NUPEB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas
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Navegando NUPEB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas por Assunto "Ácidos graxos"
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Item Papel imunorregulador das dietas ricas em ácidos graxos em tecidos adiposo e cardíaco de camundongos infetados pelo Trypanosoma cruzi.(2019) Souza, Débora Maria Soares de; Silva, André Talvani Pedrosa da; Pinto, Kelerson Mauro de Castro; Costa, Guilherme de Paula; Silva, André Talvani Pedrosa da; Costa, Daniela Caldeira; Amaral, Joana Ferreira do; Madeira, Mila Fernandes Moreira; Vieira, Paula Melo de AbreuA resposta imune do indivíduo infectado pelo protozoário Trypanosoma cruzi é determinante para o curso clínico da doença cardíaca, sendo este quadro dependente de proteínas inflamatórias. Fatores exógenos, como a composição das dietas, têm se mostrado importantes na regulação/intensificação deste estado inflamatório do hospedeiro, principalmente relacionados às dietas ricas em ácidos graxos. Na presente proposta, camundongos C57BL/6 foram infectados, ou não, com a cepa Colombiana do T. cruzi e submetidos a diferentes fontes de ácidos graxos: saturados (dieta com banha de porco - BP) e monoinsaturados (dieta com azeite de oliva - AO), sendo a resposta inflamatória sistêmica e cardíaca avaliadas na fase inicial (30 dias) e na fase crônica recente (100 dias) da infecção. Após a eutanásia dos animais, o sangue, coração, fígado, baço e tecido adiposo epididimal foram coletados para ensaios imunoenzimáticos (CCL-2 e IL-10), para avaliação de marcadores de processos redox (catalase, superóxido dismutase, glutationa total, reduzida e oxidada, proteína carbonilada) e para quantificação relativa do RNA em tempo real - qPCR (Foxp3, Irak-1, Smad’s -2 e -3, Ppar’s -alfa e -gama, Stat-6, TLR -2, -4, -9, além do parasitismo tecidual). Os resultados mostram que a “natureza lipídica” das dietas e a infecção alteram a massa do baço, do fígado e do tecido adiposo epididimal, mas não do coração. As dietas BP e AO favoreceram a permanência do parasito no tecido cardíaco, a inflamação no tecido adiposo e o aumento de gordura no fígado, principalmente aos 100 dias de infecção. Ambas as dietas induziram aumento de catalase e redução de superóxido dismutase nos órgãos avaliados, sendo a dieta AO responsável pela elevação das proteínas carboniladas, em associação ao T. cruzi, na fase aguda e a dieta BP mostrou esta ação na fase crônica recente. Além disso, a dieta AO, nas fases aguda e crônica recente da infecção, mostrou-se associada ao aumento de TLR-2, -4, -9, Irak-1, Ppar, Stat6 e Smads e Foxp3 no tecido cardíaco, enquanto a dieta BP induziu este perfil no tecido adiposo. Nossos resultados sugerem que o processo inflamatório induzido pelo T. cruzi é, em parte, dependente da fonte lipídica da dieta, o que sustenta a hipótese de uma relação direta entre a natureza das dietas lipídicas e o quadro imunopatológico induzido pelo T. cruzi.