PPCBIOL - Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas
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Navegando PPCBIOL - Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas por Assunto "Adolescência - obesidade"
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Item Associação da proteína ligante de retinol 4 (RBP-4) e da resistência à insulina com a obesidade em escolares do ensino fundamental de Ouro Preto, Minas Gerais.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Castro, Ana Paula Pereira; Coelho, George Luiz Lins MachadoA prevalência mundial da obesidade infantil vem apresentando um rápido aumento nas últimas décadas, sendo caracterizada como uma verdadeira epidemia mundial. Uma das complicações decorrente da obesidade é a resistência à insulina, e entender os processos que levam a esta condição é importante para compreender e ter ações preventivas para o surgimento do diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. O tecido adiposo é capaz de secretar várias adipocinas que estão relacionadas com a resistência à insulina, uma delas é a proteína ligante do retinol 4 (RBP4). Estudos em camundongos mostraram que a RBP4 atua na via de sinalização da insulina inibindo a fosforilação da PI3K e suprimindo a translocação celular do GLUT-4. Alguns trabalhos envolvendo a RBP4 têm sido realizados em indivíduos eutróficos e obesos, e os resultados são bastante controversos. Foi realizado um estudo caso-controle aninhado a um estudo transversal, com o objetivo de avaliar a frequência da resistência à insulina em escolares de 7 a 14 anos residentes na cidade de Ouro Preto, e o perfil da proteína ligante de retinol 4 (RBP4) nesta população. A amostra foi composta por 222 escolares, 137 (60,4%) casos e 90 (39,6%) controles. Os casos e controles foram classificados de acordo com o percentual de gordura corporal mensurado pela bioimpedância tetrapolar. O HOMA-IR foi utilizado para avaliação da resistência à insulina. A insulina de jejum foi dosada pelo método da quimioluminescência e a RBP4 sérica pelo ELISA sandwich. A resistência à insulina foi observada em 24 escolares (10,8%). O percentual de escolares com alterações da RBP4 e da insulina de jejum foi 25% e 8,5%, respectivamente. Mediante a análise da regressão logística, as variáveis que melhor explicaram a ocorrência da obesidade nesta população foram a RBP-4 alta (OR: 3,11; IC: 1,46-6,55) e HOMA-IR alto (OR: 4,92 IC: 1,32-18) para p<0,05. O sexo masculino mostrou ser um marcador de risco (OR: 2,81; IC: 1,51-5,21) (p< 0,05). Os níveis séricos médios da RBP4 foram maiores nos indivíduos com renda familiar baixa, nas meninas que haviam passado pela menarca e naqueles com percentual de gordura corporal elevado (p< 0,05). Após o ajuste para sexo, idade e HDL-c, os fatores que melhor explicaram a variabilidade da resistência à insulina nesta população foram o triglicerídeo alterado (OR: 3,65; IC: 1,39- 9,60) e o percentual de gordura corporal elevado (OR: 5,09; IC: 1,39-18,59) para p<0,05. Concluímos que na população analisada a RBP-4 esteve associada com o percentual de gordura corporal, entretanto não foi capaz de explicar a resistência à insulina.