Navegando por Autor "Sobreira, Frederico Garcia"
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Item Abordagem qualitativa e quantitativa de encostas urbanas aplicada a dois taludes no município de Vitória.(2012) Souza, Jaime Mesquita de; Sobreira, Frederico GarciaAs análises de estabilidade têm sido executadas através de levantamentos que levam em consideração as feições de estabilidade observadas em campo, ou seja, levantamentos de cunho qualitativo. Estes levantamentos são realizados em alguns municípios do Brasil com um histórico de sucesso. O histórico positivo dos trabalhos de cunho qualitativo é proveniente da continuidade destes trabalhos e da qualidade do seu corpo técnico. Excetuando-se Vitória, os demais municípios citados e o estado de São Paulo possuem trabalhos de cunho quantitativo como avanço nos estudos de análise de risco. Essencialmente os trabalhos quantitativos apresentam avaliações do risco através de dados geotécnicos oriundos de ensaios de campo (sondagens geotécnicas, permeabilidade, geofísica, etc.) e de laboratório (ensaio granulométrico, limites de Atterberg, adensamento, mineralógico, resistência, etc.). A união dos dados gerados através de anos de levantamento de campo dos condicionantes dos movimentos de massa (atuação da água, geometria do processo, atuação antrópica, etc.) juntamente com os dados gerados dos ensaios geotécnicos (ângulo de atrito, coesão, permeabilidade, composição mineralógica, etc.) e o caminho a ser tomado pelos municípios para a construção do conhecimento consolidado do risco geológico. A consolidação do conhecimento do risco geológico apresentará benefícios para entendimento dos processos e principalmente para a execução das soluções de estabilização, proporcionando dados qualitativos e quantitativos mais realista. Esta dissertação apresentará os resultados de ensaios geotécnicos e uma análise integrada com o levantamento de campo em dois taludes de diferentes características geológicas e de intervenção antrópica, culminando na definição dos condicionantes para a ocorrência de escorregamentos e do fator de segurança. Por fim, é apresentada uma visão critica do trabalho executado em Vitória na questão do risco geológico e na utilização deste trabalho na elaboração dos projetos para melhoria da infraestrutura nos assentamentos precários.Item Abordagens estatísticas aplicadas ao mapeamento de susceptibilidade a movimentos de massa : análise de diferentes técnicas no contexto do Quadrilátero Ferrífero.(2016) Barella, Cesar Falcão; Sobreira, Frederico Garcia; Lena, Jorge Carvalho de; Fernandes, Nelson Ferreira; Mourão, Ana Clara Moura; Rodrigues, Paulo César HortaCom o objetivo de edificar uma argumentação capaz de embasar o adequado estabelecimento de diretrizes e procedimentos cartográficos voltados à elaboração e apresentação de mapas de susceptibilidade, foram selecionadas duas áreas piloto na região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, denominadas Belo Vale e Antônio Pereira, onde aplicaram-se conceitos e metodologias estatísticas de mapeamento de movimentos gravitacionais de massa, dando ênfase à adoção da escala 1:25.000. A partir da construção de inventários de cicatrizes e do mapeamento dos fatores condicionantes inerentes às regiões de estudo, foram testadas, validadas e confrontadas diferentes abordagens, cada qual com uma função especifica dentro da análise de susceptibilidade. Com o propósito de comparar diferentes métodos estatísticos (Análise da Densidade de Escorregamentos, Likelihood Ratio, Valor Informativo, Probabilidade Bayesiana, Pesos de Evidência, Análise Discriminante e Regressão Logística) e diferentes representações cartográficas dos escorregamentos cadastrados (ponto e polígono), a primeira região de investigação evidenciou bons resultados em todos os enfoques empregados, com áreas abaixo da Curva de Sucesso e de Predição acima de 0,800 em grande parte das análises efetuadas. Merece destaque nessa fase a técnica do Valor Informativo e a soma do Contraste dos Pesos de Evidência, ambos aplicados, respectivamente, a um inventário poligonal e pontual. No que diz respeito à concordância espacial produzida entre os modelos, foi constatada, através da determinação do Coeficiente Kappa, que, independentemente das taxas de validação encontradas, a distribuição das classes de susceptibilidade são discordantes ao longo do território mapeado. Entretanto, essa discordância nunca atinge patamares de baixa compatibilidade. A segunda região de análise teve a finalidade de explorar o efeito da discriminação dos movimentos inventariados (movimentos translacionais em rocha e em solo) e da fragmentação aleatória