Navegando por Autor "Molina, Maria del Carmen Bisi"
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Item Associação dos sintomas de transtorno de ansiedade com a mudança dos escores de alimentação e do peso corporal em universitários durante a pandemia da covid-19 (Projeto PADu-COVID).(2022) Neves, Ana Cláudia Morito; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Meireles, Adriana Lúcia; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Meireles, Adriana Lúcia; Coelho, Carolina Gomes; Molina, Maria del Carmen BisiA ansiedade se caracteriza como um transtorno mental e vem se apresentando de forma crescente na população, em especial entre os universitários, podendo afetar os hábitos alimentares e alterar o peso corporal. Durante momentos de crise, como a pandemia da covid-19, esse transtorno pode ocorrer de forma mais prevalente, devido às mudanças ocorridas de forma repentina na rotina dos indivíduos. Dessa forma, este estudo teve por objetivo avaliar a associação dos sintomas de transtorno de ansiedade com a mudança dos escores de alimentação e do peso corporal em universitários durante a pandemia da covid-19. Métodos: Foi realizado um estudo de acompanhamento longitudinal de 628 estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto. Os participantes responderam a um questionário on-line, em dois momentos, contemplando questões sociodemográficas, de estilo de vida e condições de saúde. A variável de exposição do estudo, sintomas de transtornos de ansiedade, foi obtida através da escala DASS–21 (Depression, Anxiety and Stress Scale -21) traduzida e validada para o português. Em ambos os momentos (T0 e T3), os participantes foram indagados quanto ao peso corporal (kg) e o consumo alimentar. Para a análise dos escores de alimentação foram usados equivalentes semanais para calcular o escore total da ingestão alimentar de cada momento para cada grupo de alimento, sendo que uma maior pontuação indicava melhor qualidade dos escores alimentares. A associação entre os sintomas de transtorno de ansiedade com a mudança dos escores de alimentação e do peso corporal foi avaliada por meio da Equação de Estimativas Generalizadas (GEE) no software estatístico STATA versão 13.0. Resultados: Os resultados demonstram um aumento nos escores de ansiedade e no peso dos universitários, quando analisada a diferença entre o T0 e T3 do estudo. Não foi encontrada associação dos sintomas de transtorno de ansiedade com os desfechos avaliados, mudança dos escores de alimentação e peso corporal dos universitários. Conclusão: Embora um pequeno aumento dos sintomas de ansiedade e do peso corporal tenha sido observado, as mudanças dos escores de alimentação e do peso corporal dos estudantes não estiveram associadas à ansiedade.Item Association between perceived neighbourhood characteristics, physical activity and diet quality : results of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil).(2016) Chor, Dóra; Cardoso, Leticia de Oliveira; Nobre, Aline Araújo; Griep, Rosane Härter; Fonseca, Maria de Jesus Mendes da; Giatti, Luana; Benseñor, Isabela Judith Martins; Molina, Maria del Carmen Bisi; Aquino, Estela Maria Motta Leão de; Roux, Ana V. Diez; Castiglione, Débora de Pina; Santos, Simone M.Background: The study explores associations between perceived neighbourhood characteristics, physical activity and diet quality, which in Latin America and Brazil have been scarcely studied and with inconsistent results. Methods: We conducted a cross-sectional analysis of 14,749 individuals who participated in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, ELSA-Brasil) baseline. The study included current and retired civil servants, aged between 35 and 74 years, from universities and research institutes in six Brazilian states. The International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) long form was used to characterize physical activity during leisure time and commuting; additional questions assessed how often fruit and vegetables were consumed, as a proxy for diet quality. Neighbourhood characteristics were evaluated by the “Walking Environment” and “Availability of Healthy Foods” scales originally used in the Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA). Associations were examined using multinomial logistic regression. Results: Perceiving a more walkable neighbourhood was positively associated with engaging in leisure time physical activity and doing so for longer weekly. Compared with those who saw their neighbourhood as less walkable, those who perceived it as more walkable had 1.69 (95 % CI 1.57–1.83) and 1.39 (1.28–1.52) greater odds of engaging