PPGSN - Programa de Pós-graduação em Saúde e Nutrição
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Navegando PPGSN - Programa de Pós-graduação em Saúde e Nutrição por Assunto "Adolescentes"
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Item Associação entre estado nutricional de crianças e adolescentes com a inscrição no Programa Bolsa Família, em Berilo-MG, nos anos de 2004 e 2016 : um estudo longitudinal.(2017) Paixão, Luciene Teixeira; Silva, Camilo Adalton Mariano da; Amaral, Joana Ferreira do; Silva, Marcelo Eustáquio; Silva, Camilo Adalton Mariano daIntrodução. A avaliação do crescimento é um instrumento de fundamental importância visto que detecta déficits ou excessos como desnutrição e obesidade, respectivamente. Para melhorar as condições de vida, inclusive alimentação e nutrição, existem programas de âmbito social vigorando no Brasil visando incrementar a renda de familiais consideradas com baixas condições socioeconômicas, como é o caso do programa de transferência de renda, Programa Bolsa Família (PBF). Objetivo. Verificar se existe associação entre a inscrição no Programa Bolsa Família e o estado nutricional dos adolescentes que foram avaliados na fase pré-escolar em 2004 e reavaliados em 2016, residentes em Berilo-MG. Metodologia. Para a avaliação do estado nutricional antropométrico foi utilizado o índice Estatura/Idade (E/I) e Índice de Massa Corporal/Idade (IMC/I), de acordo com o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os dados socioeconômicos foram coletados por meio de um questionário. O teste Qui-Quadrado de homogeneidade foi utilizado para testar a afirmação de que diferentes populações têm a mesma proporção de indivíduos que são beneficiários do programa bolsa família em Berilo MG, e o modelo final foi analisado pelo método de Regressão Logística. Resultados. O PBF foi associado com renda familiar (p=0,039), situação do domicílio (p<0,001), não se associando com o estado nutricional das crianças e adolescentes do presente estudo. O indicador de estado nutricional IMC/I se associou com idade (p<0,001) em meses e anemia (p= 0,0241), e a E/I se manteve associada com faixa etária em meses das crianças (p=0,029) e situação do domicílio (p=0,007). Ao se comparar o estado nutricional das crianças nos anos de 2004 e 2016, verificou-se que a magreza diminui de 13,0% para 1,4% e a obesidade de 23,9% para 21,7%, entre os anos. Conclusão. O estado nutricional das crianças melhorou de 2004 para 2016, mas não se associou com o cadastramento no PBF. A diminuição da prevalência de magreza e obesidade no estado nutricional das crianças indicam possível melhoria nas condições de vida da população. São necessários mais investimentos em pesquisas que avaliem o impacto do PBF e de outros programas e ações sobre o estado nutricional de crianças e adolescentes no Brasil.Item Associação entre leucócitos, proteína C reativa e componentes da síndrome metabólica em adolescentes.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Cruz, Larissa Leandro da; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina PinheiroA obesidade, um grave problema de saúde pública, em todo o mundo, vem atingindo as variadas faixas etárias, inclusive a pediátrica. O distúrbio é associado a um conjunto de doenças, tais como hipertensão arterial, dislipidemia aterogênica e diabetes mellitus do tipo 2, que compõem a Síndrome Metabólica (SM). A presença de SM na idade pediátrica, em decorrência dos múltiplos fatores de risco cardiovascular que a compõem, está associada a um maior risco de manifestações prematuras no adulto. Recentemente vários estudos têm apresentado evidências de que além do estresse metabólico (caracterizado por anormalidades no metabolismo de lipídios e de glicose), o estresse inflamatório constitui importante mecanismo patogênico da SM. No entanto poucos estudos têm explorado esta relação em adolescentes. Em vista disso, este estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a prevalência dos componentes da SM e sua associação com a proteína C reativa (PCR) e leucócitos em adolescentes de 11 a 15 anos de idade, matriculados em escolas privadas e públicas do município de Alegre, Espírito Santo. Dos voluntários do estudo foram obtidos os seguintes dados: idade, sexo, peso, altura (para cálculo do índice de massa corporal, circunferência da cintura, percentual de gordura corporal), hemograma completo (série branca e série vermelha), lipidograma, glicemia de jejum, insulinemia, PCR e pressão arterial. Para caracterizar a SM foram utilizados os pontos de corte e os fatores de risco preconizados pela I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A amostra foi composta por 524 adolescentes, sendo 247 do gênero masculino e 277 do gênero feminino. A idade média foi 13 anos. O excesso de peso estava presente em 29,6% dos adolescentes e 25,7% apresentavam circunferência da cintura aumentada. Na avaliação bioquímica, 27,2% dos adolescentes apresentavam-se com hipercolesterolemia, 21,8% com hipertrigliceridemia, 49,5% com concentrações diminuídas de colesterol HDL, 18,7% com colesterol LDL elevado, 14,2% com hiperglicemia, 15,1% com hiperinsulinemia e 12,0% dos adolescentes com concentrações de PCR consideradas de alto risco. Adolescentes com maiores concentrações de triacilgliceróis, circunferência da cintura e percentual de gordura corporal apresentaram maiores médias para as populações de leucócitos e linfócitos. A presença da SM foi verificada em 16%, a resistência à insulina em 12,9% e mais de 49% dos adolescentes apresentaram pelo menos 2 componentes da SM. A hipertensão foi observada em 6,5%. Foi encontrada uma associação positiva significativa entre concentrações de PCR e pressão arterial sistólica, glicose e colesterol HDL, independentemente da idade, da composição corporal e do IMC. A única variável associada significativamente aos leucócitos foi o percentual de gordura corporal. Conclui-se que a população estudada apresenta alta prevalência de fatores de risco clássicos para as doenças cardiovasculares, para o diabetes do tipo 2 e para a Síndrome Metabólica.Item Características associadas à distorção da imagem corporal entre escolares brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, 2009.