do inventário nos grupos de treino e de teste (holdout, holdout repetido e validação cruzada). Os resultados alcançados nessa fase demonstraram a elevada sensibilidade da técnica do Valor Informativo às variações produzidas, deixando claro que para a elaboração de bons modelos é necessária uma pequena defasagem entre as taxas de validação, avaliadas aqui através das Curvas de Sucesso e Curvas de Predição. A análise crítica dos procedimentos aplicados corroborou a adequabilidade dos enfoques estatísticos ao mapeamento de susceptibilidade a movimentos gravitacionais de massa na escala 1:25.000. Palavras-Chave: Desastres Naturais, Susceptibilidade, Métodos Estatísticos, Ordenamento Territorial, Movimentos Gravitacionais de Massa.Item Análise da erodibilidade de saprolitos de gnaisse.(2004) Morais, Fernando de; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Sobreira, Frederico GarciaAs voçorocas são freqüentes em áreas com rochas do embasamento cristalino. A evolução destas feições é sempre fortemente condicionada pelos processos de erosão hídrica subsuperficial, embora os processos superficiais também sejam importantes. Este trabalho objetivou investigar os processos erosivos subsuperficiais atuantes nas voçorocas e compreender que fatores mineralógicos e texturais poderiam influenciar a erodibilidade dos saprolitos. Para tanto, foram realizados ensaios de caracterização e de avaliação da erodibilidade em amostras representativas, sendo o principal destes o ensaio de furo de agulha. Os resultados indicam que a erosão por carreamento não ocorre e que os saprolitos apresentam susceptibilidade variável à erosão por piping, mesmo quando derivados de uma mesma unidade litológica, mas superior à do horizonte B latossólico. Dados preliminares indicam que os saprolitos mais susceptíveis à erosão por piping são os de textura siltosa (determinados em ensaios granulométricos sem defloculante e agitação) e pobres em minerais agregadores, como os argilominerais.Item Análise da fragilidade e vulnerabilidade natural dos terrenos aos processos erosivos como base para o ordenamento territorial : o caso das bacias do Córrego Carioca, Córrego do Bação e Ribeirão Carioca na região do Alto Rio das Velhas-MG.(2008) Santos, Clibson Alves dos; Sobreira, Frederico GarciaAs bacias do Córrego Carioca, do Córrego do Bação e do Ribeirão do Carioca fazem parte da bacia do rio Itabirito, tributário no alto rio das Velhas, afluente do Rio São Francisco. Essa região é marcada por intensos processos erosivos, decorrentes do uso inadequado dos solos. Sendo evidenciados diversos conflitos de uso dos terrenos e recursos hídricos, devido ao desenvolvimento da atividade minerária, das atividades industriais, das práticas agropastoris, da crescente ocupação urbana e da expansão imobiliária por condomínios residenciais de classe alta. Nesse trabalho, analisou-se a susceptibilidade natural dos terrenos aos processos erosivos, tendo como base as unidades geomorfológicas definidas por Santos et al. (2006) e os métodos propostos por Crepani et al. (1996; 2001) e Ross (1992; 1994; 2000), visando contribuir no processo de planejamento ambiental e ordenamento territorial dessa região. Os resultados hierarquizam a área segundo o grau de fragilidade e vulnerabilidade aos processos erosivos, que associadas às análises realizadas no presente estudo, constituem-se em ferramentas orientativas no processo de ordenamento territorial das bacias hidrográficas estudadas.Item Análise da susceptibilidade a escorregamentos usando a abordagem estatística do fator de certeza no município de Moeda, Minas Gerais.(2015) Barella, Cesar Falcão; Sobreira, Frederico GarciaNas últimas décadas vêm sendo observada uma intensificação dos processos geodinâmicos com consequências desastrosas, fruto da expansão irregular e desordenada dos centros urbanos. Para minimizar as implicações desses eventos, em 2012, foi instituída a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, que visa, entre outras premissas, estabelecer estudos de identificação e avaliação de áreas susceptíveis, ou seja, o mapeamento de susceptibilidade a eventos geológico-geotécnicos. Dentre as diferentes abordagens existentes, as técnicas estatísticas têm-se destacado por minimizar a subjetividade imposta pelo operador e permitir a validação do próprio modelo preditivo. Assim, com o foco nos escorregamentos, esse trabalho buscou testar a aplicabilidade da técnica do fator de certeza e avaliar sua acurácia por meio da taxa de sucesso e predição. Aplicado em uma área piloto, que se localiza no município de Moeda-MG, o modelo, integrado pela declividade, geologia, geomorfologia e perfil e orientação das vertentes foi considerado um instrumento promissor na elaboração do mapa de susceptibilidade. Os resultados foram agrupados em zonas de acordo com o número de escorregamentos previstos. A classe mais susceptível conseguiu evidenciar 70% dos deslizamentos, ocupando apenas 29% do território, alcançando, dessa forma, o objetivo de restringir uma elevada quantidade de futuros movimentos numa pequena porção do terreno.Item Análise das áreas de preservação permanente do perímetro urbano de Ouro Preto (MG).