Navegando por Autor "Costrino, Artur"
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Item Agripina, Cleópatra e Messalina : estratégias retórico-poéticas na representação de mulheres em posições de poder.(2024) Cobra, Bianca da Silva; Agnolon, Alexandre; Agnolon, Alexandre; Costrino, Artur; Azevedo, Sarah Fernandes Lino deO objetivo da presente pesquisa é estudar e analisar os retratos e representações de algumas mulheres em posições de poder (ou de soberania) na Antiguidade, sobretudo durante a época do Principado, sendo elas, em específico: Cleópatra (69 a.C. – 30 a.C.), Júlia Agripina Menor, conhecida como Agripina Menor (15 d.C. – 59 d.C.), e Valéria Messalina (17/20 d. C. – 48 d. C.). Optamos por essas figuras femininas históricas, não só por sua ampla presença em textos poéticos e históricos, mas pelo que elas representavam para o sistema patriarcal romano, como insígnia e símbolo. Trata-se, pois, de um esforço em tentar nos desfazer dos discursos tendenciosos construídos a respeito delas, pelo menos no que tange sua hiper sexualização e vilificação por atitudes que não eram de forma alguma incomum ou estranhas para aqueles envolvidos em disputas por poder. Para esse fim, recorremos aos preceitos poéticos e aos tratados de retórica, que, por sua natureza interdisciplinar e flexível, foram utilizados para as representações dessas mulheres, seja no âmbito histórico ou poético. Com base no estudo e análise desses tratados, e no estabelecimento de certos modelos de conduta (estereótipos) previsto pelos preceitos poéticos, acreditamos que poderemos entender como esses retratos foram intencionalmente construídos de forma vituperiosa, não somente por questões políticas ou sociais, mas também por um segmento muito mais formal, inserido na própria educação discursiva desses estudiosos.Item Alcuíno.(Editora Tempestiva, 2020) Costrino, ArturItem Castidade, poesia e declamação : comentários ao excerto 6,8 das controvérsias de Sêneca, o velho.(2021) Costrino, Artur; Viana, Letícia Maria QuintellaNeste trabalho, analisaremos o excerto de controvérsia 6.8 de Sêneca, o velho. O texto se trata de um julgamento fictício que tem como ré uma Virgem Vestal, que está sendo acusada de incastidade por ter elaborado um verso enaltecendo as núpcias. Ao longo do estudo, buscaremos entender como as partes, isto é, acusação e defesa, constroem o caráter da Vestal, a fim de atingirem seus objetivos de depreciá-la e defendê-la, respectivamente. Para tanto, traduziremos o texto filologicamente estabelecido por Kiessling (1872) e nos serviremos do aporte teórico de Oldenkotte (2014), Beard (2017), Aristóteles e outros, para que entendamos com maior clareza quem foram as Vestais e o que é o gênero de texto das controvérsias.Item Da elegia erótica romana à lírica romântica : a tradução parafrástica dos Amores, de Ovídio, por António Feliciano de Castilho (1858).(2019) Duarte, Giovani Silveira; Agnolon, Alexandre; Vieira, Brunno Vinicius Gonçalves; Costrino, Artur; Agnolon, AlexandreEsta pesquisa tem como objetivo analisar, a partir do cotejo de concepções clássicas e modernas acerca dos gêneros lírica e a elegia, de que modo a tradução parafrástica da obra Amores, de Ovídio, elaborada por António Feliciano de Castilho em 1858, privilegia a língua de chegada, o Português, e despreza os critérios tradicionais que pautavam, na Antiguidade, o gênero elegíaco, visto que o tradutor lança mão de variações diversas referentes sobretudo à métrica ao longo da obra, chegando a inclusive inserir versos que não estavam na versão latina. O trabalho não se pretende meramente comparativo, ou seja, a simplesmente cotejar ingenuamente o original e o seu correspondente em língua vernácula, com vistas a demonstrar as diferenças entre um texto e outro, mas, sim, quer sob a luz dos critérios tradutológicos explicitados no prefácio da obra pelo erudito português, quer mediante noções antigas e modernas desses gêneros poéticos, perceber a relação agonística e emulativa travada entre o poema ovidiano e a nova fatura portuguesa.Item Diálogo do príncipe e nobilíssimo jovem pepino com o professor albino.(2021) Costrino, ArturApresento aqui nova tradução completa e anotada em português do texto Disputatio regalis et nobilissimi iuvenis Pippini cum Albino scholastico. Esse importante texto de caráter didático é composto quase que inteiramente a partir de outros textos anteriores que circulavam nos domínios carolíngios e evidencia o processo de composição de Alcuíno de Iorque, baseado, senão na emulação, certamente na prática da coleção e mistura de exemplos passados. A tradução acompanha breve introdução e notas que explicitam as respostas dos enigmas mais difíceis.Item Disputatio de Rhetorica et Virtutibus de Alcuíno de York : críticas às recepções modernas e hipótese sobre a organização dos dois assuntos do diálogo.