Navegando por Autor "Okubo, Juliana"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Evidences of seismic events during the sedimentation of Sete Lagoas Formation (Bambuí Group – Ediacaran, Brazil).(2020) Okubo, Juliana; Warren, Lucas Veríssimo; Luvizotto, George Luiz; Varejão, Filipe Giovanini; Quaglio, Fernanda; Uhlein, Gabriel Jubé; Assine, Mario LuisThe Sete Lagoas Formation (Ediacaran), located in the central part of the São Francisco Craton (Brazil), consists of limestones and dolostones deposited in very shallow waters in the inner part of the carbonate platform. Four breccia types occur throughout the stratigraphic succession: evaporitic breccia with tepees, flat-pebble breccia, hydrothermal breccia and brecciated stromatolites. Here we combine a detailed sedimentological and strati- graphic analyses of the flat-pebble breccia in order to determine its origin and the processes and environmental conditions that originated these brecciated facies. The studied interval consists of a 20 m thick succession of tabular beds composed of flat-pebble breccia interbedded with laminated microbialites. In these breccia beds, the clasts are usually platy or oblate with angular edges and are mainly disposed horizontally within the sedi- mentary bed, suggesting that they were not transported or reworked. The presence of microbialite clasts with sharp edges and vertices in the Sete Lagoas flat-pebble breccia suggests that the lithification process started very early in diagenesis and, even the sediments exposed at the bottom were, at least, partially lithified. Some breccia levels show bidirectional imbrication and clast size analyses reveal a NE-SW long-axis clast orientation whereas square clasts tend to fill the space among oriented clasts. Breccia clasts are vertically oriented and show de- formation features increasing upwards, typically of deforming beds formed by ascendant expulsion of liquefied sediment. Disrupted layers or presenting folds and synsedimentary faults commonly occur confined between undeformed beds. Other evidences of liquefaction and soft-sediment deformation are the injection structures, as flame and load cast-like features, in the base of the brecciated beds. These structures commonly penetrate the upper bed and disrupt the sedimentary layer immediately above promoting local brecciation. These features are found both in modern and ancient deposits of seismic influence, which suggests a similar origin for the Sete Lagoas flat-pebble breccia. Thus, the processes that led to the formation of the studied flat-pebble breccia are interpreted as seismically triggered, since: a) the breccia beds are laterally continuous and extend for several kilometers; b) the breccia beds are restricted to a 20 m thick stratigraphic interval; c) the clasts of the breccia are the same lithology of non-deformed beds below and above the interval of breccia; d) the interbedding of breccia beds and laminated microbialite beds is recurrent; e) the breccia beds are subhorizontal and present irregular upper and lower contacts; f) the presence of liquefaction structures and dyke injection. Thus, this seismic-trig- gered breccia deposits represent the product of the synsedimentary tectonism occurred within the São Francisco Craton during the terminal Ediacaran and correspond to a very well-defined local stratigraphic marker in the Bambuí Basin. The seismic activities could be related to the NW regional faults in the regional Paleoproterozoic basement of the study area, which were reactivated during the deposition of the Sete Lagoas Formation in the Ediacaran Period.Item Sedimentary evolution and chemostratigraphy of ediacaran dolomite-phssphorite-shale sucessions of the bocaina formacion, Corumbá group -Central Brazil : implications for the neoproterozoic phosphogenic event.(2023) Hippertt, João Pedro Torrezani Martins; Rudnitzki, Isaac Daniel; Leite, Mariangela Garcia Praça; Rudnitzki, Isaac Daniel; Costa, Alice Fernanda de Oliveira; Okubo, Juliana; Amorim, Kamilla Borges; Vieira, Lucieth CruzO período Ediacarano é um dos períodos mais intrigantes e complexos do registro geológico, que marca o retorno de extensa deposição fosfática após um prolongado período de hiato durante o Mesoproterozóico. Acredita-se que este evento possua uma correlação direta com as principais mudanças e inovações paleonambientais, paleoceanográficas e bióticas que moldaram os ecossistemas Neoproterozóicos, com evidências sugerindo uma relação causal entre a fosfogênese, oxigenação oceânica e atmosférica e a preservação de diversas Faunas Ediacaranas (Fauna de acritarcos Doushantuo-pertatataka). Embora essas correlações sejam atraentes, o baixo número de sequências fosfáticas preservadas, associados à idades deposicionais discordantes e configurações deposicionais complexas desafiam a existência de um evento de fosfatização sincronizado de escala global e sua relação com a oxigenação oceânica e as inovações bióticas do Neoproterozóico. Nesse sentido, fica claro que a resposta para desvendar a fosfatização Ediacarana e sua relação com grandes eventos de inovação biogeoquímica e biótica está situada no registro de sucessões locais de sequências fosforito-folhelho-dolomitos. Nesse contexto, a Formação Bocaina localizada na porção central do Brasil se apresenta como uma importante janela para o registro sedimentar do Neoproterozóico. A unidade apresenta um conjunto sedimentar inédito, recém descoberto em trabalhos de exploração mineral, caracterizado por recifes estromatólitos dolomíticos e abrangentes depósitos