(2011) Lucon, Thiago Nogueira; Prado Filho, José Francisco do; Sobreira, Frederico Garcia; Bojikian, Cynthia TangeO crescimento e a velocidade de ocupação das áreas urbanas constituem uma preocupação constante dos profissionais ligados à questão urbano ambiental das cidades. Ouro Preto (MG) tem muitas das suas áreas legalmente protegidas suprimidas pela urbanização, reduzindo assim, a qualidade e quantidade dos recursos hídricos, a estabilidade geológica e a biodiversidade urbana. Este estudo, por meio de técnicas de geoprocessamento, identificou, quantificou e classificou o uso do solo das áreas de preservação permanente (APP) inseridas no perímetro urbano de Ouro Preto como estabelece o Código Florestal Brasileiro e complementado pela Lei Municipal nº 93/2011. De acordo com os resultados obtidos, a cidade apresenta APP de 19,37 km2 representando 69% da área total. Dentre as APP no perímetro urbano, 19% (3,70 km2) encontram-se antropizadas, constituído de áreas construídas (11%), arruamentos (3%) e solo exposto (5%), favorecendo problemas comoprocessos erosivos, instabilidade de terrenos e deslizamentos de massa, assoreamento dos corpos d’água e diminuição na qualidade dos recursos hídricos. O presente trabalho oferece dados para a administração municipal desenvolver políticas públicas locais que visem à preservação, conservação e recuperação dessas áreas, bem como subsídios à fiscalização dos usos irregulares e a promoção de ações de recuperação e intervenções visando à proteção geoambiental.Item Análise morfométrica como subsídio ao zoneamento territorial : o caso das bacias do Córrego Carioca, Córrego do Bação e Ribeirão Carioca na região do Alto Rio das Velhas-MG.(2008) Santos, Clibson Alves dos; Sobreira, Frederico GarciaA região do Alto Rio das Velhas está inserida no contexto da província geológica do Quadrilátero Ferrífero, na região Central de Minas, sendo caracterizada pelo uso conflituoso dos terrenos, com intenso desenvolvimento da mineração, crescente ocupação urbana e forte expansão imobiliária. Os diversos processos erosivos, os mananciais assoreados e as áreas degradadas são outros problemas ambientais observados. Esse estudo analisou as características morfométricas da rede de drenagem e do relevo das bacias do Córrego Carioca, Córrego do Bação e Ribeirão Carioca, afluentes do rio Itabirito, tributário do rio das Velhas, visando a auxiliar na compreensão da vulnerabilidade natural dos terrenos às intervenções antrópicas, na compreensão dos processos erosivos e a na definição do zoneamento territorial, além de complementar análises realizadas em outros estudos, objetivando a compreensão da dinâmica superficial na área. As bacias do Córrego do Bação e Ribeirão Carioca mostraram índices morfométricos que as caracterizam como as mais vulneráveis às intervenções antrópicas e aos processos erosivos. Devido à morfologia suave, a bacia do ribeirão Carioca é a que apresenta condições menos restritivas à ocupação para fins imobiliários, principalmente para utilização para chacreamento. Conclui-se que parâmetros morfométricos contribuem para a compreensão da vulnerabilidade de terrenos à erosão, permitindo um melhor ordenamento territorial de bacias hidrográficas.Item Análise temporal da flora nativa no entorno de unidades de conservação – APA Cachoeira das Andorinhas e Floe Uaimii, Ouro Preto, MG.(2011) Rezende, Renato Andrade; Prado Filho, José Francisco do; Sobreira, Frederico GarciaA crescente fragmentação das paisagens tem contribuído para a perda da diversidade biológica nas diversas regiões brasileiras. Isso se deve, na grande maioria dos casos, à maneira desordenada com que o homem vem usando e ocupando as terras. A criação de áreas protegidas ou unidades de conservação (UC) tem sido um dos principais mecanismos utilizados para a proteção da biodiversidade (in situ), além de assumir objetivos mais amplos como a proteção dos recursos hídricos, de espécies ameaçadas, dos recursos genéticos, do grau de endemismo, dos habitats, entre outros. Contudo, é preciso que haja instrumentos de avaliação periódica do seu estado de conservação, visando fornecer subsídios aos planos