(2020) Costrino, ArturO diálogo de Alcuíno, De rhetorica, teve muito sucesso na Idade Média, particularmente no século IX, tendo sido copiado várias vezes e circulado em vários lugares diferentes. Entretanto, apesar desse diálogo ter experimentado uma circulação substancial imediatamente após sua composição, os comentários sobre ele, escritos por estudiosos modernos, não refletem sua popularidade medieval. Neste artigo, farei um resumo das opiniões de estudiosos prévios a respeito de Disputatio de rhetorica de Alcuíno. Meu objetivo é compreender e demonstrar como estudiosos anteriores entendiam (ou não) a dualidade do diálogo, em outras palavras, como a seção sobre retórica e a seção sobre virtudes, ao final do texto, são capazes de coexistir em harmonia. Posteriormente, explorarei a questão que a maior parte dos estudiosos prévios ignoraram completamente: como o uso de Caio Júlio Victor por Alcuíno é mais importante para a compreensão da suposta dualidade textual do que previamente pensado. Assim, concluirei com a minha hipótese do porquê Alcuíno aborda a questão das virtudes cardeais ao final do diálogo, já desconecta da discussão sobre a invenção retórica, encontrada no De inuentione de Cícero.Item Erotodidática e entrelaçamento genérico na construção do magister amoris em Ovídio : Arte de Amar, Remédios do Amor e Cosméticos para o Rosto da Mulher.(2019) Gonçalves, Marice Aparecida; Agnolon, Alexandre; Costrino, Artur; Trevisam, Matheus; Agnolon, AlexandreO trabalho que ora se apresenta visa discutir a construção poética da persona elegíaca ovidiana que se apresenta como magister amoris nas três obras didáticas do vate: Arte de Amar, Remédios do Amor e Cosméticos para o Rosto da Mulher. Para tal, serão discutidos os caminhos retóricos e poéticos basilares para a formação do caráter da fala elegíaca. Nosso estudo será embasado em três alicerces, a formação erotodidática do magister; o caráter didático da poesia amorosa ovidiana e, por fim, a construção retórico-poética de sua persona.Item Espelhos de príncipe : reflexos da virtude.(2022) Alves, Lucas Benevenuto Mitraud Vieira; Costrino, Artur; Costrino, Artur; Agnolon, Alexandre; Hansen, João AdolfoEsta pesquisa busca deslindar os aspectos que marcam a composição de textos pertencentes ao que identificamos como o gênero de espelhos de príncipe, pautado pela abordagem de noções que sirvam de instrução para aspirantes a posições de soberania. Este estudo parte da análise de três exemplares desse gênero: Sobre a Clemência, de Lucio Aneu Sêneca, Sobre os Governantes Cristãos, de Sedúlio Escoto, e O Príncipe, de Maquiavel, textos que serão cotejados com outras composições que tratam propositivamente de assuntos políticos, como A República, de Platão, e a Política, de Aristóteles. A investigação dos temas que fazem parte da elaboração dos espelhos se pautará sobretudo pelo conceito amplo de “virtude”, sendo esse um termo que, conquanto norteie a confecção dos escritos estudados, tem, em cada um, especificidades concernentes às preocupações que permeiam a escrita dos autores, tendo cada um deles um capítulo dedicado a seu espelho. Ao fim da pesquisa, a discussão partirá para uma comparação geral entre o que estabelecemos como as bases do gênero especular, sendo observadas e cotejadas as peculiaridades de cada um dos espelhos, a saber, um tom eminentemente moral presente no tratado de Sêneca, uma base sobremaneira religiosa pautada pela tradição cristã na obra de Sedúlio, e um mote de finalidade e utilidade que marca o discurso do texto de Maquiavel.Item Estoicismo no drama? Usos de preceitos estoicos nas peças de Sêneca.(2020) Alves, Lucas Benevenuto Mitraud Vieira; Costrino, ArturÉ quase consenso, entre os estudiosos de Lúcio Aneu Sêneca, que as tragédias desse filósofo apresentam figurações de matizes da doutrina estoica. Contudo, poucos são os estudos que de fato se detêm em uma análise aprofundada a respeito de como seriam os aspectos filosóficos transpostos para o verso dramático. Em vista disso, busca-se, no presente artigo, traçar uma linha interpretativa que permita com que se tenha uma noção mais precisa de como se dariam, porventura, transposições desse tipo. Para tanto, foi desenvolvido um argumento com fim de identificar, no Agamêmnon senequiano, exemplos que indiquem, de forma sistematizada, a transparência de um tema caro ao estoicismo: a disputa entre razão e paixões humanas, discutida por Sêneca sobretudo em seu tratado Sobre a Ira. Mediante a leitura atenta desse tratado e do drama acima referido, como também de outras três tragédias senequianas e de mais alguns tratados filosóficos, aliada à análise do corpus epistolográfico do estoico, foi possível constatar como a criação trágica de Sêneca aparenta, de fato, ter sido pensada com vista à disseminação de motivos estoicos, uma vez que diversas passagens dos dramas corroboram essa interpretação. Este artigo, então, atua como passo inicial para que a discussão em torno dessa hipótese se torne mais prolífica, de modo a permitir que cada vez mais se torne palpável a possibilidade de se tomar as tragédias senequianas como meio eficaz de ensino de filosofia.Item Estudo comparativo das abreviaturas em documentos politestemunhais do testamento do rei D. Pedro II, de Portugal.