PPCBIOL - Mestrado (Dissertações)
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Item Ação direta da aldosterona em cardiomiócitos de rato.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Araújo, Carolina Morais; Isoldi, Mauro CésarMuitos estudos têm abordado a via conhecida como não genômica da aldosterona. Estes trabalhos mostram um grande número de atividades fisiológicas desse hormônio, que não envolvem o mecanismo clássico para receptores MR, no qual, ocorre a translocação do complexo hormônio-receptor ao núcleo. Ensaios realizados em culturas primárias de cardiomiócitos de ratos, na presença do inibidor do receptor MR, demonstraram aumento de AMPc e Ca2+ nas células tratadas com aldosterona quando comparados ao seus respectivos controles. O AMPc demonstrou ser modulado também pela presença do Ca2+ intracelular, uma vez que seus níveis decaíram em relação ao controle quando as células foram tratadas com BAPTA-AM (quelante de Ca2+ intracelular). O Ca+2 liberado nesta via provavelmente ativa uma adenilil ciclase sensível ao Ca2+ (AC1 é uma isoforma expressa conhecida nesta linhagem celular) elevando os níveis de AMPc. Os referidos dados também apontam para a ativação de PKC, que diretamente estaria fosforilando ERK5. Outros trabalhos existentes na literatura relataram essa possibilidade apontando como autora uma PKC do tipo ε. Ativação de ERK5 já foi descrita como um dos passos necessários para induzir a célula à hipertrofia. Tais resultados demonstram também, pela primeira vez, a participação da mAKAP no processo hipertrófico gerado pela aldosterona, assim como de um possível “cross talking” entre seus diferentes receptores.Item Ação do bezafibrato, um agonista de PPAR-α, sobre a hipercolesterolemia induzida por dieta e excesso de ferro, em hamsteres.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Oliveira, Marcos Rodrigo de; Pedrosa, Maria LúciaO ferro é essencial para o metabolismo celular e respiração aeróbica por atuar como cofator de diversas proteínas. Entretanto, em concentração elevada pode levar à toxicidade celular e lesão oxidativa dos componentes celulares devido ao seu envolvimento na formação de radicais livres. O presente estudo foi delineado para avaliar os efeitos do bezafibrato sobre a homeostase de lipídios séricos e enzimas relacionadas às defesas antioxidantes e à função hepática em hamsteres hipercolesterolêmicos e com excesso de ferro. Quarenta e cinco Hamsteres Golden Syrian machos, foram divididos em cinco grupos com nove animais cada (de acordo com a dieta recebida, bezafibrato e injeções de ferro dextran intraperitoniais): grupo C recebeu dieta controle; grupo H recebeu dieta hipercolesterolemiante; grupo HFE recebeu dieta hipercolesterolemiante e injeções de ferro dextran (25 mg via intraperitoneal divididas em cinco doses); grupo HFI recebeu dieta hipercolesterolemiante mais bezafibrato na dieta (0,5%); grupo HFEFI recebeu dieta hipercolesterolemiante mais ferro dextran e bezafibrato na dieta. As injeções de ferro dextran foram administradas diariamente a partir do 28o dia de experimento, contendo 5mg de ferro na forma de dextran durante 5 dias. Os animais dos grupos HFI e HFEFI receberam o bezafibrato a partir do 42o dia de experimento. Após 60 dias de experimento os animais foram anestesiados e sacrificados, os parâmetros bioquímicos e estresse oxidativo foram determinados. Os resultados foram analisados pela ANOVA, análise univariada, complementada pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Observou-se que o ferro potencializou o efeito hipercolesterolêmico da dieta, uma vez que os animais dos grupos que receberam excesso de ferro apresentaram valores de colesterol 43% superiores aos demais grupos. O ferro interferiu no metabolismo do colesterol, elevando principalmente na fração HDL (em cerca de 217% do grupo H comparado ao grupo HFE) e o bezafibrato reverteu parcialmente os efeitos provocados pelo ferro. O bezafibrato provocou o aumento de cerca de 7 vezes na atividade da aspartato aminotransferase (AST) e na presença de ferro esse efeito foi reduzido. O excesso de ferro reduziu a atividade de paraoxonase (PON), quando o paraoxon foi utilizado como substrato (45,46 ± 6,75 e 37,99 ± 3,34 U/mL para os grupos H e HFE, respectivamente). O bezafibrato reduziu a atividade da PON, quando tanto o paraoxon quanto o fenilacetato foram usados como substratos e estes efeitos foram parcialmente revertidos pelo ferro. Os resultados do presente trabalho mostraram que, em hamsteres, o ferro interfere no metabolismo do colesterol, principalmente na fração HDL e essa interferência pode envolver, direta ou indiretamente, a via de sinalização de receptores ativados de proliferação dos peroxisomos α (PPAR-α), posto que o bezafibrato reverteu parcialmente os efeitos provocados pelo ferro.Item Administração intra-hipocampal de guanosina previne alterações comportamentais e fisiológicas em ratos Wistar submetidos ao modelo de estresse agudo por contenção.(2022) David, Camila Vieira Chagas; Almeida, Roberto Farina de; Almeida, Roberto Farina de; Oses, Jean Pierre; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim deO transtorno depressivo maior (TDM) é considerado um grave problema de saúde pública, afetando, atualmente cerca de 322 milhões de pessoas no mundo. Evidências dos últimos anos têm associado o impacto desse transtorno sobre os processos estruturais e funcionais que ocorrem no encéfalo. Dentre as alterações amplamente citadas na literatura evidencia-se a diminuição de volume hipocampal, com significativa atrofia neuronal. Recentes estudos indicam que drogas capazes de modular a neurotransmissão glutamatérgica apresentam a capacidade de estimular fatores tróficos cerebrais e/ou vias de sinalização relacionadas com a síntese de proteínas (e como consequência ativar mecanismos de sinaptogênese e/ou neurogênese) e por conseguinte provocar um efeito antidepressivo. Neste contexto, sugere-se que a guanosina (GUO) um nucleosídeo pertencente ao sistema purinérgico, exerce suas ações através da modulação do sistema glutamatérgico. No presente estudo, demonstramos pela primeira vez que uma administração intra- hipocampal de GUO (5nmol) foi capaz de exercer um efeito profilático nas alterações induzidas pelo modelo de TDM do estresse agudo por contenção (ARS). Observamos que ratos Wistar submetidos ao modelo de depressão do ARS e tratados com solução salina (ARS/Sal) apresentaram um aumento da temperatura corporal máxima e da variação de temperatura corporal (temperatura pós-estresse menos a temperatura basal) seguido de um prejuízo na performance de reconhecimento de objetos de longa duração. Por outro lado, o tratamento com GUO intra-hipocampal preveniu a alteração da temperatura máxima e o prejuízo na memória de reconhecimento induzidos pelo ARS.Item Alteração natural do padrão de susceptibilidade ao benznidazol em populações de Trypanosoma cruzi mantidas na fase aguda ou crônica da infecção em diferentes modelos experimentais.