de manejo através da identificação das potenciais ameaças à funcionalidade ecológica dessas áreas protegidas. Com base em mapas temáticos de classificação da cobertura do solo, elaborados para os anos de 1989 e 2008, no intuito de analisar as alterações ocorridas na área de estudo neste mesmo período, este trabalho quantificou a dinâmica da flora nativa no interior e entorno da Área de Proteção Ambiental Estadual Cachoeira das Andorinhas e da Floresta Estadual do Uaimii, localizadas no Município de Ouro Preto (MG). Os resultados mostram que, ao longo dos 19 anos de comparação, a área ocupada pela flora nativa manteve-se praticamente a mesma, com índices de 82 a 83% no interior das UCs e 74% no seu entorno. Com os resultados da fragmentação, torna-se possível identificar as áreas mais críticas ou sujeitas a maior pressão antrópica e direcionar programas específicos, no âmbito gerencial, para minimizá-los.Item Aplicação do GPR na análise da estabilidade de taludes na região metropolitana de Belo Horizonte, MG.(2005) Aranha, Paulo Roberto Antunes; Parizzi, Maria Giovana; Sobreira, Frederico Garcia; Galvão, Terezinha Cássia de Brito; Beirigo, Elder AntônioEste trabalho relata utilização do Geo-radar (Radar de penetração do solo) no estudo de estabilidade de talude urbano. Os taludes selecionados para análise foram denominados de Planetóides e Rio Acima, são constituídos, respectivamente, por depósitos de tálus sobre filitos e xisto; e estão localizados na Região Metropolitana de Belo Horizonte - MG. Eles se caracterizam por sofrerem sucessivos escorregamentos a cada período chuvoso. No Talude Planetóides foi possível detectar a espessura do depósito de tálus, e também a presença de mais de uma superfície de ruptura circular. No Talude Rio Acima, os perfis possibilitaram a detecção em profundidade das disposições e intensidades das fraturas e da xistosidade, as quais são condicionantes de rupturas planares no maciço de xisto. A análise dos dados do Geo-radar juntamente com outros métodos geotécnicos tradicionais de análise de estabilidade possibilitaram a identificação de importantes parâmetros utilizados durante as análises de estabilidades. Mais além, essas investigações permitiram a identificação dos mecanismos de ruptura atuantes em cada um dos taludes.Item Atividades extrativas minerais e seus corolários na bacia do alto Ribeirão do Carmo : da descoberta do ouro aos dias atuais.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Tavares, Ruzimar Batista; Sobreira, Frederico GarciaA descoberta de ouro nas cabeceiras do Ribeirão do Carmo no final do Século XVII trouxe um notável fluxo migratório para a região, originando diversos povoados, dentre os quais aqueles que originaram as atuais cidades de Ouro Preto e Mariana. Em mais de trezentos anos de ocupação, a região passou por uma alternância de períodos com predomínio marcantes de algumas atividades e outros de estagnação. Em toda sua história, a região foi palco de atividades extrativas minerais. Após o ciclo do ouro (Séc. XVIII), as atividades de mineração praticamente cessaram até meados do Séc. XX, quando as jazidas de pirita, alumínio, manganês e ferro chamaram de novo a atenção para a região. Atualmente também é notável a produção de gemas e rochas ornamentais. O objetivo principal da pesquisa foi identificar as áreas que foram ou estão sendo local de extrações minerais das mais diversas naturezas, analisando o impacto, o histórico, a evolução dos processos morfodinâmicos no tempo e as intervenções posteriores. Estas são as bases para a proposição de diretrizes mitigadoras dos problemas existentes. Os trabalhos foram desenvolvidos através da interpretação de fotografias aéreas, com a identificação das áreas, formas e feições típicas, desenvolvimento de análise temporal dos processos e levantamentos de campo. Foram avaliados os processos ocorrentes nesses locais, suas causas e possíveis conseqüências, além da atualização das informações obtidas na interpretação de imagens. As áreas foram agrupadas por atividades congêneres e contemporaneidade, visando sistematizar as classes de impactos. O agrupamento das áreas gerou classes com peculiaridades e caracteres transversais, visando soluções comuns aos grupos distintos. Tipificar as áreas permitiu analisar os processos e listar os efeitos das explotações de bens minerais correlacionando aos impactos e passivos ambientais nos meios físico, bióticos e antrópicos. O diagnóstico possibilitar sugerir ações para a minimização e mitigação de impactos em atividades atuais e estudo qualitativo dos passivos. Medidas mitigadoras conceituais são propostas como soluções, que atendem a maioria dos casos. Entretanto, não são dispensáveis análises “in locu” para a intervenção nesses locais, visando confirmar as soluções ou especificar a necessidade de outras medidas, com base em avaliação técnica.Item A avaliação da geração de sedimentos ao longo da bacia hidrográfica do Ribeirão do Carmo. Potencial natural de erosão, feições morfológicas e cicatrizes de movimentos de massa.