in leisure time physical activity for more than 150 min/week or up to 150 min/week (vs. none), respectively. Perceiving a more walkable neighbourhood was also positively associated with transport-related physical activity. The same pattern was observed for diet: compared with participants who perceived healthy foods as less available in their neighbourhood, those who saw them as more available had odds 1.48 greater (1.31–1.66) of eating fruits, and 1.47 greater (1.30–1.66) of eating vegetables, more than once per day. Conclusions: Perceived walkability and neighbourhood availability of healthy food were independently associated with the practice of physical activity and diet quality, respectively, underlining the importance of neighbourhood-level public policies to changing and maintaining health-related habits.Item Body image and nutritional status are associated with physical activity in men and women : the ELSA - Brasil study.(2015) Coelho, Carolina Gomes; Gonçalves, Luana Giatti; Molina, Maria del Carmen Bisi; Nunes, Maria Angélica Antunes; Barreto, Sandhi MariaThe association of body image dissatisfaction and obesity with physical activity is likely to differ according to gender. To investigate this hypothesis, we conducted a cross-sectional study among the ELSA-Brasil cohort members aged 34–65 years (n = 13,286). The body image dissatisfaction was present even among normal weight individuals of both sexes and was associated with lesser chances of practicing moderate physical activity in women and intense physical activity in men. Men and women with central obesity were less prone to practice physical activity of high or moderate intensity. Overweight and obese men were more likely to report vigorous physical activity while obese women were less likely to report this level of physical activity. Body images as well as nutritional status are related to physical activity in both sexes, but the association with physical activity differs by gender.Item Condições para ações de cuidado da obesidade na atenção primária à saúde no estado do Espírito Santo.(2022) Reis, Erika Cardoso dos; Aprelini, Carla Moronari de Oliveira; Jesus, Tatielle Rocha de; Faria, Carolina Perim de; Enríquez Martinez, Oscar Geovanny; Molina, Maria del Carmen BisiIntrodução: A obesidade é uma doença multifatorial com proporções epidêmicas que tem sido frequentemente descrita como fator de risco para outras comorbidades. Portanto, é importante identificar que condições e ações estão sendo realizadas no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) para o cuidado dos indivíduos com a doença. Objetivo: Descrever e discutir as condições e ações de prevenção e cuidado da obesidade disponíveis na APS do estado do Espírito Santo (ES). Métodos: Estudo observacional descritivo baseado no PMAQ-AB - 3º ciclo. Foram avaliados os módulos I, II e IV, considerando as variáveis relacionadas ao número de profissionais e equipamentos, desenvolvimento de ações de cuidado da obesidade e de atenção nutricional. Foram realizados testes de qui-quadrado para verificar diferenças entre as regiões. Resultados: 93,6% dos municípios participaram do estudo. Observou-se carência de nutricionistas e educadores físicos em toda a rede. Na Região Norte, o nutricionista está presente em 21% das unidades e não há educadores físicos. Foi baixo o quantitativo de equipamentos e materiais disponíveis. Quase metade das unidades de saúde do estado não tinha balança (200 kg) e caderneta do adolescente. Na Região Sul, 54% das unidades não apresentavam aparelho de pressão com braçadeira para pessoas adultas obesas. Apenas 10% dos profissionais referiram ofertar práticas integrativas e complementares (10%) e a metade não tinha conhecimento do Programa Academia da Saúde. Conclusão: As ações desenvolvidas pelas equipes da APS relacionadas a promoção da saúde, atenção nutricional, prevenção e cuidado da obesidade, além dos equipamentos e estruturas disponíveis, não são suficientes para o enfrentamento da obesidade no ES.Item Consumo de carne vermelha e processada e a incidência de hipertensão arterial : ELSA–Brasil coorte.(2023) Mendes, Michelle Izabel Ferreira; Molina, Maria del Carmen Bisi; Mendonça, Raquel de Deus; Molina, Maria del Carmen Bisi; Mendonça, Raquel de Deus; Pereira, Taísa Sabrina Silva; Meireles, Adriana LúciaEvidências sugerem uma relação entre o consumo de carne vermelha e processada com as doenças crônicas não transmissíveis e mortalidade por todas as causas. A associação direta entre essas carnes e a hipertensão arterial (HA) ainda é controversa e pouco explorada. