PPGEDMAT - Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática
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O PPGEDMAT esteve vinculado ao DEMAT ( Departamento de Matemática) até o ano de 2015. Com a criação do DEEMA (Departamento de Educação Matemática) em 2016 o PPGEDMAT foi vinculado a este departamento.
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Navegando PPGEDMAT - Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática por Assunto "Agricultura familiar"
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Item "O que diacho é tarefa?" : etnomodelagem e etnomodelos da produção de arroz em Amarante no Piauí.(2024) Rodrigues, Luciano de Santana; Rosa, Milton; Rosa, Milton; Melo, Elisângela Aparecida Pereira de; Deodato, André AugustoEsta pesquisa foi conduzida com 10 agricultores familiares, 3 (três) funcionários da prefeitura municipal e 1 (uma) membra do sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Amarante, no estado do Piauí. A pesquisa se justifica pela necessidade de valorização de saberes e fazeres matemáticos locais que, muitas vezes, não são abordados, em salas de aula, na Educação Básica. Assim, o principal objetivo deste estudo é compreender como os conhecimentos etnomatemáticos relativos ao cultivo de arroz, da agricultura familiar, podem ser etnomodelados por meio da elaboração de etnomodelos, visando o desenvolvimento dos conteúdos de áreas, volumes e estimativas. Os objetivos específicos são: a) identificar os artefatos culturais e as unidades de medidas de áreas e volumes utilizados pelos agricultores familiares de Amarante-PI, desde o plantio até a colheita e o armazenamento de arroz para consumo ou venda, b) analisar as estratégias e as técnicas de resolução de problemas envolvendo o cálculo de área, de volume e de estimativas relacionadas com a produção de arroz, por área cultivada, por meio da elaboração de etnomodelos, c) estabelecer relações entre os etnomodelos êmicos (locais) desenvolvidos pelos agricultores familiares com os etnomodelos éticos (globais) utilizados no currículo escolar em salas de aula por meio do entendimento dessa relação dialógica (glocal). A fundamentação teórica se baseia no Programa Etnomatemática, na perspectiva sociocultural da Modelagem Matemática e na Etnomodelagem, que buscam desenvolver uma visão ampla dos saberes e fazeres matemáticos êmicos (locais) e conhecimentos matemáticos éticos (globais), relacionando-os dialogicamente por meio do desenvolvimento do dinamismo cultural. Destaca-se que este estudo qualitativo visou responder à questão de investigação: Como os conhecimentos etnomatemáticos relativos ao cultivo de arroz, da agricultura familiar, podem ser etnomodelados por meio da elaboração de etnomodelos, visando o desenvolvimento dos conteúdos de áreas, volumes e de estimativas? Para a obtenção de respostas para essa questão, foram utilizados como instrumentos de coleta de dados: a) questionários, b) entrevistas semiestruturadas, c) grupo focal, d) observações participantes e e) diário de campo do pesquisador. Os procedimentos metodológicos foram utilizados por meio de uma adaptação da Teoria Fundamentada nos Dados, que foi auxiliada pelo emprego da triangulação dos dados e da Fórmula do Consenso. Os dados foram analisados para identificação dos códigos preliminares na codificação aberta, bem como os resultados obtidos foram interpretados por meio da identificação e elaboração das categorias conceituais, na codificação axial. Esses procedimentos iniciais de coleta e análise de dados possibilitou a obtenção de respostas para a questão de investigação e, também, para a validação e confiabilidade dos resultados que foram obtidos nesta pesquisa. Os resultados mostram que existem diversos saberes e fazeres matemáticos locais (êmicos) presentes nas práticas cotidianas dos agricultores familiares e, entre esses conhecimentos destacam-se as unidades de medidas de comprimento, área e volume/massa que possibilitam para os agricultores participantes resolverem situações-problema do dia a dia, como, por exemplo, as técnicas de cubação de terrenos que possibilitam aos agricultores o cálculo da área de diferentes formatos de terrenos como: quadriláteros, triangulares, circulares, pentagonais e hexagonais. Essa interpretação possibilitou a elaboração de etnomodelos dialógicos que podem servir como um ponto de partida para a valorização e o respeito aos saberes e fazeres desenvolvidos localmente.