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto, 2006) Caldas, Sérgio; Bahia, Maria TerezinhaNeste trabalho foi investigada a influência da manutenção do Trypanosoma cruzi na fase crônica ou aguda da infecção, em diferentes hospedeiros vertebrados, em relação às características biológicas do parasito. Para isso, camundongos Swiss foram inoculados com cinco isolados do T. cruzi (Be-62A e B, e Be-78C, D e E) obtidos de diferentes cães chagásicos crônicos infectados com as cepas parentais Be-62 e Be-78, ambas 100% sensíveis ao benznidazol (Bz). Após a determinação da susceptibilidade ao Bz numa primeira passagem sangüínea em camundongos (PSC), as populações do T. cruzi foram mantidas em sucessivas PSCs (na ausência de tratamento específico). O objetivo foi investigar se este tipo de manutenção induziria novas alterações no nível de resistência ao Bz, bem como em outros parâmetros biológicos: períodos pré-patente e patente, níveis de parasitemia, perfil da curva de parasitemia e taxa de mortalidade. Os experimentos foram realizados a cada cinco ou 10 PSCs utilizando-se grupos de 16 camundongos (10 animais para o grupo tratado, e seis para o grupo controle). A cura parasitológica foi determinada através do exame de sangue a fresco, antes e após imunossupressão com ciclofosfamida, hemocultura, sorologia (ELISA) e PCR. Os resultados demonstraram a indução natural de resistência ao Bz em populações do T. cruzi. Os isolados Be-62A e Be-62B apresentaram após uma 1 a PSC 50% e 60% de resistência ao Bz, respectivamente. Os isolados Be-78C, Be-78D e Be-78E apresentaram, respectivamente, 90%, 70% e 90% de resistência ao Bz, sob as mesmas condições. Por outro lado, novas alterações no fenótipo de susceptibilidade ao fármaco foram observadas durante a manutenção dessas populações em PSCs (durante a infecção aguda). Duas tendências foram observadas: (1) Estabilidade no grau de resistência ao Bz nas populações Be-62A (50 a 40% em 60 PSCs), Be-62B (60 a 80% em 60 PSCs) e Be-78C (90 a 90% em 60 PSCs); e (2) Redução no grau de resistência ao Bz nas populações Be-78 D (70 a 20% em 60 PSCs) e Be-78E (90 a 10% em 60 PSCs). Os outros parâmetros biológicos, avaliados em camundongos, também apresentaram alterações. De um modo geral os isolados mostraram-se menos virulentos do que as cepas parentais ao permanecerem nos cães chagásicos crônicos. Entretanto, a virulência aumentou quando eles foram mantidos em PSCs. Estes resultados estão de acordo com a hipótese de que a forma de manutenção do T. cruzi, infecções de longa duração ou passagens sangüíneas sucessivas durante a fase aguda da infecção, pode influenciar a expressão fenotípica de susceptibilidade ao Bz, bem como a virulência de uma população do parasito.Item Alterações de parâmetros cardiovasculares e envolvimento dos receptores AT2 na CVLM sobre a pressão arterial, induzidas por atividade física de baixa intensidade em ratos com hipertensão renovascular.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Rodrigues, Míriam Carmo; Alzamora, Andréia CarvalhoA atividade física de baixa intensidade tem sido utilizada como tratamento coadjuvante e não farmacológico da hipertensão arterial. O bulbo ventrolateral caudal (CVLM) atua promovendo inibição sobre a área ventrolateral rostral (RVLM). Na hipertensão parece haver uma inabilidade dos neurônios da CVLM em contrabalancear o aumento da atividade pressora intrínseca dos neurônios da RVLM. O modelo experimental de hipertensão renovascular 2R1C caracteriza-se por apresentar altos níveis de renina e angiotenisna II (Ang II). Neste estudo avaliamos o envolvimento do sistema renina angiotensina (SRA) no controle da pressão arterial (PA), na sensibilidade da bradicardia reflexa e a reatividade dos neurônios da CVLM para Ang II (100 nL de uma solução 380 µM) e para o antagonista específico de receptor de Ang II, AT2, PD123319 (100 nL de uma solução 678 µM) em ratos sedentários ou ativos normotensos e com hipertensão renovascular (2R1C). Ratos Fisher (150 a 200 g) foram anestesiados com cetamina (50 mg/ kg. ip) e xilazina (5 mg/ kg, ip) para produção da hipertensão 2R1C ou fictícia (Sham) e foram separados em dois grupos, sedentários e submetidos à atividade física aeróbica de baixa intensidade (natação) por quatro semanas com 1 hora de duração, 5 dias na semana. A PA foi mensurada durante as quatro semanas de treino tanto nos animais ativos como nos sedentários através do método de pletismografia de cauda. 30 dias após as cirurgias, os animais 2R1C e Sham (sedentários e ativos) foram anestesiados com uretana (1,2 g/ kg, ip), posicionados em aparelho estereotáxico para exposição do bulbo e instrumentados para registro da pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC). A sensibilidade da bradicardia reflexa foi avaliada através da injeção (i.v.) de fenilefrina. Ao final dos experimentos os animais eram sacrificados por decaptação e coletados cérebro, rins, coração e músculos. Uma parte destes órgãos era pesada (peso seco corrigido pela massa corpórea do animal) e outra parte era enviada para análise histológica. Os valores de PA avaliados por pletismografia de cauda mostraram que a PA dos ratos 2R1C sedentários (105 ± 2 mmHg, n=11) e 2R1C ativos (118 ± 4 mmHg, n=17) foram significativamente superiores aos dos animais Sham sedentários (93 ± 3 mmHg, n=12) já na primeira semana após a realização das cirurgias (2R1C e Sham) e também durante a segunda e terceira semanas seguintes. Na quarta semana após a realização das cirurgias os valores de PA dos animais hipertensos sedentários (153 ± 6 mmHg, n=11) e ativos (129 ± 4 mmHg, n=17) foram superiores aos apresentados pelos animais Sham sedentários (103 ± 3 mmHg, n=12). Porém, no grupo 2R1C ocorreu uma redução significativa entre os valores de PA no grupo ativo quando comparados aos animais hipertensos sedentários. 8 O percentual de redução do rim clipado foi semelhante entre os ratos 2R1C sedentários (-27 ± 7 %, n=5) e os ratos 2R1C ativos (-39 ± 9 %, n=8) e maiores em relação aos animais Sham. A análise histológica das estruturas renais do rim esquerdo (clipado) mostra que as alterações patológicas como esclerose glomerular e inflamação presentes no grupo Sham sedentário foram reduzidas no grupo Sham ativo. Já os ratos 2R1C ativos apresentaram congestão, degeneração tubular focal, fibrose, inflamação e dilatação tubular, reduzidos em relação ao grupo 2R1C sedentários. Com relação à análise histológica do rim direito (não-clipado), no grupo Sham ativo, foi observada redução da congestão, esclerose glomerular e inflamação e um aumento da degeneração tubular focal e dilatação tubular quando comparado com os animais do grupo Sham sedentário. De forma semelhante, no grupo 2R1C ativo houve aumento da degeneração tubular focal, esclerose glomerular e inflamação e redução na congestão e fibrose quando comparamos com os animais do grupo 2R1C sedentários. O peso seco do coração dos animais dos grupos 2R1C (sedentário e ativo) e Sham ativo foram estatisticamente similares e maiores do que o peso seco do coração dos animais Sham sedentários. Porém, foi observado um aumento significativo do peso seco dos ventrículos nos animais 2R1C sedentários e ativos que não ocorreu nos ratos Sham ativos. A análise histológica das estruturas cardíacas mostrou uma redução na degeneração dos cardiomiócitos e um espessamento excêntrico da parede ventricular nos ratos Sham ativos quando comparados com os animais Sham sedentários. No grupo 2R1C ativo foi observada uma redução no espessamento da parede ventricular