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre consumo de carne vermelha e processada e a incidência de HA em participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Trata-se de um estudo analítico, observacional e longitudinal, realizado com os dados da linha de base (2008-2010) e da segunda onda (2012-2014). Dos 15.105 participantes da linha de base (2008- 2010), foram excluídos aqueles com diagnóstico de HA ou que relataram fazer uso de anti-hipertensivo, com histórico de eventos cardiovasculares, câncer, cirurgia bariátrica prévia, os que apresentaram valores implausíveis de consumo calórico (<500 e ≥ 6.000 Kcal) e com índice de massa corporal (IMC) <18,5 e >40 Kg/m2, além dos participantes com dados faltantes nas variáveis de exposição e desfecho, bem como as perdas no seguimento (2012-2014), totalizando uma amostra final de 8.089 participantes. A incidência de HA foi definida por pressão arterial sistólica ≥140 mmHg ou pressão arterial diastólica ≥90 mmHg e/ou uso de anti-hipertensivos. O consumo de carne vermelha, carne processada e carne total foi estimado por questionário de frequência alimentar (QFA), desenvolvido e validado para a população do estudo ELSA-Brasil. O consumo diário (g/dia) foi calculado e posteriormente categorizado em tercis. Para a categoria carne vermelha foram considerados fígado/miúdos, bucho/dobradinha, carne de boi com osso (mocotó, costela, rabo), carne de boi sem osso (bife, carne moída, carne ensopada) e carne de porco. Para a categoria carne processada foram considerados linguiça/chouriço (salsichão), hambúrguer (bife), frios light (blanquet, peito de peru, peito de chester), presunto/mortadela/copa/salame/patê e bacon/toucinho/torresmo. A variável carne total foi calculada pela soma do consumo de carne vermelha e carne processada. Dados bioquímicos, antropométricos, socioeconômicos e de estilo de vida foram coletados na linha de base (2008–2010) e na segunda onda (2012–2014) seguindo o mesmo protocolo em ambas as ondas. Todos os testes estatísticos foram realizados no software Stata, versão 13.0 e adotado nível de significância de 5%. Para avaliar o consumo de carne vermelha e processada e o risco do desenvolvimento de HA, usamos modelos de Cox, para estimar o Hazard Ratio (HR) ajustados e seus intervalos de Confiança 95% (IC95%) usamos o tercil mais baixo de consumo de carne vermelha e processada como categoria de referência. Dos 8089 participantes, 42,1% eram homens e 57,9% mulheres, com média de idade de 49,4 ± 8,2 anos e mais de 56% dos participantes se autodeclararam brancos. O tempo médio de seguimento dos participantes foi de 3,9 ± 0,4 anos, totalizando 31.146 pessoas-ano sob risco. Identificou-se 1.186 novos casos de HA (incidência de 38,08 casos por 1.000 pessoas-ano). Nas análises multivariadas, após ajustes, não encontramos associação entre o consumo de carne vermelha e HA. No entanto, para a carne processada, os participantes do tercil mais alto de consumo apresentaram um risco maior de desenvolver HA (HR ajustado, 1,30; IC95%: 1,11 a 1,53) do que aqueles do tercil mais baixo. Em conclusão, o consumo de carne vermelha não apresentou impacto negativo na saúde dos participantes, todavia o consumo de carne processada em nível moderado e alto aumenta o risco de HA e deve ser desestimulado, por meio de diretrizes dietéticas e políticas públicas.Item Determinantes sociodemográficos da insegurança alimentar nos domicílios de estudantes de escolas públicas : uma investigação longitudinal.(2023) Rodrigues, Erica Costa; Meireles, Adriana Lúcia; Mendonça, Raquel de Deus; Meireles, Adriana Lúcia; Mendonça, Raquel de Deus; Mendes, Larissa Loures; Verly Júnior, Eliseu; Souza, Anelise Andrade de; Molina, Maria del Carmen BisiIntrodução: A insegurança alimentar é um marcador de desigualdade social e correlaciona-se à falta de acesso regular e permanente a alimentos adequados em quantidade suficiente, incluído também a preocupação com a obtenção de alimento no futuro e comprometendo o acesso a outras necessidades básicas. Fatores sociodemográficos estão diretamente associados a ocorrência de insegurança alimentar domiciliar e podem afetar a população de forma desigual. Com o surgimento da pandemia da covid-19 em 2020, ficou mais evidente as alterações na dinâmica dos indicadores sociodemográficos que influenciam a segurança alimentar. Objetivo: Examinar a trajetória de mudança na situação de insegurança alimentar e seus fatores associados nos domicílios de estudantes da rede municipal de ensino de Mariana e Ouro Preto entre 2020 e 2022. Métodos: Esta tese faz parte do Estudo da Segurança Alimentar e Nutricional na Pandemia da covid-19 (ESANP), que