Navegando por Autor "Santos, Luiz Claudio Alves dos"
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Item Raimundo Trindade : igreja, política patrimonial e museografia em Minas, décadas de 1920/1950.(2019) Santos, Luiz Claudio Alves dos; Andrade, Francisco Eduardo de; Andrade, Francisco Eduardo de; Mata, Sérgio Ricardo da; Seabra, Maria Cândida Trindade Costa deNa presente dissertação de mestrado o objeto da nossa discussão historiográfica foi o sacerdotehistoriador mineiro Cônego Raimundo Otávio da Trindade ou simplesmente, Cônego Raimundo Trindade, como ficou conhecido pela corrente historiográfica mineira das primeiras décadas do século XX. Para além da atividade espiritual, a qual dedicou nada menos do que cinco décadas da sua vida, Raimundo Trindade demonstrou uma habilidade inata para a escrita histórica. O profundo conhecimento sobre a história religiosa de Minas Gerais e o constante contato com a documentação presente nos arquivos eclesiásticos e civis do estado, transformaram esse sacerdote-historiador num dos principais expoentes da historiografia mineira. Suas narrativas históricas ultrapassaram os limites geográficos de Minas e alcançaram notoriedade entre importantes nomes da elite intelectual brasileira da época. A intensa aproximação com Rodrigo Melo Franco e, com os membros do SPHAN, possibilitou a Raimundo Trindade a ampliação de sua rede de sociabilidades ao mesmo tempo em que suas pesquisas e estudos descortinavam o passado histórico-artístico católico mineiro. A relação de amizade com Rodrigo e o profundo interesse de ambos pelo passado histórico de Minas, resultou na produção de várias obras e artigos, algumas delas publicadas pelo próprio SPHAN, e outros, incluídos nas páginas da revista do patrimônio. Seu profundo conhecimento histórico ajudou sobremaneira na consolidação da política oficial de preservação do patrimônio histórico e artístico brasileiro. Suas pesquisas foram fundamentais no auxílio ao SPHAN para o mapeamento dos bens patrimoniais religiosos católicos no território mineiro. Como funcionário do SPHAN, ou seja, como primeiro diretor do Museu da Inconfidência, a partir de 1944, se dedicou a tarefa de investigar e reunir objetos de valor histórico e artístico para compor o acervo desse museu regional. A arte sacra, os objetos ligados ao movimento da Inconfidência Mineira e seu personagem mais ilustre, Tiradentes, foram sendo adquiridos pela direção do museu e pelo SPHAN com o objetivo de compor uma narrativa museográfica que permitisse resgatar a memória histórica, política, cívica e religiosa da sociedade mineira.