(2015) Ferreira, Nair Tavares Milhem Ygnatios; Gonçalves, Luana Giatti; Freitas, Silvia Nascimento de; Mendes, Ana Paula Carlos CândidoOs adolescentes são particularmente susceptíveis às alterações da imagem corporal. O objetivo do presente estudo foi investigar características sociodemográficas, comportamentos relacionados à saúde, contexto familiar e escolar associados à distorção da imagem corporal em escolares brasileiros. Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE-2009), realizada em escolares do 9º ano das capitais brasileiras e do Distrito Federal. A variável resposta foi à distorção da imagem corporal obtida pela discrepância entre a percepção da imagem corporal e o índice de massa corporal, classificada em concordância, subestimação e superestimação. As variáveis explicativas foram: 1) características sociodemográficas: sexo, idade, cor ou raça autodeclarada, escolaridade materna; 2) os comportamentos relacionados à saúde: consumo regular de frutas e/ou hortaliças, consumo regular de refrigerantes, lazer sedentário, consumo de álcool nos últimos 30 dias, tabagismo, uso de drogas ilícitas nos últimos 30 dias e relação sexual nos últimos 12 meses; 3) contexto familiar: composição familiar, realizar refeições com a mãe ou responsável, faltar às aulas sem consentimento dos pais ou responsáveis nos últimos 30 dias e sofrer agressão física na família nos últimos 30 dias e 4) contexto escolar: dependência administrativa da escola, pares gentis ou prestativos nos últimos 30 dias e bullying nos últimos 30 dias. Foi estimada a prevalência de distorção da imagem corporal e verificada associação com as variáveis explicativas pelo Qui-Quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. Foi realizada análise multivariada para estimar associações independentes por meio de regressão logística multinomial, a categoria de referência foi a concordância. Foram incluídos 57.535 adolescentes, dos quais 52,9% eram meninas e 47,2% tinham 14 anos de idade. Metade dos escolares apresentava distorção da imagem corporal, a subestimação foi mais frequente. As meninas apresentaram maior freqüência de superestimação da imagem corporal e os meninos de subestimação. Na análise multivariada, meninas cujas mães tinham ensino médio incompleto (OR:1,14;IC95%:1,00-1,10) e estudavam em escolas privadas (OR:1,28;IC95%1,16-1,43) apresentaram maior chance de subestimar a imagem corporal. Entre elas, menor chance de subestimação foi observada nas que relataram consumo regular de frutas e hortaliças (OR:0,89;IC95%:0,81-0,98) e relação sexual (OR:0,79;IC95%0,69-0,89). Maior chance de superestimação da imagem corporal foi observada nas meninas que relataram consumo de álcool (OR:1,14;IC95%:1,00-1,29), que raramente ou nunca realizavam refeições com a mãe ou responsável (OR:1,30;IC95%:1,15-1,48) faltaram às aulas sem permissão dos pais ou responsáveis, sofreram agressão física de um familiar ou sofreram bullying nos últimos 30 dias (OR:1,25;IC95%:1,00-1,56). Aquelas que relataram consumo de refrigerantes (OR:0,82;IC95%:0,74-0,91) e relação sexual (OR:0,83;IC95%:0,71-0,97) apresentaram menor chance de superestimar a imagem corporal. Maior chance de subestimar a imagem corporal foi observada em meninos com 14 e com 16 ou mais anos, que raramente ou nunca realizavam refeições com a mãe ou responsável (OR:1,15;IC95%:1,02-1,29) e estudavam em escolas privadas (OR:1,25;IC95%1,12-1,41). Menor chance de subestimar a imagem corporal ocorreu entre meninos que consumiam regularmente frutas e hortaliças (OR:0,98;IC95%:0,81-0,97) e relataram relação sexual (OR:0,88;IC95%:0,79-0,98). Meninos cujas mães tinham ensino superior completo (OR:1,34;IC95%:1,05-1,73), estudavam em escolas privadas (OR:1,24;IC95%:1,05-1,47), relataram pares gentis ou prestativos às vezes (OR:1,31;IC95%:1,08-1,59) e sofreram bullying às vezes (OR:1,44; IC95%:1,16-1,79) ou maior parte/sempre (OR:1,75; IC95%:1,37-2,24) tiveram maior chance de superestimação da imagem corporal. Menor chance de superestimação foi observada em meninos com 16 ou mais anos (OR:0,75;IC95%0,57-0,99), que relataram cor ou raça parda (OR;0,84;IC95%:0,72-0,98) e relataram relação sexual nos últimos 12 meses (OR:0,79; IC95%:0,67-0,94). Este estudo mostrou alta prevalência de distorção da imagem corporal. Além de estar associada às características sociodemográficas e aos comportamentos relacionados à saúde, nossos resultados revelam que a distorção da imagem corporal foi associada a aspectos do contexto familiar e escolar. Enquanto o contexto familiar parecer ser mais relevante para as meninas, o ambiente escolar, especialmente o bullying, parece ser mais importante para os meninos. A magnitude da distorção e os potenciais impactos sobre a vida e saúde atual e futura justificam intervenções para promover um ambiente saudável para os escolares.