foi conduzido com amostra probabilística e estratificada dos estudantes e possui delineamento longitudinal. As coletas de dados ocorreram em quatro momentos: T0 (linha de base) em junho e julho de 2020, T1 de março a maio de 2021, T2 de dezembro/21 a janeiro/22 e o T3 de setembro a novembro de 2022. A partir, dos dados do ESANP, foram traçados três objetivos específicos, sendo o primeiro com delineamento transversal para descrever a relação da insegurança alimentar, condições socioeconômicas e variáveis relacionadas à pandemia da covid-19 na linha de base. O segundo objetivo teve delineamento longitudinal e permitiu conhecer a trajetória e os perfis respostas sobre a insegurança alimentar e as condições domiciliares, no terceiro objetivo procedeu-se a modelagem longitudinal da influência de variáveis fixas e aleatórias nas mudanças de respostas sobre a insegurança alimentar. A variável desfecho foi a insegurança alimentar, medida por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Para responder ao primeiro objetivo específico a insegurança alimentar foi analisada como variável categórica: insegurança alimentar x segurança alimentar e as variáveis explicativas foram divididas em dois blocos i) variáveis sociodemográficas e ii) variáveis relacionadas à pandemia da covid-19. Os dados foram analisados por meio do cruzamento de cada covariável com a variável desfecho pelo teste qui-quadrado de tendência e por regressão logística binária. Para responder ao segundo e terceiro objetivos específicos, a insegurança alimentar foi tratada como variável numérica discreta a partir da soma da pontuação da EBIA, denominada nesse estudo de escore de insegurança alimentar. Foram conduzidas análises descritivas de perfis de resposta, gráfico box-plot e tabela de frequência do escore de insegurança alimentar em cada tempo visando avaliar as mudanças e tendências ao longo do tempo. Os tempos foram comparados dois a dois por meio do teste de Wilcoxon Pareado, com correção de Holm. Foram construídos modelos mistos generalizados a fim de estudar a relação entre o escore de insegurança alimentar e variáveis explicativas de interesse ao longo do tempo. Por fim, para compreender a relação interseccional das características do chefe da família e mudanças no escore de insegurança alimentar, foram construídos modelos generalizados mistos entre as principais variáveis interseccionais descritas na literatura (raça/cor da pele, sexo e estado civil, sexo e renda familiar, e localidade da residência, área urbana ou rural). As análises estatísticas foram realizadas nos softwares Stata 13.0 e Jamovi versão 2.3.28.0 ao nível de significância de 5% para todos os modelos, ajustados por fatores de confusão. Resultados: Foram avaliados na linha de base 612 domicílios, sendo que 82,0% (n = 502) apresentavam algum grau de insegurança alimentar. A insegurança alimentar foi associada ao número de crianças no domicílio acima de três (OR: 2,17; IC95%: 1,10-4,27), ao acesso à cesta básica (OR: 1,64; IC 95%: 1,04-2,58) e a diminuição da renda durante a pandemia. Nossas análises longitudinais revelaram que houve tendência de diminuição na média do escore de insegurança alimentar ao longo do tempo. O escore médio diminuiu de 2,9 e 2,7 em T0 e T1 para 2,2 em T2 e T3 respectivamente. As diferenças entre as médias do escore de insegurança alimentar foram observadas na comparação T0 com T2 e T3, e entre T1 comparado ao T2 e T3 (p-valores < 0,001 e 0,017 respectivamente). Nossos dados evidenciaram ainda que a redução do escore de insegurança alimentar correu de forma desigual em muitos dos grupos estudados. Para famílias extremamente pobres, houve aumento do escore de insegurança alimentar ao longo do tempo (p<0,001), comparado as famílias que tinham renda entre 1 e 2 e entre 3 a 6 salários-mínimos. Nossos modelos mistos generalizados demostraram que as variáveis explicativas associadas a maior escorem de insegurança alimentar foram renda familiar de até meio salário-mínimo, estar cadastrado em programas sociais, ter recebido recebimento de auxílio emergencial, ter recebido cesta básica de alimentos e maior número de crianças no domicílio. Também observamos que fatores interseccionais do chefe da família foram associados a maior escore de insegurança alimentar. Na comparação entre raça/cor da pele e sexo, tanto mulheres (RT: 0,47; IC95%: 0,33 – 0,68), quanto homens (RT: 0,37; IC95%: 0,25 – 0,54) autodeclarados como brancos tiveram razão de taxas de insegurança alimentar menor quando comparados aos seus pares não brancos. As mulheres casadas tiveram escore de insegurança alimentar menor (RT: 0,64; IC95%: 