Navegando por Autor "Mendes, Julio Cesar"
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Item Amazonitização em granito resultante da intrusão de pegmatitos.(2000) Evangelista, Hanna Jordt; Mendes, Julio Cesar; Lima, Ana Luisa CossoGranito do tipo Borrachudos de Santa Maria do Itãbira, Minas Gerais, cortado por amazonita pegmatitos foi transformado marginalmente em granito verde em decorrência de amazonitização. Este trabalho trata dos processos e das variações mineralógicas e químicas envolvidos na transformação do granito normal em granito verde. O pegmatito contém cristais de amazonita de tamanho decimétrico e intensa cor verde, cleavelandita, biotita, quartzo e pequenas quantidades de turmalina preta, galena, fluorita e anatásio. O granito anorogênico alcalino é composto de quartzo, albita quase pura, microclina com triclinicidades variando de 0,68 a 0,93, Fe-biotita e minerais acessórios. O teor de SiO2 médio é de 74% em peso, mas em amostras empobrecidas em quartzo o teor cai para 62%. MgO é muito baixo (<0,05% em peso), Fe2O3total chega a 4,4% e os álcalis perfazem até 8,5% (em peso). O granito apresenta uma forte anomalia negativa de Eu, possivelmente decorrente aã retenção deste elemento em plagioclásio cálcico remanescente no restito da rocha geradora do magma alcalino por fusão parcial. A intensidade da cor verde no granito aumenta na direção do contato com o pegmatito. Quimicamente, esta variação de cor é acompanhada de um aumento no teor de Pb (e, em menor escala, também de Rb), enquanto que não se registraram variações para os elementos maiores e outros traços. O Pb varia de 37 ppm no granito branco até 302 ppm no tipo mais verde, chegando a 406 ppm na amazonita. É possível que a introdução, no estágio sub-sólido, de Pb e água na encaixante granítica durante a intrusão dos pegmatitos foi responsável pela geração de pares H O-Pb na microclina, que são reportados na literatura como sendo a provável causa da cor verde em amazonitas. Considerando as temperaturas relativamente baixas de magmas pegmatíticos e a estrutura maciça do granito, o processo metassomático responsável pela amazonitização foi bastante eficiente, já que as auréolas alcançam localmente largura equivalente à do próprio pegmatito.Item Ambientes geológicos e mudanças de cor no quartzo hialino.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Drummond, Ney Friedemann; Mendes, Julio CesarO Estado de Minas Gerais é o maior produtor mundial de quartzo para utilização industrial, gemológica e amostras de coleção. As variedades hialina, leitosa, ametista, citrino, prasiolita, rósea, fumê ou morion ocorrem em alguns ambientes naturais. Outras variedades coloridas, além da ametista e prasiolita, podem ser obtidas em laboratório, a partir de quartzo hialino, por irradiação gama seguida ou não de tratamento térmico. A partir de 1997 no Brasil, começou a ser utilizada a técnica de irradiação gama para mudança de cor em quartzo. Os espécimes de quartzo hialino oriundos de Minas Gerais, eram vendidos a preços irrisórios e, após a aplicação dessa técnica, eram agregados valores de até 100 vezes daquele inicialmente comercializado. Nada era conhecido no Brasil, sobre a aplicação de irradiação gama seguida ou não de tratamento térmico. Os físicos brasileiros, já dominam a técnica de irradiação gama, e os geólogos e gemólogos, necessitam definir a relação entre ambiente formador do quartzo e seu potencial de mudança de cor sob irradiação gama. Sabe-se que quartzo hialino ocorre preferencialmente em dois ambientes geológicos, aquele de origem hidrotermal e outro associado a núcleos de pegmatitos. Todos os grandes compradores de material hialino para irradiação procuram material oriundo desses ambientes. Portanto, as pesquisas para essa dissertação de mestrado foram conduzidas nos espécimes amostrados nesses dois ambientes. Mais de 150 amostras foram obtidas de veios hidrotermais associados ao Espinhaço Meridional (Minas do Tião e Comecha - na região de Joaquim Felício) e de núcleos de pegmatitos (Minas Boca Rica e do Bode - na região de Galiléia) da Província Pegmatítica Oriental, em Minas Gerais. Esses espécimes foram submetidos à Espectrometria de Absorção na Região do Infravermelho com Transformada de FOURIER (FTIR) com comprimento de onda