e vascular e uma redução na fibrose e um aumento na degeneração e inflamação ventricular focal em comparação aos ratos 2R1C sedentários. Os ratos 2R1C sedentários apresentaram ingestão aumentada de água até a quarta semanas após a cirurgia, sendo que atividade física reduziu esta ingestão na quarta semana da cirurgia (2R1C ativos). Já, os animais do grupo Sham ativo apresentaram ingestão aumentada de água somente durante a primeira e segunda semanas de natação. Os níveis séricos de uréia foram significativamente maiores nos animais ativos (Sham e 2R1C). A PAM basal dos ratos 2R1C sedentários (161 ± 13,5 mmHg; n=5) foi significativamente maior que a PAM basal dos ratos Sham sedentários (105 ± 4,3 mmHg; n=6). O exercício físico reduziu significativamente a PAM no grupo 2R1C ativo (127 ± 6 mmHg; n=7) sendo que estes valores foram estatisticamente diferentes da PAM basal dos ratos 2R1C sedentários e Sham (sedentários e ativos). Os valores basais de FC não foram significativamente diferentes no grupo Sham ativo em comparação aos ratos Sham sedentários (400 ± 13 bpm; n=6). Contudo, no grupo 2R1C ativo, a FC basal (375 ± 8 bpm; n=7) foi significativamente menor que a FC basal no grupo 2R1C sedentário (407 ± 12 bpm; n=5). A bradicardia reflexa nos ratos 2R1C sedentários foi significativamente menor em comparação aos ratos Sham sedentários (0,36 ± 0,07 ms/ mmHg, n=6). Não houve diferença significativa na bradicardia reflexa nos ratos Sham (ativos ou sedentários). Ao contrário, no grupo 2R1C ativo houve um aumento significativo na bradicardia reflexa (0,2 ± 0,03 ms/ mmHg, n=7) em comparação aos ratos 2R1C sedentários (0,09 ± 0,03 ms/ mmHg; n=5). A sensibilidade barorreflexa no grupo 2R1C ativo foi similar ao grupo Sham ativo (0,33 ± 0,03 ms/ mmHg, n=7). A Ang II microinjetada na CVLM induziu uma diminuição significativa da PAM nos grupos 2R1C similar à observada no grupo Sham (-13 ± 1 mmHg, n=6; ratos sedentários e - 13 ± 2 mmHg, n=7; ratos ativos). Surpreendentemente, o antagonista de receptores AT2 para Ang II, PD123319, na CVLM produziu efeito hipotensor nos ratos 2R1C sedentários (- 10 ± 1 mmHg) significativamente diferentes em comparação a microinjeçãos de salina (-5 ± 1 mmHg, n=5). De forma diferente, em ratos 2R1C ativos o efeito depressor do PD123319 na CVLM foi similar ao observado após microinjeção de salina. No grupo Sham (sedentário e ativo) o efeito hipotensor produzido pelo PD123319 na CVLM foi similar ao efeito produzido pela salina. O efeito hipotensor da Ang II na CVLM foi bloqueado pela microinjeção do PD123319 na CVLM em todos os grupos. Os resultados de nosso estudo mostram que a atividade física aeróbica de baixa intensidade provoca uma diminuição na PAM basal, restaura a bradicardia barorreflexa e não altera a responsividade à Ang II na CVLM em ratos com hipertensão 2R1C. Nossos dados, por outro lado, mostram alterações na responsividade do receptor AT2 na CVLM que parecem estar envolvidas nos efeitos cardiovasculares da atividade física de baixa intensidade e importantes vias do SRA que podem participar na homeostase cardiovascular e na adaptação do exercício físico sobre a hipertensão renovascular.Item Alterações eritropoéticas e leucopoéticas na Leishmaniose visceral canina.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Abreu, Raquel Trópia de; Reis, Alexandre BarbosaA medula óssea é considerada um importante reservatório de parasitos em cães infectados por Leishmania chagasi. Poucos trabalhos na literatura relatam o processo da gênese celular na medula óssea na Leishmaniose Visceral Canina (LVC) em diferentes fomas clínicas. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar as alterações na leucopoese e eritropoese bem como investigar a carga parasitária em aspirados de medula óssea de cães naturalmente infectados por L. chagasi apresentando diferentes formas clínicas e padrões distintos de densidade parasitária na medula óssea. Dessa forma, filmes de medula óssea corados por Giemsa foram avaliados considerando três grupos clínicos: assintomático (CA, n=50), oligossintomático (CO, n=44) e sintomático (CS, n=65) comparados com cães não-infectados (CNI, n=28). A densidade parasitária foi avaliada na medula óssea e os resultados expressos como “Leishman Donovan Units” (LDU), e classificados em tercis como baixo (BP, n=51), médio (MP, n=51) ou alto (AP, n=48) parasitismo. Em um segundo grupo de 48 cães (CA, n=10; CO, n= 9; CS, n= 12; CNI, n= 17) o mielograma e hemograma completo foram realizados para investigar a associação entre a celularidade da medula óssea e do sangue periférico. Os resultados obtidos indicaram diferenças significativas em relação à eritropoese considerando proeritroblastos, eritroblastos basófilos, policromáticos e ortocromáticos resultando em hipoplasia eritróide principalmente nos grupos CA e CS. A leucopoese apresentou algumas alterações em cães infectados. Por exemplo, células da linhagem eosinofílica mostraram uma diminuição significativa nos diferentes grupos clínicos comparado com o grupo CNI. Entretanto, células da linhagem neutrofílica mostraram alterações nos diferentes grupos clínicos, tais como um aumento significativo nos diferentes grupos clínicos. Em relação às células mononucleares, foi observado aumento de linfócitos nos grupos CO e CS quando comparado com o grupo CNI. Resultados similares foram encontrados em plasmócitos mostrando clara tendência ao aumento gradual de acordo com a gravidade da infecção. Por outro lado, monócitos tiveram significativo aumento no grupo CO comparado ao grupo CA. A contagem diferencial de células da medula óssea demonstrou um aumento na razão mielóide: eritróide (M:E) devido ao aumento de células granulocíticas nos diferentes grupos clínicos comparado com o grupo CNI. A avaliação parasitológica mostrou maiores índices de LDU em CS comparado com CA. Além disso, os dados demonstraram uma correlação positiva entre status clínico (CA,CO,CS) e densidade parasitária (BP,MP,AP). A avaliação do impacto do parasitismo na medula óssea mostrou resultados similares quando se avaliou os cães classificados em diferentes formas clínicas, tais como, hipoplasia eritróide, hipoplasia eosinofílica, proliferação de células precursoras neutrofílicas, um significativo aumento no número de linfócitos e plasmócitos, destacando o grupo de cães com alto parasitismo com resultados mais significativos. Os resultados do grupo 2 mostraram que as alterações do sangue periférico foram relacionadas às alterações da medula óssea principalmente no grupo CS. De forma interessante, o grupo CS demonstrou diminuição de células da linhagem eritropoética e eritrócitos, hemoglobina e hematócrito caracterizando anemia periférica não-regenerativa. Além disso, foram observados aumento de neutrófilos e seus precursores, diminuição de bastonetes e segmentados eosinófilos e significativo aumento de linfócitos na medula óssea associada à leucopenia com desvio à esquerda, eosinopenia, linfopenia e monocitopenia no sangue periférico. O presente estudo mostrou que a evolução clínica da LVC em cães naturalmente infectados promove claras alterações na medula óssea e no sangue periférico. A progressão da doença da forma clínica assintomática para sintomática foi acompanhada de parasitismo intenso na medula óssea. Assim, os dados analisados em conjunto permitem concluir que a avaliação desses parâmetros constitui uma ferramenta adicional bastante útil no prognóstico da leishmaniose visceral canina, bem como no diagnóstico em duas situações específicas, a saber: a) esclarecer casos com forte suspeita de LVC, porém não confirmados por sorologia, utilizando-se do mielograma; e b) orientar exames complementares para elucidar suspeita de LVC, a partir de dados clínicos e do hemograma.Item Alterações funcionais e histopatológicas induzidas pela sinvastatina na cardiopatia chagásica em modelo canino.