NUPEB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas
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Navegando NUPEB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas por Assunto "Ácidos graxos Ômega-3"
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Item Óleo de linhaça, ácido eicosapentaenoico e docosahexaenoico apresentam efeitos distintos sobre o fígado e tecido adiposo em ratos alimentados com dieta hiperlipidica.(2021) Dias, Bruna Vidal; Costa, Daniela Caldeira; Costa, Daniela Caldeira; Daleprane, Julio Beltrame; Garrido, Marilene Porawski; Isoldi, Mauro César; Cardoso, Leonardo MáximoO consumo excessivo de gorduras se tornou habitual após a evolução industrial e, concomitantemente, houve um aumento mundial de doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos como diabetes, resistência insulínica, esteatose hepática e obesidade. Pesquisas clínicas e experimentais vêm mostrando que a ingestão de AG ω-3 podem atuar em diferentes vias metabólicas de forma benéfica. Contudo, dados experimentais e ensaios clínicos ainda apresentam resultados inconsistentes sobre a relação dose/resposta, o percentual de absorção do ω-3 e sua bioconversão em seus subprodutos, assim como os mecanismos de ação. Desta forma, objetivamos avaliar o efeito do consumo do óleo de linhaça (LO) e proporções diferentes de EPA/DHA em ratos submetidos ao consumo crônico de uma dieta hiperlipídica rica em gordura trans e compreender algumas vias moleculares relacionadas. Para isso, foram utilizados 55 ratos machos da linhagem Fischer com 28 dias de idade, dos quais, inicialmente, foram distribuídos em 2 grupos: controle (C; n=15) e dieta hiperlipídica (HF; n=40). Após 18 semanas, foram eutanasiados 7 animais do grupo controle e 6 animais do grupo HF e restante dos animais foram redistribuídos em: Grupo controle (C, n=8; dieta padrão); Grupo HF (n=10; dieta hiperlipídica); Grupo LO (n=8; HF+ óleo de linhaça); Grupo EPA (n=8; HF + composto rico em EPA) e Grupo DHA (n=8; HF + composto rico em DHA). Após 14 dias de tratamento, foram analisadas: taxa de sobrevida; ingestão calórica e eficácia alimentar; parâmetros antropométricos e peso relativo do coração, fígado e tecido adiposo; parâmetros glicometabólicos; perfil lipídico sérico e hepático; defesa antioxidante no tecido hepático e cardíaco; perfil inflamatório no soro, tecido adiposo e cardíaco; análise morfométrica do tecido hepático, adiposo e cardíaco; expressão de genes lipogênicos no fígado e composição de ácidos graxos no fígado e tecido adiposo branco (TAB). A dieta hiperlipídica induziu hiperglicemia, hipertensão, redução da sensibilidade à insulina, maior acúmulo de gordura ectópica no fígado e maior concentração de colesterol total no TAB. Todos os tratamentos foram eficazes em reduzir a deposição de colágeno tipo III hepático; reduzir a proporção de ω-6/ ω-3 no fígado e TAB; reduzir a proporção da área/número de adipócitos, reduzir a expressão gênica das enzimas ACC e FAS, além de aumentar a expressão da enzima CPT1. Os tratamentos com EPA e DHA reduziram a glicemia, concentração sérica de TNF, quantidade de gordura do fígado, o grau de microesteatose e de deposição de colágeno tipo I no fígado; deposição dos colágenos tipo I e III no TAB, a expressão gênica do fator de transcrição SREBP e aumentaram a binucleação hepática. O tratamento com EPA foi mais eficaz em reduzir a área dos adipócitos, a concentração de triglicérides hepático, o peso da 9 gordura do TAB e aumentar a expressão gênica do fator de transcrição PPAR-α. O tratamento com DHA reduziu a concentração de MCP1 no TAB, de células inflamatórias no tecido cardíaco e espessura dos cardiomiócitos. O tratamento com LO não apresentou efeito isoladamente. Concluímos que os tratamentos com EPA e DHA foram mais eficazes em tratar os danos metabólicos induzidos pela dieta HF do que o tratamento com o LO, levando a um perfil metabólico mais favorável.