Dos 8089 participantes, 42,1% eram homens e 57,9% mulheres, com
média de idade de 49,4 ± 8,2 anos e mais de 56% dos participantes se autodeclararam
brancos. O tempo médio de seguimento dos participantes foi de 3,9 ± 0,4 anos,
totalizando 31.146 pessoas-ano sob risco. Identificou-se 1.186 novos casos de HA
(incidência de 38,08 casos por 1.000 pessoas-ano). Nas análises multivariadas, após
ajustes, não encontramos associação entre o consumo de carne vermelha e HA. No
entanto, para a carne processada, os participantes do tercil mais alto de consumo
apresentaram um risco maior de desenvolver HA (HR ajustado, 1,30; IC95%: 1,11 a
1,53) do que aqueles do tercil mais baixo. Em conclusão, o consumo de carne
vermelha não apresentou impacto negativo na saúde dos participantes, todavia o
consumo de carne processada em nível moderado e alto aumenta o risco de HA e
deve ser desestimulado, por meio de diretrizes dietéticas e políticas públicas.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
EFAR2023-01-01T00:00:00ZCarga de doenças crônicas atribuível ao consumo de bebidas açucaradas no Brasil.Leal, Joice Silva Vieirahttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/178502023-11-23T19:30:49Z2022-01-01T00:00:00ZTítulo: Carga de doenças crônicas atribuível ao consumo de bebidas açucaradas no Brasil.
Autor(es): Leal, Joice Silva Vieira
Resumo: Introdução: O consumo de bebidas açucaradas está entre os principais marcadores
do padrão alimentar não saudável, e um dos principais fatores de risco para as
doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Nesse sentido, esse estudo objetivou
estimar a carga financeira e na saúde de DCNTs atribuíveis ao consumo de bebidas
açucaradas pela população brasileira, em 2019, e a mudança entre os anos de 1990
e 2019, por sexo e unidade federativa (UF). Métodos: Trata-se de um estudo
ecológico descritivo com utilização de dados secundários obtidos a partir do Global
Burden of Disease Study (GBD 2019) e do Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde (DATASUS), para o Brasil. A carga foi estimada pela fração atribuível
populacional (FAP) para cada DCNT, e as métricas utilizadas foram os anos de vida
perdidos ajustados por incapacidade (DALY) - obtidos a partir da soma dos anos de
vida perdidos por morte prematura (YLL) e dos anos de vida perdidos devido à
incapacidade (YLD) - e óbitos. Os valores de custos financeiros foram obtidos pela
multiplicação dos custos totais em procedimentos de alta e média complexidade de
cada desfecho pela FAP. Para cada métrica, as taxas bruta e padronizada por idade
e seus respectivos intervalos de incerteza (IIs), de 95%, são apresentados.
Resultados: Em 2019, o consumo de SSB causou uma perda de 233.436,09 (II95%
157.094,89 – 302.483,29) DALY e 7.657,9 (II95% 5.131,26 – 9.795,68) de óbitos por
DCNTs no Brasil, sendo esses valores maiores para os homens [132.424,55 DALYS
(II95% 89.539,63 – 172.635); 4.174,36 óbitos (II95% 2.871,55 - 5.308,56) ], do que para
as mulheres. Esta carga reduziu no período de 1990 a 2019, com diminuição das
mudanças percentuais nas taxas padronizadas por idade de DALY e mortalidade.
Diabetes Mellitus tipo 2 (DM-2) e Doenças Isquêmicas Cardíacas (DICs) foram os
principais desfechos relacionados ao consumo de bebidas açucaradas. As estimativas
de YLD foram maiores para o DM-2, enquanto as YLL foram superiores para as DICs.
Quanto aos custos financeiros, em 2019, cerca de US$14 milhões foram gastos no
tratamento de alta e média complexidades das DCNTs atribuídas ao consumo de
bebidas açucaradas no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo esse gasto mais
elevado para o sexo masculino e nas Regiões Sudeste e Sul. Conclusão: Embora se
tenha observado uma tendência de redução do impacto do consumo de bebidas
açucaradas na carga na saúde de DCNTs no Brasil e nas suas UFs, o cenário que se
apresenta - marcado também por disparidades regionais - ainda é de alta carga para
a saúde da população e para os custos financeiros dos serviços de saúde. Deste modo, os resultados deste trabalho implicam na urgência da implantação de ações e
políticas articuladas para a redução do consumo de bebidas açucaradas, tanto em
âmbito nacional como estadual.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.2022-01-01T00:00:00ZAssociação da inatividade física e do comportamento sedentário com a hipertensão entre egressos de universidades mineiras após seguimento de seis anos Estudo CUME.Tinoco, Sarah Beatriz Resendehttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/178282023-11-21T20:24:29Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Associação da inatividade física e do comportamento sedentário com a hipertensão entre egressos de universidades mineiras após seguimento de seis anos Estudo CUME.
Autor(es): Tinoco, Sarah Beatriz Resende
Resumo: Introdução: A hipertensão arterial (HA) é responsável por aproximadamente 10,4
milhões de mortes no mundo e é o fator de risco evitável mais comum para doenças
cardiovasculares, além de ser o principal fator para incapacidade e mortalidade por
todas as causas. Seu desenvolvimento está associado à inatividade física e ao
comportamento sedentário, que são fatores de risco independentes para doenças
crônicas não transmissíveis. Entretanto, são escassas pesquisas prospectivas que
estudam a associação entre esses dois fatores e a HA na população brasileira.