(2014) Gonçalves, Karolina Ribeiro; Silva, André Talvani Pedrosa daA cardiopatia chagásica (CC) sustenta-se pela presença do Trypanosoma cruzi e de seus antígenos no tecido cardíaco e na circulação, induzindo uma complexa resposta inflamatória ocasionando fibrose miocárdica, além de alterações estruturais e funcionais ao órgão. Estratégias farmacológicas para amenizar a inflamação na CC e a busca de marcadores de prognóstico clínico têm se tornado focos de investigação nas últimas décadas. Nesse contexto, os inibidores da enzima HMG-CoA redutase (estatinas) tem se mostrado importantes fármacos reguladores da resposta inflamatória em modelo experimental e, em paralelo, o papel da troponina I (cTnI) na interação actina-miosina nos músculos estriados e sua liberação na corrente sanguínea também tem sido reforçado na relação direta com lesões irreversíveis às células miocárdicas, tornando a cTnI um importante marcador de lesão cardíaca. Neste trabalho, avaliou-se o papel terapêutico da Sinvastatina sobre (i) a resposta inflamatória e (ii) a função cardíaca empregando-se cães, de ambos os sexos e sem raça definida (n=5) infectados pela cepa Y do T. cruzi. Esses animais foram tratados com 20mg/dia de Sinvastatina durante 3 meses (fase aguda) e 6 meses (fase crônica recente) e parâmetros parasitológicos, bioquímicos (cTnI), histopatológicos (inflamação e fibrose), eletrocardiográficos (ECG) e funcionais (ecocardiografia) avaliados nesses respectivos tempos. Nossos dados demonstraram que a concentração sérica de cTnI em cães infectados, na fase aguda, encontrava-se elevada quando comparado ao grupo controle e aos animais tratados com Sinvastatina. Além disso, a Sinvastatina foi capaz de reduzir a fibrose e o infiltrado inflamatório no tecido cardíaco de cães infectados pelo T. cruzi, refletindo na melhoria dos parâmetros de função ventricular. Em suma, no modelo canino, que melhor mimetiza os aspectos fisiopatológicos e clínicos observados na doença de Chagas, a cTnI mostrou-se um bom marcador de lesão miocárdica em fase aguda e o tratamento diário com Sinvastatina uma promissora estratégia para estabilizar/melhorar as funções cardíacas em cães infectados pelo T. cruzi.Item Alterações inflamatórias e processos displásicos do colo do útero e sua relação com o papilomavírus humano (HPV) em adolescentes e mulheres jovens.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Barreto, Roberta Grain; Carneiro, Cláudia MartinsEste trabalho teve como objetivo determinar a prevalência da infecção genital por Papilomavírus Humano (HPV) e das anormalidades citológicas cervicais em adolescentes e mulheres jovens e investigar a associação entre fatores ginecológicos e a detecção do DNA-HPV. Foram avaliadas 166 mulheres de 14 a 23 anos de idade, atendidas pelo Centro de Apoio à Saúde do Adolescente (CASA), sediado em Itabirito, Minas Gerais, caracterizando amostragem por conveniência. Todas as mulheres responderam a um questionário referente às características ginecológicas e assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. A seguir, foram submetidas a exame clínico e ginecológico. Amostras cervicais foram coletadas para a realização do exame a fresco, Gram, citologia convencional (CC) e citologia em meio líquido (CML) e para a detecção do DNAHPV através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). A qualidade dos esfregaços da CC foi melhor quando comparada à CML sendo a detecção de esfregaços normais e inflamatórios semelhante entre os dois métodos. Por outro lado, a detecção de lesões intra-epiteliais escamosas foi superior na CC. A infecção cérvico-vaginal de maior prevalência foi a vaginose bacteriana (21,7%), seguida pela candidíase (7,2%) e tricomoníase (1,8%). A prevalência do diagnóstico de lactobacilos e de Candida sp foi superior na CC. Não houve diferença entre as duas técnicas para o diagnóstico de cocos, bacilos, Gardnerella vaginalis e Trichomonas vaginalis. A concordância entre os diagnósticos microbiológicos no exame a fresco, Gram, CC e CML, tendo como padrão-ouro o Gram, variou de boa a muito boa, com alta especificidade e alto valor preditivo positivo. A sensibilidade variou de 80,5% a 100%, com exceção do diagnóstico de Candida sp realizado pela CML em que a sensibilidade foi de 61,5%. A prevalência de DNA-HPV na população estudada foi de 20,1%, sendo 16,5% associados a esfregaços normais ou inflamatórios e 3,6% associados a células escamosas atípicas de significado indeterminado e lesões intra-epiteliais escamosas de baixo grau, detectadas pela CC. A idade de início, bem como o tempo de atividade sexual e o uso de anticoncepcional foram associados à presença do DNA-HPV.Item Alterações inflamatórias induzidas pelo tratamento com Cloridrato de Amiodarona em modelo experimental da infecção pelo Trypanosoma cruzi.(2014) Salles, Beatriz Cristina Silveira; Silva, André Talvani Pedrosa da; Silva, André Talvani Pedrosa da; Machado, Evandro Marques de Menezes; Silva, Vanessa Pinho daA doença de Chagas se desenvolve após a infecção pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Este parasito desencadeia uma resposta imune em seu hospedeiro mamífero mediado por células, anticorpos e mediadores inflamatórios, culminando em destruição do tecido e perda funcional do órgão, a exemplificar, o coração e o trato gastrointestinal em humanos. Fármacos com o intuito de amenizar os danos funcionais cardíacos têm sido empregados na clínica médica e, nos últimos anos, também identificadas suas ações sob a resposta imune. Dentre estes fármacos, encontra-se o antiarrítmico Cloridrato de Amiodarona (CA). O objetivo deste estudo é avaliar a ação do tratamento com o CA na infecção aguda pela cepa VL-10 do T. cruzi em modelo murino. Para tal, realizou-se a infecção de camundongos C57BL/6, agrupados em (i) animais tratados com 30mg/kg de CA diariamente e (ii) animais tratados com PBS 1x + metilcelulose 0,5% (veículo). Após 30 dias de tratamento, realizou-se a necrópsia e coleta de soro e órgãos (coração, fígado e baço) para a dosagem de citocinas e avaliação do peso relativo dos órgãos, respectivamente, além de análise histológica. Observou-se redução nos níveis dos parasitas sanguíneos ao final do tratamento e redução dos níveis plasmáticos e cardíacos de TNF-α e CCL2, mas não de CCL5 e IL-10. Além disso, observou-se menor aumento do peso relativo do coração e baço associado ao tratamento com CA. Estes dados sugerem uma ação parcial do CA sobre T. cruzi e a resposta imune do hospedeiro, principalmente mediada por TNF- e CCL-2, na infecção experimental pelo T. cruzi, cepa VL-10, em animais isogênicos C57BL/6.Item Análise bioquímica inicial do proteassoma em populações do Trypanosoma cruzi com diferentes fenótipos de resistência ao benzonidazol.