0,47 – 0,86) que as mulheres não casadas. Comparado às chefes de família mulheres que residem em áreas rurais, os homens residentes em área urbana (RT: 0,49; IC95%: 0,45 – 0,67) e residentes em área rurais (RT: 0,49; IC95%: 0,32 – 0,69) possem menor razão de taxas de insegurança alimentar. Conclusão: Nossas análises permitiram conhecer a situação de segurança alimentar nos domicílios dos estudantes de escolas públicas durante o período de suspensão das aulas presenciais em função da pandemia de covid-19. Conclui-se que, embora tenha havido redução da IA ao longo do tempo para a maior parte dos domicílios estudados, essa tendência de declínio não ocorreu para as famílias pobres e extremamente pobres. Nos lares chefiados por mulheres não brancas, mulheres não casadas, mulheres residentes em área rural a situação de IA foi pior ao longo do tempo comprado aos seus pares homens. Assim, espera-se que essa pesquisa possa contribuir para o conhecimento dos fatores que influenciam e determinam a segurança alimentar em nível local/regional não só para gestores públicos, mas também para líderes de movimentos sociais e instâncias locais de participação social, que podem conjuntamente propor ações e políticas de mitigação da forme e da insegurança alimentar com base em resultados científicos adequados as necessidades regionais.Item Early-life nutritional status and metabolic syndrome : gender-specific associations from a cross-sectional analysis of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil).(2018) Briskiewicz, Bruna Lucas; Barreto, Sandhi Maria; Amaral, Joana Ferreira do; Diniz, Maria de Fátima Haueisen Sander; Molina, Maria del Carmen Bisi; Matos, Sheila Maria Alvim de; Cardoso, Leticia de Oliveira; Velásquez Meléndez, Jorge Gustavo; Schmidt, Maria Inês; Gonçalves, Luana GiattiObjective: In the present study we investigated gender-specific associations of low birth weight (LBW) and shorter relative leg length with metabolic syndrome (MetS) after adjusting for sociodemographic characteristics and health-related behaviours. We also investigated whether these associations are independent of age at menarche and BMI at 20 years old. Design: Cross-sectional analysis. Subjects: Baseline data from 12 602 participants (35–74 years) of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), 2008–2010. Setting: MetS was defined according to the revised National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III guidelines. LBW (<2·5 kg) and age- and sex-standardized relative leg length (high, medium and low) were the explanatory variables studied. The strength of the associations between the explanatory variables and MetS was estimated by Poisson regression with robust variance. Results: MetS prevalence was 34·2 %; it was more prevalent in men (36·8 %) than in women (32·2 %). In multivariate analysis, LBW was associated (prevalence ratio; 95 % CI) with MetS only in women (1·28; 1·24, 1·45). Shorter leg length was associated with MetS in both men (1·21; 1·09, 1·35 and 1·46; 1·29, 1·65 for low and medium lengths, respectively) and women (1·12; 1·00, 1·25 and 1·40; 1·22, 1·59 for low and medium lengths, respectively). Additional adjustments for age at menarche and BMI at 20 years old did not change the associations. Conclusions: Poor nutritional status as estimated by LBW and lower leg length in childhood was associated with a higher prevalence of MetS, although LBW was a significant factor only among women.Item Questionário do ELSA-Brasil : desafios na elaboração de instrumento multidimensional.(2013) Chor, Dóra; Alves, Márcia Guimarães de Mello; Giatti, Luana; Cade, Nágela Valadão; Nunes, Maria Angélica Antunes; Molina, Maria del Carmen Bisi; Benseñor, Isabela Judith Martins; Aquino, Estela Maria Motta Leão de; Passos, Valéria Maria de Azeredo; Santos, Simone M.; Fonseca, Maria de Jesus Mendes da; Cardoso, Leticia de OliveiraO artigo apresenta o processo de elaboração do questionário utilizado no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Iniciamos pelo relato sobre a “Seleção de Temas” abordados no questionário, cujo conteúdo teria que abranger o conhecimento disponível acerca da complexa rede de causalidade dos desfechos de interesse, assim como possibilitar a comparabilidade com estudos semelhantes. Contextualizamos a “tradução e a adaptação de instrumentos de medida”, necessárias no caso de escalas de avaliação de vizinhanças, do instrumento para diagnóstico de transtornos depressivos e de ansiedade, e do questionário de frequência alimentar. A seguir, comentamos os critérios que nortearam a “ordem dos blocos temáticos” e fi nalmente a importância prática dos “pré-testes e estudos-piloto”. As relações entre o conjunto de informações reunidas no ELSA poderão constituir contribuição original sobre os fatores que causam ou agravam os desfechos de interesse no contexto brasileiro, assim como sobre seus fatores de proteção.Item Satisfação com a imagem corporal de pais e crianças de 7 a 10 anos : um estudo na região metropolitana de Vitória/ES.