Objetivo: Analisar a prevalência de inatividade física e comportamento sedentário e
sua associação com a incidência de HA em egressos de universidades mineiras.
Métodos: Trata-se de um estudo com delineamento longitudinal que contou com
os participantes da Coorte de Universidades Mineiras (Estudo CUME). A incidência
da HA foi definida quando o participante livre do diagnóstico da doença na linha de
base relatou diagnóstico médico de HA, e/ou uso de medicação anti-hipertensiva, e/ou
pressão arterial sistólica ≥130mmHg e/ou pressão arterial diastólica ≥80mmHg nos
seguimentos. Foram considerados insuficientemente ativos aqueles indivíduos que
praticaram menos de 150 minutos de atividade física moderada a vigorosa por
semana. O comportamento sedentário foi avaliado por meio do tempo total sentado,
categorizado em <6h/dia e ≥6h/dia. Utilizou-se modelos de riscos proporcionais de
Cox para estimar Hazards Ratio (HR) brutos e ajustados, e intervalos de confiança de
95% (IC 95%). Resultados: O total da amostra foi de 2.384 participantes, dentre eles
71,9% eram do sexo feminino e 83,5% tinham idade inferior a 45 anos. A maioria se
autodeclarava com cor de pele branca (64,5%) e foi classificada como “sem excesso
de peso” (64,6%). Após um seguimento médio de 3,28 anos, foram identificados 762
novos casos de HA. Verificou-se que dentre os participantes com 45 anos ou mais, os
que apresentavam comportamento sedentário ≥6h/dia tinham, independentemente,
41% mais chances de desenvolver HA (HR: 1,41; IC 95%: 1,03-1,93). Conclusão:
Observou-se associação entre o comportamento sedentário e a incidência de HA
entre os participantes com 45 anos ou mais. A inatividade física e o comportamento
sedentário vêm se tornando questões cada vez mais relevantes. Assim, o presente
estudo faz-se importante pelo fato de avaliar longitudinalmente a associação de tais
fatores com a incidência de HA, especialmente em uma população brasileira.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00ZExposição ao frio e seus efeitos na expressão gênica do coração de camundongos alimentados com high-fat diet.Coelho, Bianca Iara Camposhttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/178172023-11-20T21:30:42Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Exposição ao frio e seus efeitos na expressão gênica do coração de camundongos alimentados com high-fat diet.
Autor(es): Coelho, Bianca Iara Campos
Resumo: A melanopsina (OPN4) é um fotorreceptor e termo sensor cuja expressão é
observada em vários órgãos e tecidos, sendo o coração altamente expresso. Além
disso, a expressão dos canais de potencial receptor transitório (TRP) parece estar
associada à expressão de OPN4 na retina e supostamente no coração. Partimos da
hipótese que a OPN4, juntamente com os canais TRP no coração, atuam
monitorando as variações de temperatura interna através do sangue proveniente dos
pulmões, possivelmente promovendo a liberação e expressão de seus principais
hormônios, os peptídeos natriuréticos (NPs). Fatores como a temperatura do
ambiente e alimentação desiquilibrada, prejudicam a homeostase cardíaca,
causando efeitos prejudiciais na sua estrutura e função, potencialmente
desencadeando doenças cardiovasculares. Portanto, o objetivo do estudo é avaliar
os efeitos da exposição ao frio e a ausência do canal TRPA1 sobre a expressão
gênica de Opn4, Trpv1, Trpa1, Trpm8, Nppa e Nppb, em átrios e ventrículos do
coração de camundongos alimentados com high-fat diet. Foram utilizados 24
camundongos machos C57BL/6J e Trpa1 KO, divididos em 4 grupos experimentais e
expostos a temperaturas de 30°C e 22°C. Os resultados de PCR quantitativo
indicaram que a expressão de Opn4 nos átrios, à 30°C foi reduzida no grupo Trpa1
KO, em 22°C houve aumento na expressão do gene no mesmo grupo e, em
ventrículos não apresenta diferenças significativas. Quanto aos canais TRP, no gene
Trpv1 não encontramos diferenças significativas. Trpa1 átrios não houve diferenças
significativas, ventrículos à 22°C indicaram redução na expressão. Trpm8 átrios, à
30°C temos redução da expressão do gene no grupo Trpa1 KO, à 22°C resultou em
redução na expressão em camundongos C57BL/6J, enquanto, que no grupo Trpa1
KO, houve aumento da expressão. Já em ventrículos, à 30°C resultou em aumento
na expressão de Trpm8 no grupo Trpa1 KO e, em C57BL/6J aumento na expressão
à 22°C. Nos NPs, a expressão de Nppa não apresentou diferenças significativas.
Nppb em átrios, indicou redução na expressão à 22°C, tanto em C57BL/6J como
Trpa1 KO. Já em ventrículos, Nppb não apresentou diferenças significativas.
Podemos concluir que a OPN4 e os canais TRP possivelmente possam estar
atuando como termo sensores no coração, e as flutuações de temperatura afetam a
expressão dos NPs nas câmaras cardíacas.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00Z