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Leal, Tiago Ferreira; Cota, Renata Guerra de SáDiferenças na susceptibilidade ao benzonidazol (Bz) e nifurtimox (NFX) entre as populações do Trypanosoma cruzi podem explicar, pelo menos em parte, as diferenças na eficácia do tratamento da Doença de Chagas. O proteassoma tem um papel importante na degradação de proteínas normais, danificadas, mutadas, ou desnaturadas, incluindo a degradação de proteínas reguladoras das diversas vias celulares, tais como ciclo celular e apoptose e proteínas danificadas em resposta ao estresse. Este trabalho teve como objetivo geral analisar se o perfil de expressão e a taxa de proteólise intracelular dependente de proteassoma são afetados pelo fenótipo de resistência às drogas. Para isso, foram utilizadas populações de T. cruzi com o mesmo genótipo e resistência induzida in vitro (17WTS / 17LER) e in vivo (BZS / BZR), bem como diferentes genótipos, uma população susceptível (CL) e outra naturalmente resistente (Colombiana) ao benzonidazol. Inicialmente os níveis do proteassoma 20S, proteassoma símile HslV, PA700 e a PA26 foram avaliados por Western blot. Os resultados obtidos mostraram que não há efeito do fenótipo das cepas sobre a quantidade relativa tanto do proteassoma 20S, HslV, como dos seus reguladores. Posteriormente, as atividades peptidásicas do proteassoma 20S foram avaliadas utilizando-se substratos fluorogênicos. Foram observadas variações significativas na atividade semelhante à quimotripsina, tripsina, e caspase do proteassoma, sendo que somente a atividade semelhante à tripsina mostrou-se correlacionar com o fenótipo de resistência ao benzonidazol. Finalmente foi avaliada a taxa de proteólise intracelular nas mesmas populações, na presença de ATP, ATP e ubiquitina e ATP, ubiquitina e MG132, um inibidor clássico do proteassoma 20 e 26S. Os resultados obtidos sugerem que a adição de ubiquitina não induziu um aumento real na taxa de proteólise, além disso, observou-se um aumento real na proteólise após 90 minutos de indução na presença de ATP, sugerindo a coexistência de mecanismos de proteólise dependente de proteassoma e independente de ubiquitina. Para corroborar essa hipótese, foram avaliados os níveis de proteínas oxidadas e ubiquitinadas. Os resultados sugerem um perfil similar de proteína ubiquitinadas e diferencial para as oxidadas. Em conjunto, os resultados obtidos nesse trabalho sugerem que o steady state protéico em epimastigota é influenciado pela resistência a droga. Futuros experimentos serão realizados para determinar quais proteínas são os alvos naturais desta via metabólica.Item Análise da expressão constitutiva in vitro da proteína NS1 de Dengue virus em células humanas.(2018) Sousa, Natália Mendes de; Silva, Breno de Mello; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Silva, Breno de Mello; Costa, Daniela Caldeira; Brandão, Geraldo CélioA dengue é uma doença viral causada pelo Dengue virus (DENV), um arbovírus amplamente distribuído em regiões tropicais e subtropicais em todo mundo, com cerca de 50 a 100 milhões de infecções relatadas anualmente. As formas de manifestação da dengue são distintas, variando da forma assintomática até a mais grave, conhecida como febre hemorrágica da dengue (FHD). O genoma do DENV é composto por uma única molécula de RNA de senso positivo, que codifica uma poliproteína que é clivada em três proteínas estruturais e em sete proteínas não estruturais (NSs), dentre as quais se destaca a proteína NS1. Esta proteína pode ser encontrada em três formas (monomérica, dimérica e hexamérica), e além do seu envolvimento na multiplicação viral a NS1, que pode se associar à membrana celular ou ser secretada, tem sido envolvida na patogênese da dengue, juntamente com os anticorpos induzidos por ela. Além disso, a NS1 pode exercer um papel importante na modulação de vias sinalizadoras celulares. Neste trabalho, células HepG2 e THP-1 transientemente transfectadas e células expressando a NS1 constitutivamente foram analisadas quanto à expressão da NS1 visando seu uso em trabalhos futuros. Os resultados demonstraram que este modelo de expressão da NS1 necessita de melhorias para garantir níveis de expressão mais estáveis e robustos e que outros modelos celulares devem ser testados além de células hepáticas.Item Análise da expressão das enzimas desubiquitinadoras 5, 14 e 16 durante o ciclo de vida do Schistosoma mansoni.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Vieira, Helaine Graziele Santos; Cota, Renata Guerra de SáO Schistosoma mansoni apresenta um ciclo biológico bastante peculiar, no qual diversas alterações bioquímicas e morfológicas ocorrem no verme. Estas mudanças são adaptações evolutivas encontradas pelo parasito para sobreviver nos distintos ambientes. Acredita-se que estas adaptações são promovidas por um conjunto de genes expressos coordenadamente nos seis estágios de vida do parasito, sendo de extrema importância a identificação destes genes para elabor vacinas e novas drogas. Neste contexto, as vias de modificações pós-traducional de proteínas como a ubiquitina devem ser atuantes em vários processos celulares no parasito. A ubiquitina se liga covalentemente a proteína alvo, através de uma ligação isopeptídica entre o resíduo de glicina (Gly 76) da ubiquitina, localizado na região C-terminal e o resíduo de lisina (Lys) do grupo amino da proteína a ser ubiquitinada. Esse processo é reversível, sendo regulado pelas enzimas chamadas desubiquitinadoras (DUBs). As DUBs são cisteíno proteases que clivam a ligação isopeptídica existente entre as ubiquitinas que formam a cadeia poliubiquitinada, mantendo o pool de Ub intracelular livre e processam a préproteína dando origem a forma madura da Ub. No presente trabalho, objetivamos validar as análises in silico das DUB’s 5, 14 e 16 em S. mansoni e avaliar o padrão de expressão destas enzimas em cercárias, esquistossômulos obtidos in vitro nos tempos de 3 horas, 18,5 horas; 24 horas, 3 dias, em verme adulto e ovos. A expressão comparada das DUB’s 5, 14 e 16 mostra que elas são mais expressas nas fases cercária, verme adulto e ovo, do que nos diferentes estágios de esquistossômulos estudados, confirmando resultados encontrados anteriormente em que foi verificada a atividade DUB total nas fases de esquistossômulos menor comparada às demais fases. Este padrão de expressão também corrobora com os resultados obtido por nosso grupo de pesquisa onde foi observada a presença de conjugados ubiquitinados em todas as fases de S. mansoni, com uma abundância predominante durante as diferentes culturas de esquistossômulos (3h, 4h, 8h, 18h, 24h, 3 dias, 5 dias, 8 dias e 10 dias). Estes dados juntamente com os resultados obtidos sugerem que a ocorrência de ciclos de ubiquitinação/desubiquitinação podem estar envolvidos em processos celulares críticos durante um ciclo biológico completo do S. mansoni.Item Análise da expressão de COX-2 em células H9c2 infectadas com T. cruzi cepa Berenice-62.