(2023) Costa, Ana Luiza Leite; Molina, Maria del Carmen Bisi; Reis, Erika Cardoso dos; Molina, Maria del Carmen Bisi; Reis, Erika Cardoso dos; Rocha, José Luiz Marques; Meireles, Adriana LúciaA imagem corporal é a representação que o indivíduo tem do seu próprio corpo e está associada a aspectos fisiológicos, afetivos e sociais. A insatisfação com essa imagem pode afetar o bem-estar físico e psicológico dos indivíduos, desencadeando problemas emocionais e alimentares, os quais podem se agravar ao longo da vida. Os pais podem influenciar a percepção e a satisfação com a imagem corporal de seus filhos por meio de avaliações do próprio corpo, do corpo de terceiros e da criança, além de regular a exposição desses à mídia e a ideais culturais predominantes. Este estudo objetiva avaliar a satisfação com a imagem corporal de crianças e a relação dessa com a satisfação corporal de seus pais e os fatores associados à insatisfação com a imagem corporal na infância. Trata-se de um estudo transversal, realizado com dados da linha de base do estudo de intervenção denominado “Prevenção da obesidade infantil na atenção primária em saúde: um ensaio comunitário na região metropolitana de Vitória/ES”. Foram avaliadas 446 crianças de 7 a 10 anos e seus pais ou responsáveis, cadastrados nas Unidades de Saúde da Família (USF) dos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica, Espírito Santo. A avaliação da satisfação com a imagem corporal foi realizada por meio da aplicação de escalas de silhuetas para as crianças e seus pais/responsáveis, que escolheram a imagem que representa sua percepção do corpo atual e o desejado. Posteriormente, foram classificados em satisfeitos ou insatisfeitos com a imagem corporal. Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos, de saúde e hábitos de vida. A análise estatística foi realizada no SPSS Statistics. Foi utilizado o teste qui-quadrado para as variáveis categóricas. Para avaliar a concordância entre a satisfação com a imagem corporal das crianças e seus pais/responsáveis foi utilizada a estatística Kappa e para a identificação de fatores associados à insatisfação corporal de crianças foi realizada uma regressão logística binária. O nível de significância adotado para todos os testes foi p<0,05. Foi observado alto percentual de insatisfação com a imagem corporal entre as crianças (88,6%). Meninas com excesso de peso e sensibilidade à ansiedade moderada ou alta apresentaram maiores chances de estarem insatisfeitas quando comparadas às que se encontravam eutróficas e às com baixa sensibilidade à ansiedade, respectivamente. A concordância entre a satisfação com a imagem corporal das crianças e seus pais/responsáveis foi ausente para as meninas e fraca para os meninos, sem significância estatística. Dada a importância da imagem corporal na saúde física e mental das crianças e o impacto da insatisfação com essa imagem não só na infância como em outras fases do desenvolvimento é essencial que mais estudos sobre esse tema sejam realizados.Item Tendência da prevalência do sobrepeso e obesidade no Espírito Santo : estudo ecológico, 2009-2018.(2021) Aprelini, Carla Moronari de Oliveira; Reis, Erika Cardoso dos; Enríquez Martinez, Oscar Geovanny; Jesus, Tatielle Rocha de; Molina, Maria del Carmen BisiAnalisar tendências nas prevalências do sobrepeso e obesidade no estado do Espírito Santo, Brasil, entre 2009 e 2018. Métodos: Estudo ecológico, com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. O sobrepeso e a obesidade foram classificados conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde. Realizou-se regressão linear (Prais-Winsten) para estimar a tendência da prevalência. Resultados: Observou-se tendência crescente de sobrepeso (5,5 a 8,6%) e obesidade (4,4 a 8,3%), em ambos os sexos e nas diferentes regiões do estado. Na análise estratificada, houve aumento de sobrepeso e obesidade em crianças, adolescentes e adultos do sexo feminino (4,2 a 8,6%; p<0,05). No sexo masculino, nas regiões norte, central e sul do estado, a obesidade cresceu entre adolescentes, enquanto na região sul, em todas as faixas etárias (crescimento de 5,1%; p=0,01). Conclusão: Houve aumento do sobrepeso e da obesidade no Espírito Santo, de 2009 a 2018.