PPGHis - Mestrado (Dissertações)
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Navegando PPGHis - Mestrado (Dissertações) por Assunto "Amor"
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Item O tornar-se si mesmo como um exercício histórico e existencial em Kierkegaard : tempo, repetição e amor.(2020) Santos, Talita Leal; Rangel, Marcelo de Mello; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Rangel, Marcelo de Mello; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Solis, Dirce Eleonora Nigro; Pimenta Neto, Olímpio JoséO presente trabalho busca explorar os encadeamentos sobre a história desenvolvidos no pensamento do dinamarquês Søren Kierkegaard (1813- 1855). A análise aqui disposta busca compreender como os aspectos tempo, repetição e amor se relacionam no interior da tarefa existencial do tornar-se si mesmo. Como um ser disposto no mundo, nascido e formado por possibilidades, o indivíduo, para Kierkegaard, deve empreender uma busca constante por um sentido existencial. Esta tarefa, histórica e existencial, requer que o homem se envolva com passados e futuros a partir do cultivo de espaços de abertura e sensibilidade. Em sua dimensão ontológica, o tempo, como marca fundamental do homem, se constitui a partir de infinito e finito, possibilidade e necessidade. Ao tratar da repetição como re-apropriação, Kierkegaard formula uma reflexão sobre como diferentes subjetividades experenciam diferentes formas de repetição. Partindo de uma metodologia negativa, Kierkegaard suscita a reflexão sobre um tipo mais apropriado da repetição que requer do sujeito uma mobilização em torno de passados, presentes e futuros, a partir do cultivo de uma alteridade ressignificada no instante e no amor. Tal interioridade existencial, indispensável ao amor, requer ainda que o indivíduo se empenhe em direção a um próximo, um outro no espaço e/ou no tempo. A alteridade do amor, é tida, desse modo, como algo que nasce no interior de uma tensão entre o eu e o outro e que demanda uma experiência específica do tempo e da história. A partir de certa mobilização amorosa, a tarefa de tornar-se si mesmo encontra uma significação existencial capaz de mobilizar sentidos e possibilitar novos projetos, rumos e para a existência no e junto ao tempo, à temporalização ou mobilização do tempo.