fosfáticos contendo microfósseis fosfatizados de acritarcos da fauna Doushantuo-Pertataka. Neste contexto, esta tese tem como objetivo estudar aspectos sedimentológicos, estratigráficos, petrográficos, bioestratigráficos e geoquímicos das sucessões de fosforito-dolomto-folhelho da Formação Bocaina, e obter insights sobre a natureza dos processos fosfogênicos e de eventos tafonômicos fosfáticos do Neoproterozóico. Os resultados obtidos por esta tese indicam que a Fm Bocaina registra deposição secular de fosfato associada a fosforitos de borda de recife (estromatólitos-trombolitos) inéditos (depositados durante um estágio de plataforma coroada acrecionaria inferior), seguido pela deposição de fosforitos de plataforma ampla do tipo Doushantuo associados à um estágio posterior de plataforma afogada, reforçando, portanto, a evidência da operação de fortes controles alogênicos na concentração da mineralização de fosfato. A presença de depósitos de fosforito "transicionais" do Ediacarano médio na Formação Bocaina e na Fm Khesen-Zuun-Arts da Mongólia (Ediacarano Terminal), semelhantes aos depósitos fosfáticos da Formação Doushantuo da china (Ediacarana inicial), reforça o argumento de uma transição entre depósitos restritos e costais de Fosforitos do tipo 'oases de oxigênio' do pré-cambriano até os depópsitos do tipo 'gigantes de fosforito' de plataforma ampla do Fanerozóico, modulados pela operação do evento fosfogênico Neoproterozóico. Além disso, os resultados também mostram que os padrões quimioestratigráficos exibidos na Formação Bocaina, bem como nos depósitos de fosforito "Transicionais" do Ediacarano, mostram assinaturas de δ 13C tipificadas pela predominância de valores negativos apresentando grande inconsistência estratigráfica. Sugere-se que a natureza intrínseca e a singularidade dessas tendências ruidosas e negativas de δ13C possivelmente refletem os efeitos locais da fosfogênese nestes sedimentos, sugerindo cautela contra o uso em correlação quimioestratigráfica global e /ou regional. Além disso, a análise bioestratigráfica comparativa indica que o registro de assembleias de acritarcos fosfatizados nessas unidades de fosforito apresenta uma diversidade taxonômica contrastante e apenas um número baixo de táxons comuns, incluindo o genêro Megasphaera. A escassez de acritarcos biozonais do Ediacarano no registro da Fm Bocaina questiona a confiabilidade das biozonas de acritarcos da Fm Doushantuo em outros cenários paleogeográficos ou paleoambientais, complicando a correlação bioestratigrafica de acritarcos Ediacaranos. Além disso, evidências combinadas de fosfatização seleiva, sinais geoquímicos locais, intervalos de tempo diacrônicos e diversidade taxonômica heterogênea encontradas nestas assembléias de acritarcos fosfatizados indicam a natureza local dos eventos de preservação de fósseis fosfáticos do Ediacarano. Finalmente, evidências de preservação diacrônica entre depósitos fosfáticos e microfósseis fosfatizados mostram relações não causais entre a fosfogênese ediacarana e a preservação de fósseis fosfáticos, destacando a intrínseca natureza local e pontuada desses eventos.Item The rise and fall of the giant stromatolites of the Lower Permian Irati Formation (Paraná Basin, Brazil) : a multi-proxy based paleoenvironmental reconstruction.(2022) Antunes, Gonçalo Cruz; Warren, Lucas Veríssimo; Okubo, Juliana; Fairchild, Thomas Rich; Varejão, Filipe Giovanini; Uhlein, Gabriel Jubé; Inglez, Lucas; Poiré, Daniel Gustavo; Rumbelsperger, Anelize Manuela Bahniuk; Simões, Marcello GuimarãesGiant stromatolites are meter-scale laminated carbonate biosedimentary deposits formed by the action of benthic microbiota under very specific conditions. Although occurrences of giant stromatolites are relatively common in Precambrian deposits, the Phanerozoic record is still sparse. Here, we carried out an integrated analysis of the Lower Permian Santa Rosa de Viterbo giant stromatolite field, developed in a mixed carbonate-siliciclastic depositional system within a restricted intracontinental basin (Irati Formation, Paran ́ a Basin, Brazil). Using available and new descriptions of stromatolite morphology and associated facies, we applied a multi-proxy approach based upon sedimentological, paleontological, geochemical, and isotopic data to develop a detailed paleoenvironmental model for this particular occurrence. The NE-SW elongated giant stromatolites – of >3 m in height, > 7 m in length, and > 1 m wide – have variable external shape and internal morphology, indicating changing growth strategy due to variations in the hydrodynamic conditions, bathymetry, and terrigenous input. Increasing δ13C values towards the top of the succession are related to intense microbial activity, increased nutrient supply, and enhanced primary productivity, with the higher δ13C values matching the global Permian seawater signal. Y/Ho and La/La* ratios indicate a less restricted setting towards the top of the succession, which is consistent with the increasing water depth recorded by the stromatolite morphology. The combination of smooth lamination, exclusively coccoidal microbial community, and fossil content, point to deposition under high (possibly hyper) salinity conditions for most of the succession. Our data suggests that the existence of stressful conditions (i.e., strong currents and high salinity) protected the benthic microbial communities from predation and favored EPS production, generating the ideal conditions for the growth of giant stromatolites, a very uncommon situation in the Phanerozoic.