(2013) Monteiro, Cíntia Júnia; Moraes, Karen Cristiane Martinez deO protozoário intracelular Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da doença de Chagas, a principal causadora de cardiomiopatia e insuficiência cardíaca em regiões de endemicidade na América Latina. A miocardite aguda, uma das consequências da doença, é caracterizada por uma resposta inflamatória intensa com envolvimento de mediadores inflamatórios; dentre estes imunomoduladores, a prostaglandina E2 (PGE2) apresenta um importante papel no desenvolvimento da doença contribuindo para o remodelamento cardíaco e deficiências funcionais deste órgão após a infecção pelo T. cruzi. Os níveis de produção deste eicosanoide estão diretamente relacionados com a expressão e atividade da enzima ciclooxigenase-2 (COX-2). A regulação da expressão desta proteina pode se dar a nível transcricional, envolvendo a participação de fatores de transcrição, ou pós-transcricional, envolvendo proteínas que se ligam a RNAm, como a CUGBP2 e também por microRNAs. Desta forma, considerando-se que as respostas iniciais dos cardiomiócitos frente a invasão pelo T. cruzi desempenham um papel fundamental no estabelecimento da infecção a longo prazo e, assim, influenciam na progressão da doença, objetivou-se, neste estudo, avaliar a regulação e expressão de COX-2 em células H9c2 nos períodos iniciais após a infecção pela cepa Berenice-62 do T. cruzi. Para isso, foram estudados tempos de interação (período em que o parasito encontra-se no meio intracelular) de 0, 2, 6, 12, 24 e 48 horas após a infecção que foi realizada no período de 2 horas; células não infectadas foram utilizadas como controle. Foram realizadas análises da expressão dos transcritos e proteinas de COX-2, CUGBP2 e NF-kB; dos níveis de PGE2 produzidos durante a infecção; da expressão dos transcritos de Bcl-2, BAX e caspases 3 e 9, genes envolvidos na apoptose; da expressão de c-Myc, c-Jun e c-Fos (cujas proteinas se dimerizam para formarem o fator de transcrição AP1) e expressões de microRNAs envolvidos na modulação da expressão de COX-2, CUGBP2 e fosfolipase A2. Além disso, foi realizada microscopia de fluorescência para verificar a localização das proteinas COX-2, CUGBP2 e do RNAm de COX-2. Como resultados, observou-se que a infecção pela cepa Berenice-62 induz várias alterações celulares, dentre elas, o aumento da expressão e da atividade da proteina COX-2. O parasito também induz translocação desta proteina da região perinuclear para o núcleo e também para o citoplasma. Os fatores de transcrição NFkB, AP1 e c-Myc parecem não estar envolvidos na expressão de COX-2. Em relação a regulação pós-transcricional, a CUGBP2 parece regular a tradução de COX-2, porém, os miRNAs estudados não parecem estar envolvidos nesta regulação. O parasito apresenta-se co-localizado à COX-2 e à CUGBP2, levantando a hipótese do parasito se aderir a estas moléculas, ou até mesmo, internalizá-las.Item Análise do microbioma fecal de ratos Wistar submetidos a uma dieta rica em carboidratos simples e treinamento de natação aeróbico.(2019) Neves, Viviano Gomes de Oliveira; Cota, Renata Guerra de Sá; Barboza, Natália Rocha; Cota, Renata Guerra de Sá; Cruz, Izinara Rosse da; Queiroz, Karina Barbosa deOs mamíferos são habitados por trilhões de micro-organismos e a maior diversidade de micróbios, tais como: fungos, vírus, protozoários e bactérias, está localizada especificamente no trato gastrointestinal. Dentre esses, as bactérias representam a maior proporção dos microorganismos que habitam a região do trato gastrointestinal e elas são responsáveis por muitos benefícios para a saúde do seu hospedeiro como: produção de metabólitos, maturação do sistema imunológico, balanço energético e entre outras funções. Contudo, diferentes variáveis como tipo de alimentação e prática de exercício físico podem ser agentes moduladores do microbioma e isso pode vir a contribuir para instalação de várias doenças metabólicas. Dados do nosso laboratório mostraram que a dieta rica em carboidratos simples foi capaz de induzir aumento de adiposidade em modelos de ratos Wistar e o treinamento de natação aeróbico sem carga conseguiu reverter em parte os efeitos provocado pela dieta. Desse modo, este trabalho teve como objetivo avaliar se o microbioma pode ser modulado pela dieta rica em carboidratos simples e pelo treinamento de natação aeróbico com carga num período de 15 semanas experimentais. Os resultados mostraram que a dieta rica em carboidratos simples induziu o aumento nos níveis basais de triglicérides e armazenamento dos coxins adiposos. Em relação à composição da microbiota intestinal a dieta foi capaz de aumentar a abundância de Enterobacteriales (p<0,05), Enterobacteriaceae (p<0,05), Odoribacteraceae (p<0,05), Helicobacteraceae (p<0,001), Escherichia (p<0,05) e Butyricimonas (p<0,05). Já o treinamento de natação aeróbico com carga, favoreceu a diminuição nos níveis de triglicerides e armazenamento dos coxins adiposos. Na modulação da microbiota, o treinamento aumentou Bacteroidetes (p<0,05), Bacteroidaceae (p<0,05), Porphyromonadaceae (p<0,05), Lactobacillaceae (p<0,05), Succivivibrionaceae (p<0,05), e Parabacteroides (p<0,01), e diminuiu abundância de Enterobacteriales (p<0,05), Enterobacteriaceae (p<0,05), Helicobacteraceae (p<0,01) e Escherichia (p<0,05), que de certo modo conteve os danos metabólicos induzidos pela dieta. Em conjunto, os dados permitem concluir que a dieta rica em carboidratos simples induz um enriquecimento de bactérias do filo Proteobacterias, que estão associadas ao desenvolvimento de obesidade. A interação treinamento de natação aeróbico e dieta rica em carboidratos simples mostraram que só treinamento não é totalmente eficiente para manter abundância de táxons com efeitos probióticos e reduzir grupos de bactérias que apresentam propriedades nas disfunções do metabolismo, por isso, para uma modulação mais benéfica a saúde do hospedeiro é importante à prática de exercício físico associado com uma dieta equilibrada.Item Análise do perfil de expressão de subunidades constituintes do proteassoma 26s em fases larvais e adultas do Schistosoma mansoni.(2013) Dias, Leandro Simões; Borges, William de CastroAnálises pós genômicas têm propiciado avanços significativos sobre a biologia do parasito Schistosoma mansoni. Particularmente, experimentos de transcrissômica em larga escala apontaram genes essenciais, ligados a vias de degradação proteica intracelular, com expressão diferencial ao longo do ciclo de vida do parasito. Tais achados corroboram com as marcantes alterações fenotípicas observadas após a penetração no hospedeiro vertebrado e o extenso remodelamento corporal necessário para a instalação e maturação do verme adulto no sistema porta-hepático.A presente investigação objetivou determinar o perfil de expressão de subunidades constituintes do proteassoma 26S, em fases larvais e adultas do verme. Neste intuito, oligonucleotídeos específicos para amplificação parcial das subunidades Rpn10 e alfa 7 foram confeccionados. Após a extração de RNA total de vermes adultos seguido de RT-PCR, observou-se amplificação de produtos de aproximadamente 251 e 753 pb, de massas moleculares esperadas para os amplicons relacionados às subunidades Rpn10 e alfa 7, respectivamente. Os produtos de amplificação foram purificados do gel e clonados utilizando o sistema Gateway®. Novos ciclos de amplificação demonstraram a obtenção de plasmídeos recombinantes para as