Navegando por Autor "Silva, Daniel Pinha"
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Item A atualização do “pequeno grande homem” : uma análise do Instagram de Jair Messias Bolsonaro na eleição de 2018.(2023) Miranda, Beatriz Castro; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Bauer, Caroline Silveira; Silva, Daniel PinhaO presente trabalho busca compreender a construção da imagem de “homem comum” de Jair Messias Bolsonaro e as possibilidades e os limites de enquadrá-lo no conceito de “pequeno grande homem”, forjado por Theodor W. Adorno (1975). Esse conceito abarca a figura do sujeito que sugere, ao mesmo tempo, onipotência e a ideia de que ele é apenas mais um homem comum, o que fortalece o processo de identificação do seguidor com a figura do líder, por gratificar o seu desejo em se submeter à autoridade e ser ele mesmo essa autoridade. A “simplicidade” e a “autenticidade” da figura de Bolsonaro são características que nos auxiliam na compreensão do seu crescimento político e da sua vitória eleitoral, para isso são analisadas fotos publicadas no Instagram de Bolsonaro nas eleições de 2018. A seleção das imagens partiu de critérios que enquadram o candidato no espectro de um “homem comum” ou ao que os internautas denominam de “gente como a gente”: fotos nas quais Bolsonaro apresentava-se descontraído, jogando vídeo game ou tomando café em sua casa. A rápida ascensão do então candidato pode ser entendida, ao nosso ver, como uma evidência da demanda por figuras que se encontram à margem da tradicional elite política, os outsiders, tendo em vista o processo de criminalização da política, que se encaminha, pelo menos, desde 2013, além de uma conjuntura de crise que mescla a antipolítica, pós-política, ultrapolítica e ufanismo, sendo Bolsonaro uma possível alternativa à política tradicional. Analisamos, ainda, o recrudescimento da militância de direita nas ruas e nas redes, compreendendo a trajetória militar e política do candidato, além de sua presença no ambiente digital. Por fim, observamos que perceber Bolsonaro como o “pequeno grande homem” de Adorno demonstra ser menos um retorno do fascismo e apresenta- se mais como um sintoma das mudanças mais recentes no fazer e agir políticos, que enaltecem a performance sobre a crítica, sendo uma das consequências do avanço das tecnologias de comunicação, principalmente via redes sociais.Item O cativeiro e as penas : a experiência escravista nos escritos da Primeira Geração Romântica (1836-1844).(2019) Botelho, Luiza de Oliveira; Rangel, Marcelo de Mello; Silva, Daniel Pinha; Rangel, Marcelo de Mello; Gonçalves, Andréa Lisly; Sousa, Francisco Gouvea deEsta dissertação tem como objetivo estudar as críticas à escravidão, ao tráfico intercontinental e à mão de obra escrava africana escritas pelo Romântico Francisco de Salles Torres Homem entre os anos de 1836 e 1844. Nossa proposta é delimitar as análises em dois artigos fundamentais: Considerações Econômicas sobre a Escravatura (1836) e Colonização (1844), publicadas na Revista Niterói e na Minerva Brasiliense, respectivamente. Em ambos os artigos, o autor vai de encontro aos projetos predominante da época que eram partidários à escravidão e à continuidade do tráfico intercontinental. Para Torres Homem, a manutenção das atividades escravistas representavam diversos prejuízos de ordem moral e material para a “nação” em vias de construção. Partindo desta perspectiva, verificamos que, no campo dos estudos históricos, algumas pesquisas exploraram o tema sobre a forma pela qual as ideias liberais legitimaram os interesses escravistas e pouco valor conferiram à possibilidade de averiguar que seu repertório também foi apropriado para condenar a escravidão. Assim, consideramos que este caminho interpretativo corroborou para um certo esquecimento de projetos e propostas para o fim da escravidão e/ou do tráfico negreiro nos anos 1830, em particular aqueles que se valeram dos pressupostos teóricos do liberalismo para condenar a instituição e/ou o infame comércio. Por fim, a partir do estudo do caso do Romântico Salles Torres Homem pretendemos avançar no debate e destacar que, a despeito da preponderância dos projetos favoráveis à escravidão e ao tráfico negreiro, houve vozes dissonantes.Item Machado de Assis e a experiência da história : climas e espectralidade.