entre 2.300 e 3.600 cm-1 e, posteriormente, à irradiação gama seguida ou não de tratamento térmico. As amostras, tanto de ambiente hidrotermal quanto pegmatítico, foram analisadas para 27 elementos traços a partir de ICP/AES e por via úmida para o SiO2. Dos ensaios de FTIR foram obtidas as bandas características dos dopantes porventura encontrados no quartzo, os quais são os responsáveis pelo desenvolvimento ou não da cor, após a utilização dessas técnicas. Esses ensaios indicam as doses a serem aplicadas na etapa de irradiação gama, além do intervalo de temperatura a ser aplicada no aquecimento. Concluiu-se que o quartzo hialino de ambiente hidrotermal, com teor anômalo de ferro, com banda de FTIR a 3.585cm-1, fator fa ≥ 3,3 e área entre 400 a 600u.a* cm-1, poderá desenvolver cor violeta; já aqueles de núcleo pegmatítico altamente diferenciado, muito rico em minerais de lítio, com anomalia de lítio na estrutura do cristal, banda de FTIR a 3.485cm-1, fator fLi ≥ 2,0 e irradiados entre 65 e 400kGy, podem mostrar de cor amarelo-esverdeado e acastanhado, após a aplicação de irradiação gama seguida ou não de tratamento térmico. As pesquisas para essa dissertação de mestrado possibilitaram afirmar que, a partir de irradiação gama seguida ou não de tratamento térmico, para o quartzo de ambiente hidrotermal são produzidas as variedades ametista e fumê; já naquelas amostras de núcleos pegmatíticos altamente diferenciados e portadores de minerais de lítio, são criadas as novas variedades, até então desconhecidas no mercado mundial de gemas, denominadas de beer, champagne, cognac, green gold e whisky.Item Inclusões fluidas em gemas brasileiras.(1991) Bello, Rosa Maria da Silveira; Svizzero, Darcy Pedro; Gandini, Antônio Luciano; Valarelli, José Vicente; Guttler, Rainer Aloys Schultz; Mendes, Julio CesarItem Radioactivity dosage evaluation of Brazilian ornamental granitic rocks based on chemical data, with mineralogical and lithological characterization.(2006) Salas, Humberto Terrazas; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Mendes, Julio CesarOne hundred samples of granitic rock were collected from granite traders in Belo Horizonte. Autoradiography, optical microscopy, diffractometry, and chemical analysis (X-ray spectrometry, X-ray fluorescence, neutron activation, gravimetry, and electron probe microanalysis) were used to determine the mineral assemblages and lithotypes. Autoradiographic results for several samples showed the presence of monazite, allanite, and zircon. Chemical analysis revealed uranium concentrations £ 30 ppm and thorium £ 130 ppm. Higher concentrations generally correlated with high concentrations of light rare earths in silica-rich rocks of granitic composition. Calculations were made of radioactive doses for samples, of floor tiles in a standard room, with total concentration of uranium and thorium greater than 60 ppm. On the basis of calculations of 232 Th, 40 K, and 226 Ra from analysis of Th, K, and U, the doses calculated were between 0.11 and 0.34 mSv/year, which are much lower than the acceptable international exposure standard of 1.0 mSv/year.Item The effect of thermal treatment on the 57Fe Mössbauer spectrum of beryl.(2006) Costa, Geraldo Magela da; Polli, Gabriel de Oliveira; Kahwage, Márcio A.; Grave, Eddy De; Sabioni, Antônio Claret Soares; Mendes, Julio CesarMo¨ssbauer spectra (MS) of blue, green and yellow beryl (ideally Be3Al2Si6O18) containing approximately 1% of iron were obtained at 295 and 500 K. Room temperature (RT) spectra of both blue and green samples showed the presence of an asymmetric Fe2+ doublet (DEQ 2.7 mm/s, d 1.1 mm/s), with a very broad low-velocity peak. There is no clear evidence for the presence of a ferric component. The MS of the yellow sample at RT consists of an intense central absorption with parameters typical for Fe3+ (DEQ 0.4 mm/s, d 0.29 mm/s), plus an apparently symmetrical Fe2+ doublet. This sample acquires a lightblue shade upon heating in air at about 620 K. Thermal treatments at high temperatures caused no significant changes in the MS, but the green and yellow beryl acquire a blue colour. All these results are interpreted in relation to the existence of channel water and the distribution of iron among the available crystallographic sites.