duas subunidades. Entretanto, experimentos de expressão heteróloga em bactérias BL21 não permitiram a detecção epurificação das subunidades alfa 7 e Rpn10 recombinantes no lisado celular. Como proposta alternativa, utilizou-se o plasmídeo PET28a® recombinante contendo a região codificadora da subunidade Rpn10 de S. mansoni, gentilmente cedido pela Dra. Enyara Rezende Morais (Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos - Universidade de São Paulo). Após transformação em BL21, seleção de clones recombinantes e indução com IPTG, análises por SDS-PAGE e coloração do gel por Coomassie revelaram a expressão de uma proteína recombinante de massa molecular em torno de 55 kDa. Uma preparação de Rpn10 em alto grau de homogeneidade foi obtida após purificação por afinidade em resina de níquel. Anticorpos policlonais anti-SmRpn10 recombinante foram gerados em camundongos Swiss e utilizados para avaliação do perfil de expressão de Rpn10 em extratos solúveis de cercárias, esquistossômulos (de 3h e 3 dias), vermes adultos, ovos e miracídios. A partir de eletroforese bidimensional, utilizando separação isoelétrica em gel de gradiente linear (pH 3-10) e Western blotting, foram detectadas 3 isoformas para Rpn10 em todos os estágios investigados. Essas apresentaram aumento de expressão no estágio de cercária, o qual foi novamente confirmado por Western blotting 1D comparando as fases analisadas. Este achado refere-se ao primeiro relato da existência de isoformas para a subunidade Rpn10 constituinte do proteassoma 26S e agrega diversidade ao perfil de subpopulações possíveis e alternativas deste complexo proteolítico em S. mansoniItem Análise dos efeitos do tratamento com o heptapeptídeo angiotensina-(1-7) no controle do processo pró-inflamatório tumoral e na modulação de COX-2 e PTEN em células A549.(2014) Silva, Andréa Renata da; Moraes, Karen Cristiane Martinez deMundialmente, entre os diferentes tipos de tumores, o câncer de pulmão se destaca como um grave problema de saúde pública. Na busca por terapias inovadoras, várias moléculas estão sendo estudadas, neste contexto, insere-se a Angiotensina-(1-7), que possui propriedades vasodilatadoras, anti-angiogênicas, anti-trombóticas e anti-proliferativas. Recentemente, a Ang-(1-7) vem sendo descrita como um candidato potencial para modular os níveis da proteína ciclooxigenase-2 (COX-2). A enzima COX-2, assume posição de destaque na regulação dos mecanismos moleculares associados ao processo pró-inflamatório tumoral, sendo super-expressa em tumores de pulmão. Outro componente importante no desenvolvimento do processo pró-inflamatório tumoral é a proteína fosfatase e tensina homóloga (PTEN), que em tumores apresenta-se frequentemente deletada e/ou mutada; sendo relacionada por diversos autores com os níveis de expressão da proteína COX-2 em tumores, via modulação da atividade de PI3K/AKT. Baseado nas informações disponíveis na literatura, neste trabalho, procurou-se estabelecer um modelo celular com a finalidade de melhor entender a associação entre os níveis de expressão das proteínas COX-2 e PTEN; e também avaliar o envolvimento de pequenas moléculas reguladoras da expressão gênica destas proteínas. Para isso células A549 foram tratadas com Ang-(1-7) 10-7 M por diferentes intervalos de tempo, e logo após foram realizados ensaios de mensuração de lactato e pH, mensuração da atividade de COX-2, análises da expressão dos transcritos e proteínas COX-2 e PTEN; expressão de microRNAs envolvidos na modulação da expressão de COX-2, PTEN e FOXO-1; análise de expressão gênica de FOXO-1 e das proteínas de adesão Claudina, EPCAM e Integrina _-8. Como resultado, observou-se que o tratamento com Ang-(1-7) induz alterações celulares, dentre elas, um efeito negativo no metabolismo tumoral da linhagem celular A549, diminuindo a produção de ácido lático, elevando assim o pH extracelular; apesar de modular a expressão das proteínas COX-2 e PTEN, não foi identificada uma associação; analisando os miRNAs, não foi possível mostrar uma associação entre estas pequenas moléculas e a expressão de COX-2 e PTEN; Ang-(1-7) promove modulação dos níveis de expressão das proteínas de adesão e FOXO-1, sendo identificada uma sincronia entre o padrão de expressão de FOXO-1 e dos genes das proteínas de adesão investigadas Claudina-1 e EPCAM.Item Análise morfológica do fígado e baço de camundongos Balb/c submetidos à desnutrição protéico-calórica e infectados com Leishmania infantum.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Coelho, Lorena Fagundes; Rezende, Simone Aparecida; Cangussú, Silvia DantasA desnutrição protéico-calórica é a forma mais comum de deficiência nutricional e a causa mais freqüente de imunodeficiência secundária. A leishmaniose visceral é uma forma grave de leishmaniose causada por parasitos do complexo Leishmania donovani: Leishmania chagasi/infantum e Leishmania donovani, que replicam nas células do sistema fagocitário mononuclear principalmente no fígado, baço e medula óssea. Vários estudos mostram que indivíduos desnutridos têm uma incidência maior de infecções e desenvolvem formas mais graves dessas doenças. A desnutrição altera os mecanismos de defesa do indivíduo, facilitando a invasão e proliferação do agente infeccioso no organismo. A infecção por sua vez agrava o quadro de deficiência nutricional pré-existente. Dessa forma, tendo em vista que a desnutrição protéicocalórica é considerada como um fator de risco para a leishmaniose visceral, este estudo teve como objetivo avaliar sua influência na resposta de camundongos BALB/c à infecção por L. infantum, com especial ênfase para as alterações detectadas no fígado e baço. Para isso, os animais foram divididos em dois grupos: um alimentado com uma dieta controle (contendo 14% de caseína) e outro alimentado com uma dieta hipoprotéica (4,5% de caseína). Após oito semanas de dieta, os animais foram inoculados com 1x107 promastigotas de L. infantum e quatro semanas depois foram eutanasiados, tendo o baço e o fígado removidos para quantificação de parasitos e análises macro e microscópicas. Detectou-se um aumento da carga parasitária por miligrama de tecido no baço e fígado associado a uma menor área e número de granulomas no tecido hepático nos animais desnutridos em comparação com os animais controle infectados. Além disso, a maioria das alterações hepáticas encontradas foram mais freqüentes e mais intensas nos animais desnutridos infectados em comparação com os animais controle. No baço, tanto no grupo controle quanto no desnutrido o tamanho dos folículos linfóides e a área da polpa branca foram maiores nos animais infectados em relação aos não infectados, no entanto, foram menores nos animais desnutridos em comparação com os animais controle. Dessa forma o presente estudo mostrou que a desnutrição foi capaz de diminuir a resposta inflamatória à infecção por L. infantum, pois prejudicou a formação de granulomas e potencializou as lesões teciduais.Item Análise morfométrica aplicada ao diagnóstico citopatológico e/ou à detecção molecular do HPV.