(2018) Ramos, André da Silva; Araújo, Valdei Lopes de; Araújo, Valdei Lopes de; Rangel, Marcelo de Mello; Roza, Luciano Magela; Silva, Daniel Pinha; Oliveira, Maria da Glória deA presente tese discute as tensões entre Machado de Assis, seus escritos, e a experiência da história. Analiso como a compreensão ambivalente do autor acerca da experiência moderna da história foi fundamental para a constituição da sua estética literária. A compreensão de história e modernidade de Machado implicou tanto no reconhecimento positivo do processo de formação da nação e o consonante desenvolvimento de sua literatura, quanto em uma crítica melancólica do processo de modernização ocidental. As tensões produzidas por essas compreensões conectam-se diretamente com o processo de canonização e rejeição do autor ao longo dos séculos XX e XXI. Dessa forma, argumento como a dimensão disruptiva dos seus escritos, que confrontam os conceitos de história e modernidade, exploram a incomensurabilidade entre experiência e linguagem, seja através da evocação de climas, mobilizados para enredar os corpos dos leitores, ou mediante a evocação da experiência espectral do passado, que evidencia a impossibilidade do passado passar. A intenção é demonstrar como Machado e sua obra rejeitam as compreensões analíticas que partem de pressupostos normativos como o de sujeito solar e incondicionado, de temporalidade histórica como sucessão e linearidade e de representação enquanto especularidade. De forma geral, este trabalho explora como a compreensão ambivalente de história e modernidade de Machado constituiu-se em interação dinâmica com a disposição afetiva melancólica em vigor nos seus escritos e com as pressões relativas à tematização do seu corpo como objeto de discurso.Item A mulher nas (entre)linhas : a abertura de expectativa na modernidade e os papéis do feminino na dramaturgia de Gonçalves Dias.(2019) Santana, Ana Paula Silva; Rangel, Marcelo de Mello; Dias, Luciana da Costa; Rangel, Marcelo de Mello; Pereira, Luisa Rauter; Silva, Daniel Pinha; Barbosa, Ildenilson MeirelesO objetivo desta pesquisa consiste em compreender o feminino nos dramas Beatriz Cenci (1844) e Leonor de Mendonça (1846), de Gonçalves Dias. Estudamos as personagens femininas construídas nessas tramas a fim de pensarmos as peças inseridas na modernidade, momento de intensa ―aceleração do tempo‖ e reorganização da linguagem, em que certas palavras passam a ser disputadas e tornam-se conceitos. Assim, ―mulher‖ e ―feminino‖ assumem um novo papel quer na linguagem quer em certos espaços sociais. O Romantismo enxerga o feminino/a mulher por diferentes perspectivas e, no que mais nos interessa, por um viés crítico ao próprio papel das mulheres no espaço urbano a partir do paradigma da individualidade e da subjetividade.1 Dessa forma, acompanhamos, na literatura e no campo linguístico, especialmente a partir do Romantismo, como o feminino/a mulher foram se reconstituindo, mesmo que inicialmente, no Brasil na segunda metade do século XIX.Item Sergio Moro negacionista? : Operação Lava Jato, transparência atualista e negação da política.(2021) Pereira, Mateus Henrique de Faria; Silva, Daniel PinhaEste artigo desenvolve a hipótese de que a narrativa de Sergio Moro à frente da Ope- ração Lava Jato se movimentou em torno de modalidades de negacionismo, revisio- nismo e negação. A negação da política é o pressuposto a partir do qual as investi- gações deveriam se movimentar. Essa narrativa foi produzida entre 2004 e 2020 por uma força “despolitizada” e moraliza- dora, vinda de órgãos do judiciário e dis- seminada pela grande imprensa. Paralela- mente à operação italiana Mãos Limpas, Moro e seus acólitos admitiam uma for- ma de intervenção nos acontecimentos políticos marcada pela ideia de que a ope- ração não era apenas jurídico-investigati- va, mas um movimento político capaz de produzir um diagnóstico, uma agenda e mesmo uma “revolução” no país. O even- to permitiu a ascensão de Bolsonaro ao negacionismo e a negação da política oriundos do clima geral.Item Teoria, história da historiografia e ensino de história em tempos de crise democrática.(2020) Silva, Daniel Pinha; Rangel, Marcelo de Mello; Oliveira, Rodrigo Perez