(2017) Souza, Leonardo Andrade de; Sobreira, Frederico GarciaA dinâmica da geração e transporte de sedimentos superficiais em uma área urbanizada difere significativamente da mesma dinâmica para áreas rurais, o que torna a sua análise uma tarefa complexa por envolver necessariamente inúmeros fatores de ordem física, meteorológica e antrópica. A Bacia Hidrográfica do Ribeirão do Carmo (BHRC) está localizada nos municípios de Ouro Preto e Mariana, tendo uma área é de 351,60 km2 e um perímetro de 139,22 km. A abordagem realizada teve como pressuposto a elaboração da carta de suscetibilidade a erosão natural, a partir da aplicação da Equação Universal de Perda do Solo (EUPS), para a predição da média anual de perda de solo causada pela erosão laminar, somado à identificação do maior número possível de fontes geradoras de sedimentos (feições morfológicas e cicatrizes de movimentos de massa) ao longo de toda a bacia. Os estudos relacionados ao entendimento da transformação do meio físico ganham importância à medida que podem auxiliar em uma gestão ambiental sustentável, sendo para tal necessário correlacionar o diagnóstico do meio físico, com o modelo de desenvolvimento vigente, apontando tanto os aspectos falhos no planejamento e gestão dos recursos, quanto diretrizes para uma adequada ocupação do solo urbano e rural.Item Avaliação da susceptibilidade de solos gnaissicos à erosão subsuperficial.(2007) Morais, Fernando de; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Sobreira, Frederico GarciaAs áreas com rochas do embasamento cristalino da bacia do rio Maracujá apresentam grande incidência de voçorocas de grandes dimensões. O presente trabalho objetivou investigar a influência dos processos erosivos subsuperficiais na evolução destas formas de erosão, além de compreender quais os fatores mineralógicos e texturais que poderiam influenciar na erodibilidade dos solos da bacia, especialmente dos saprolitos. Para tanto, foram realizados ensaios de caracterização básica e de avaliação da erodibilidade em amostras representativas, sendo o principal destes o ensaio de pin-hole, que avalia a suscetibilidade dos solos à erosão por piping e, com modificações, também por erosão por carreamento. Foram construídos em laboratório modelos físicos a fim de se observar estes e outros possíveis mecanismos de erosão atuantes nos taludes das voçorocas, especialmente os escorregamentos. Os resultados mostram que as voçorocas da bacia não sofrem influência significativa dos pipings em seu avanço, tendo em vista que estes só ocorrem na parte não saturada dos taludes das voçorocas, quando são formados pela ação da concentração de águas superficiais. Isto se dá porque os saprolitos colapsam quando saturados em função de sua baixa coesão, fazendo com que os pipings não se preservem. Por outro lado, as experiências com modelagem física e os dados de campo evidenciam que os saprolitos, quando saturados, instabilizam-se por meio de escorregamentos rotacionais (slumps), mesmo em taludes baixos e pouco íngremes.Item Avaliação de susceptibilidade a movimentos de massa e erosão no município de Ouro Preto/MG em escala regional.(2013) Pedrosa, Marco Antônio Ferreira; Sobreira, Frederico Garcia; Sobreira, Frederico Garcia; Leite, Adilson do Lago; Parizzi, Maria GiovanaQuando se trata dos estudos relacionados ao ordenamento territorial, muito se discute sobre a ocupação em áreas urbanas e limítrofes, uma vez que concentram a maior quantidade de pessoas. No Município de Ouro Preto faltam instrumentos de planejamento integrado, partindo da escala regional, que direcionem tomadas de decisão concisas e embasadas no conhecimento integrado dos principais problemas geodinâmicos identificados, realidade da maioria dos municípios brasileiros. Uma das grandes questões relacionadas a estes estudos se refere às abordagens aplicadas, geralmente embasadas puramente no conhecimento especialista, o que torna o resultado o espelho da experiência do operador e dados utilizados nas análises. Para este trabalho foram aplicadas duas metodologias distintas para a definição de susceptibilidade a erosão e movimentos de massa: A abordagem “clássica”, baseada em critérios geomorfológicos, geológico-geotécnicos, de uso do solo e declividade, e a abordagem estatística do valor