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Gomes, Alessandra Hermógenes; Carneiro, Cláudia MartinsO câncer de colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres no Brasil, sendo a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) um dos principais fatores associados ao desenvolvimento de lesões cervicais. O objetivo deste trabalho foi verificar se a análise morfométrica associada ou não à PCR aumenta a sensibilidade do exame citopatológico. Durante dois anos foram coletadas 198 amostras cervicais, sendo realizada coleta de 99 amostras a cada ano, as quais foram submetidas à avaliação citopatológica através do exame citopatológico e à avaliação molecular por meio da PCR para verificar a presença e o tipo de HPV eventualmente presente na amostra. Para a análise morfométrica, foram capturados 60 campos de cada lâmina, em uma ampliação de 40x e ocular de 10x com auxílio instrumental de uma câmera digital Leica DFC340FX acoplada ao micriscópio Leica DM5000B. Foram mensurados os parâmetros área nuclear (AN), área citoplasmática (AC) por meio do software de morfometria Image J 1.43, e determinado a razão núcleo/citoplasma (N/C). Citologia, PCR, razão N/C, AN e AC foram avaliadas utilizando o modelo longitudinal de Cox com variável tempo-dependente a partir dos quatro modelos construídos com base nestas variáveis. O teste de Wilcoxon foi aplicado para análise pareada destas variáveis através do programa GraphPad Prism 5 com intervalo de confiança de 95%. A razão N/C mostrou aumento significativo da primeira para a segunda coleta em três dos modelos construídos. Verificou-se que o aumento de uma unidade da razão N/C(x100) aumenta em 2,1 vezes o risco da PCR negativa na primeira coleta, positivar na segunda. Nos demais modelos a razão N/C também apresentou razão de risco significativa, demonstrando ser o parâmetro mais expressivo na avaliação dos esfregaços citológicos. A morfometria associada ao teste molecular e ao exame morfológico convencional aumentou a sensibilidade do diagnóstico citológico, além da morfometria acrescentar parâmetros ao exame citopatológico que podem ser utilizados como fatores prognósticos na análise de esfregaços cervicais.Item Análise proteômica comparativa de Leishmania (Leishmania) infantum para identificação de proteínas diferencialmente expressas induzidas pelo modelo de desnutrição proteica murino.(2014) Ostolin, Thalita Lopes Valentim; Borges, William de CastroA leishmaniose é uma doença endêmica em vários países, com incidência anual de 2 milhões de casos. A forma visceral da doença é a mais severa e a falta de tratamento pode levar o indivíduo à morte. Está bem estabelecido que a desnutrição (DPC) constitui fator de risco para a progressão clínica da leishmaniose visceral (LV), porém, pouco se conhece sobre os mecanismos bioquímicos envolvidos tanto na biologia do parasito quanto na resposta do hospedeiro na ocorrência simultânea de DPC e LV. Assim, o presente trabalho teve como foco a análise do perfil proteômico de Leishmania (Leishmania) infantum após a passagem pelo modelo murino de desnutrição proteica. Camundongos do grupo teste receberam dieta contendo 3% de proteína, enquanto os do grupo controle receberam dieta normal, contendo 14%. Após 8 semanas do início da dieta, confirmou-se a desnutrição dos animais do grupo teste a partir dos parâmetros peso corporal e dosagem sérica de proteína total e albumina. Os camundongos de cada grupo foram infectados com promastigotas de L. infantum, na mesma dose, e, posteriormente, os parasitos foram recuperados do fígado e baço na 2a semana (fase aguda) e na 15a semana (fase crônica) pós-infecção. Após a 15ª semana de infecção crônica, parasitos recuperados de animais de ambos os grupos exibiram curva de crescimento diferencial in vitro, sugerindo maior atividade proliferativa de promastigotas isolados de camundongos desnutridos. O estado nutricional também influenciou significativamente no aumento da carga parasitária total do fígado em animais desnutridos. A técnica 2D-PAGE comparativa, para os extratos de L. infantum recuperados dos dois grupos, revelou perfis eletroforéticos similares com poucos spots únicos de cada extrato. No entanto, promastigotas recuperados de animais em fase crônica da LV e submetidos à desnutrição apresentaram aumento de expressão para proteínas envolvidas com biossíntese proteica. A resposta imune humoral dos animais, frente a antígenos solúveis do parasito, também foi avaliada pela técnica de Western blotting. Essa abordagem imunoproteômica revelou padrões de reatividade distintos para os soros de animais de ambos os grupos. De particular importância, o soro de camundongos desnutridos quando empregado na mesma diluição do soro de camundongos normonutridos, não reconhece proteínas da família das HSP’s e chaperoninas, as quais têm sido descritas como altamente imunogênicas em diversos estudos. Coletivamente, os resultados obtidos demonstraram que a DPC altera o perfil proteômico de L. infantum, compromete o estabelecimento de uma resposta humoral eficaz contra proteínas do parasito e está associada ao aumento de carga parasitária no hospedeiro vertebrado.Item Anemia, parasitoses intestinais, aleitamento materno e desnutrição proteico calórica e suas associações em crianças de 0 a 59 meses, em 1999, no município de Ouro Preto – Minas Gerais.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2004) Silva, Maria Luisa Coelho; Silva, Marcelo EustáquioO objetivo desta pesquisa foi estudar a prevalência da desnutrição protéico-calórica, da anemia ferropriva, das parasitoses intestinais, do aleitamento materno e suas associações em crianças de 0 a 59 meses, em Ouro Preto, MG. Realizou-se estudo epidemiológico do tipo transversal, realizado com 4744 crianças de 0 a 59 meses que participaram da Campanha Nacional de Multivacinação, em 1999. Foram analisados exames bioquímicos de hemoglobina e parasitológico de fezes de uma amostra das crianças desnutridas da zona urbana. Na análise antropométrica, utilizou-se o índice peso/idade (P/I) e foram consideradas desnutridas crianças com peso menor ou igual ao percentil 10 (P10). Considerou-se anêmica a criança com concentração de hemoglobina inferior a 11mg/dL. Os dados foram processados pelo software Epi Info versão 6.04. Os resultados mostraram que a prevalência da desnutrição foi de 21,86% (1037). A prevalência das parasitoses entre os desnutridos foi de 42,96% (116). O parasita mais prevalente foi Ascaris lumbricoides. A prevalência da anemia entre os desnutridos foi de 44,67% (109). A prevalência do aleitamento materno foi de 84,11% (3990) e a mediana foi de 4 meses (120 dias). Foram encontradas associações significativas entre: desnutrição e aleitamento materno; e parasitoses e anemia. Conclui-se que a prevalência da desnutrição foi inferior às estimativas nacionais e semelhante aos resultados pesquisados na região Sudeste. A prevalência das parasitoses foi inferior ao esperado e o parasita mais freqüente, assim como todas pesquisas brasileiras, foi o Ascaris lumbricoides. A prevalência da anemia assemelha-se a valores citados pela OMS e a outros pesquisadores brasileiros, sendo inferior a pesquisas na região Sudeste. A prevalência de casos graves de anemia foi muito baixa. A prevalência e a mediana do aleitamento materno assemelham-se à média nacional. Existem poucos estudos sobre associações e, as associações positivas encontradas podem servir de subsídio na elaboração de programas de saúde.