informativo, fundamentada no inventário de evidências de instabilização do terreno, e com maior quantidade de temas, relacionados a fatores morfométricos, de uso e ocupação do solo e cobertura vegetal, além de do comportamento geológico-geotécnico das áreas. Na sequência foram aplicadas avaliações qualitativa e quantitativa dos resultados, expressos nas curvas e taxas de sucesso e predição. O modelo estatístico do valor informativo foi o que apresentou os melhores resultados, obtendo 78% de aproveitamento global, contra 58% do heurístico. A técnica do valor informativo permite constante e sistemática atualização, reprocessamento, checagem e auditoria dos resultados, além da grande redução da subjetividade associada às análises de susceptibilidade.Item Avaliação do perigo de queda de blocos em rodovias.(2013) Gomes, Guilherme José Cunha; Sobreira, Frederico GarciaTaludes rochosos em rodovias são superfícies potencialmente instáveis, que frequentemente condicionam quedas de blocos, afetando a segurança dos usuários de rodovias, a infraestrutura dos transportes e o meio ambiente. O comportamento geológico-geotécnico dos maciços rochosos e as condições geométricas e de trafegabilidade das rodovias são aspectos fundamentais na avaliação do perigo de queda de blocos. Esta pesquisa busca aplicar um método de avaliação do perigo de queda de blocos rochosos em taludes de rodovias, objetivando a classificação e hierarquização dos segmentos rodoviários com base em critérios definidos. Neste contexto, doze taludes rochosos do sistema rodoviário do Espírito Santo foram investigados, a partir de parâmetros, visando à obtenção de um índice para expressar o grau de perigo aos condutores que trafegam pelos trechos, denominado índice de queda de blocos. A efetividade dos parâmetros no método adotado também foi avaliada. Os taludes foram hierarquizados, definindo-se ainda medidas prioritárias para intervenções em cada trecho, de forma a minimizar os problemas causados em cada segmento.Item Avaliação do perigo de queda de blocos em taludes urbanos e ferroviários e simulação de sua trajetória.(2017) Silveira, Larissa Regina Costa; Lana, Milene Sabino; Alameda Hernández, Pedro Manuel; Lana, Milene Sabino; Souza, Leonardo Andrade de; Sobreira, Frederico GarciaO crescimento desordenado da população faz com que áreas com problemas de instabilidade de encostas sejam ocupadas, sendo assim, movimentos de massa, como queda de blocos, podem causar perdas de vidas e bens materiais. Neste trabalho, foi feita uma análise de perigo de queda de blocos, utilizando três metodologias diferentes, sendo duas adaptadas com base em um método já divulgado. Em todas as metodologias foram inseridos parâmetros ligados à caracterização geotécnica dos maciços rochosos, bem como indícios de atividade do evento, impacto das influências externas, como sismos e precipitação e sua intensidade, relacionada ao volume de blocos. Além desses parâmetros, tanto a metodologia original quanto a primeira adaptação consideraram as características relacionadas com o ambiente geomecânico regional, no caso, tipo de formação, deformações em larga escala e movimentos de massa no pé do talude. A primeira adaptação modificou os parâmetro relacionados aos tipos de formação e às influências externas, considerando sismos não tectônicos e também a faixa de precipitação local na análise. A segunda adaptação manteve as mudanças relacionadas às influências externas e substituiu o ambiente geomecânico pela geometria e características do talude e da área de captação de blocos. Como estudos de casos, três taludes foram selecionados, são eles: o talude do bairro Cabanas, na cidade de Mariana; um talude em corte para a passagem da linha do Trem da Vale, em Ouro Preto e um talude no bairro Vila Aparecida, também em Ouro Preto. A metodologia original de análise de perigo classificou o talude da linha do trem como de muito baixo perigo; os demais foram classificados como de baixo perigo. As duas metodologias adaptadas classificaram o talude da linha do trem como de perigo muito baixo quando a precipitação era mínima e alto quando a precipitação era alta. Os demais taludes foram classificados como de baixo perigo na primeira adaptação. A segunda adaptação testada mostrou que dois setores do talude do bairro Cabanas e o talude da Vila Aparecida são potencialmente mais problemáticos devido à proximidade da encosta com a área habitada, fato que foi reforçado após a simulação das trajetórias prováveis dos blocos para estimar seu alcance.Item Avaliação do perigo relacionado à queda de blocos em rodovias.(Programa de Pós-Graduação em Geotecnia. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Gomes, Guilherme José Cunha; Sobreira, Frederico GarciaA malha rodoviária brasileira está inserida num ambiente geológico bastante heterogêneo, onde trechos transpõem maciços rochosos diversos e descontínuos, com características geotécnicas muitas vezes desconhecidas ou incertas. Taludes rochosos são superfícies potencialmente instáveis, que freqüentemente condicionam quedas de blocos, afetando a segurança dos usuários de rodovias, a infra-estrutura dos transportes e o meio ambiente. O comportamento geológico-geotécnico dos maciços rochosos e as condições geométricas e de trafegabilidade das rodovias são aspectos fundamentais na avaliação do perigo de queda de blocos. Esta pesquisa busca aplicar um método de avaliação do perigo de queda de blocos rochosos em taludes de rodovias do Estado do Espírito Santo, objetivando a classificação e hierarquização dos segmentos com base em critérios definidos. O esforço deste trabalho corresponde a um primeiro passo para a correção de problemas em taludes de rodovias causados pelas quedas de blocos. A abrangência deste estudo esteve condicionada a levantamentos de campo, incluindo a aplicação de sistema de classificação geomecânica aos maciços cristalinos que constituem as litologias das encostas rodoviárias capixabas. O comportamento geomecânico dos maciços foi similar, atestando para taludes com boas propriedades geotécnicas, apesar de, na maioria das vezes, as descontinuidades constituírem planos com mergulho adverso à estabilidade dos taludes. Neste contexto, taludes rochosos em doze segmentos rodoviários do Espírito Santo foram investigados, a partir de parâmetros, visando à obtenção de um índice para expressar o grau de perigo aos condutores que trafegam pelos trechos, denominado índice de queda de blocos (IQB). O IQB é obtido da soma de oito parâmetros: altura do talude, área de captação, risco médio ao veículo, porcentagem da distância de visibilidade, largura do pavimento, dimensão do bloco, condição climática e característica geológica. Os taludes foram analisados individualmente, avaliando-se a influência de cada parâmetro na pontuação global. A efetividade dos parâmetros no método adotado também foi avaliada. Os taludes problemáticos foram identificados, definindo-se ainda medidas prioritárias para intervenções em cada trecho, de forma a minimizar os problemas causados em cada segmento.Item Avaliação espacial da perda de solo por erosão pela equação universal de perda do solo (EUPS) – pilha de estéril sul – Carajás/PA.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Geotécnica. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Gomes, Leonardo Leopoldo; Sobreira, Frederico GarciaNa atualidade, a mensuração do volume de sedimento a ser gerado por uma pilha de estéril é realizada comumente utilizando-se taxas médias, que variam entre 250 a 2.000 m3/ha/ano, sendo o volume anual de sedimento a ser gerado por uma pilha de estéril estimado pelo produto entre a referida taxa e a área de ocupação da pilha. O resultado será o volume total esperado de sedimento a ser carreado, e, consequentemente, retido por alguma estrutura com esse fim. Porém, a utilização dessa taxa média merece uma série de ressalvas, já que não leva em consideração fatores como: intensidade da chuva, proteção vegetal, forma do relevo e geometria do depósito de estéril. Fatores que estão diretamente ligados à geração de sedimento. Diante dessa realidade, o presente trabalho teve o objetivo de trazer, para o campo da mineração, um dos mais consagrados modelos matemáticos, para a predição do sedimento gerado pela erosão hídrica, conhecido por Equação Universal da Perda do Solo (EUPS). Para aplicação do modelo, a Equação Universal da Perda do Solo (EUPS) foi associada a um Sistema de Informação Geográfica (SIG). Os resultados obtidos com a utilização desse modelo foram considerados satisfatórios, tiveram seus valores condizentes com a revisão literária realizada, o que faz seu uso ser recomendado para estudos futuros.Item Caracterização geoambiental da área de expansão do município de Santana do Paraíso, Vale do Aço, MG.(Programa de Pós-Graduação em Geotecnia. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Silva Neto, Amintas Torres; Sobreira, Frederico GarciaSendo o Plano Diretor um instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, ele isoladamente não expressa a relação entre a ocupação urbana e as características do meio físico onde se instala. Para corrigir essa grave falha a carta Geoambiental referencia-se como instrumento público de gestão do uso do solo. Este trabalho teve como objetivo a elaboração da carta de Indicação de Uso e Ocupação da área destinada à expansão urbana de Santana do Paraíso, município integrate da região metropolitana do Vale do Aço – MG. A elaboração do Mapa teve como critérios e fundamentos básicos a geologia e a geomorfologia, sendo esta preponderante na definição das unidades de uso e ocupação. A metodologia proposta para realização deste trabalho divide-se em 4 etapas: Fase de Inventário, Trabalhos de Campo, Caracterização de Uso e Ocupação e Verificação de Conflitos. Foram delimitadas quatro (04) unidades de Uso e Ocupação distintas. As informações referentes a cada unidade de Uso e Ocupação foram obtidas confrontando a carta de uso atual do solo com as de processos geodinâmicos, restrições legais e de geomorfologia possibilitando a determinação das áreas mais aptas para a ocupação urbana, proposição de ações de planejamento e gestão das unidades, considerando suas potencialidades.Item Caracterização geológico-geotécnica e propostas de estabilização da encosta do Morro do Curral – Centro de Artes e Convenções de Ouro Preto.(2000) Fernandes, Gilberto; Sobreira, Frederico Garcia; Gomes, Romero CésarO presente trabalho objetivou a determinação de parâmetros geomecânicos para subsidiar projeto conceitual de soluções de estabilização do maciço rochoso da encosta Morro do Curral – Centro de Artes e Convenções de Ouro Preto, localizada na área urbana da cidade de Ouro Preto (MG). Para alcançar esta meta, foram realizados levantamentos de campo para caracterização geológico-geotécnica do local. Realizou-se também ensaios geotécnicos de laboratório. Estes ensaios compreenderam ensaios de caracterização (solos e rochas) e de resistência das rochas, destacando-se os ensaios puntiforme e de cisalhamento direto. O conhecimento das características intrínsecas do maciço rochoso, aliadas aos resultados dos ensaios de laboratório, permitiram a aplicação das classificações geomecânicas ao maciço, que foi subdividido em vinte setores. Os índices geomecânicos obtidos destas classificações possibilitaram a obtenção de correlações com parâmetros do maciço rochoso de interesse à obra (deformabilidade e resistência). Posteriormente, analisou-se a estabilidade e foram caracterizadas as rupturas dos diversos setores, através de análises cinemáticas convencionais e comparação entre os resultados obtidos e os processos de instabilização observados em campo. Por fim, apresenta-se uma solução conceitual de obras de estabilização da encosta no maciço de xisto da Formação Sabará, visando a segurança da área e o baixo custo de implantação.Item Carta de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa de Nova Lima- MG.(2016) Leão, Rodrigo Pires; Sobreira, Frederico Garcia; Parizzi, Maria Giovana; Corteletti, Rosyelle CristinaO Brasil está entre os países que mais sofrem com os desastres naturais causados por movimento de massa. Focado em melhorar esse cenário, o governo federal por meio do Ministério das Cidades criou o programa de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, com o intuito de estudar e apontar ações de prevenção, monitoramento e planejamento. Dentre os municípios incluídos nesse programa, Nova Lima foi escolhida como fonte de pesquisa para essa dissertação, que aplicou metodologias replicáveis com o objetivo de elaborar uma carta de suscetibilidade a movimentos de massa do município em escala 1:25.000. Para elaboração desta carta, foram analisadas as metodologias mais utilizadas na cartografia geotécnica voltadas para a abordagem e solução do problema em tela. Dados preexistentes referentes à topografia, geologia, pedologia, pluviometria e outros da área foram processados em um ambiente SIG, utilizando ArcGIS 10.3. O método heurístico utilizado levou em conta o julgamento de especialistas para atribuir pesos aos temas selecionados como os mais determinantes nos processos de movimentação de massa na área de estudo. Análise multicritério foi aplicada por ArcGIS para o processamento desses temas e obtenção de uma carta preliminar de suscetibilidade. A reinterpretação de dados permitiu que novas informações fossem adicionadas a este documento preliminar resultando na carta final de suscetibilidade a movimentos de massa. A Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa do Município de Nova Lima pode ser considerada um valioso instrumento de ordenamento do território para o suporte ao Plano Diretor Municipal (PDM) e orientação para a elaboração e aprovação de novos projetos de parcelamento do solo. Além de contribuir com o desenvolvimento de diretrizes voltadas para a prevenção de desastres naturais associados a movimentos de massa. Palavras chave: cartografia geotécnica, SIG, movimento de massa.