(2019) Oliveira, Christiane Benones de; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Costrino, Artur; Duchowny, Alexia Teles Guimarães; Agnolon, Alexandre; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Costrino, ArturConforme se sabe, documentos manuscritos no passado recuperados pelo trabalho filológico são indispensáveis à análise de ocorrências (ou não ocorrências) de mudanças linguísticas de longa duração. Logo, este trabalho tem o objetivo de sistematizar, analisar e comparar as abreviaturas presentes nos testemunhos do testamento do rei Dom Pedro II, escrito em 1704 pelas mãos de seu amigo e confessor padre Sebastião de Magalhães, e posteriormente transcrito nas datas de 1726, 1746 e 1967. O sistema abreviativo, bem como outros fenômenos linguísticos, sofre mudanças ao longo do tempo e, para compreendê-los, é necessário o estudo exaustivo das fontes documentais em que estão inseridos. Para atingir os resultados almejados, a metodologia aplicada baseou-se no estudo comparativo. Buscamos, por meio dessas análises, abarcar os caminhos filológicos e paleográficos percorridos por esses documentos ao longo das suas transmissões com a intenção de vislumbrar as normas e escolhas dos copistas realizadas para o emprego do sistema abreviativo ao longo da decorrência das publicações dos testemunhos. Concluímos que, possivelmente, até a edição do testemunho do ano de 1746, o uso de abreviaturas em documentos oficiais portugueses era feito conforme o estilo de escrita e a formação intelectual do copista, não havendo, ainda, normas que regiam tais escolhas. Contudo, a edição do documento de 1967, conforme explicado ao longo da dissertação, foi realizada a partir de normas que ditavam o desdobramento das palavras abreviadas.Item Flâneur dostoievskiano : errância e anonimato na capital russa do século XIX.(2021) Estevam, Júlio César Paula; Costrino, Artur; Costrino, Artur; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Cury, Maria Zilda FerreiraPaladino de uma complexa forma de subjetividade que é produto de uma atmosfera demasiado psicológica que o insulariza em relação aos demais habitantes das cidades, o flâneur é, segundo a pesquisa de caráter bibliográfico à qual se dedica esta dissertação, uma importante chave de leitura dos processos de modernização dos centros urbanos europeus e de seus desdobramentos. Tendo isso em vista, o objetivo primeiro desta pesquisa se concentra na análise dos fenômenos sociais que estão na base do anonimato e do prazer, dos quais dispõe o flâneur, de ver sem ser visto num cenário urbano autofágico e em constante transformação. Posteriormente, arrazoados tais fenômenos sociais às produções literárias oitocentistas, a pesquisa debruçar-se-á sobre o estudo do herói dostoievskiano, em geral, e do flâneur, singular instrumento literário de orientação e mapeamento da sociedade russa moderna, em particular. Por fim, mobiliza-se essas reflexões em direção àquela que seria a singularidade do flâneur doistoievskiano – o mais capacitado para encerrar, em si próprio, os conflitos, contradições, perspectivas e possibilidades de um período tão peculiar que se incorporou à sua compleição por meio de uma nova e inquietante relação com a cidade, que remete à miséria pessoal, ao anonimato, à compaixão, à prostituição sexual, da arte e da própria alma.Item A História dos Godos escrita por Jordanes : estudo e tradução.(2019) Sartin, Gustavo Henrique Soares de Souza; Joly, Fábio Duarte; Joly, Fábio Duarte; Faversani, Fábio; Agnolon, Alexandre; Pinto, Otávio Luiz Vieira; Boy, Renato Viana; Costrino, ArturA história dos godos de Jordanes, ou Getica, é a mais antiga das histórias restantes de um povo “bárbaro” pós-romano, mas o seu autor alega que ela seria um resumo da história gótica escrita por Cassiodoro, que não atravessou a Idade Média. A obra original foi supostamente escrita na Italia durante a década de 520 ou início da seguinte, quando Cassiodoro residia na corte dos reis ostrogodos, mas a de Jordanes foi escrita por volta de 550, em Constantinopolis. Nosso trabalho consiste em uma análise crítica da Getica, acompanhada da sua tradução para o Português, realizada com o auxílio da Linguística Sistêmico-Funcional. Os principais elementos da nossa análise são: (1) A narrativa de Jordanes acerca da ascensão gótica reflete mudanças de longo-termo na estrutura militar do Império Romano; (2) os godos são enaltecidos através de um dispositivo retórico que criou uma oposição entre “bons” e “maus” bárbaros; (3) Jordanes tinha um conhecimento limitado dos eventos que ocorreram após o ponto final da obra de Cassiodoro.Item A peste nos mitos gregos : castigo divino e ação humana.(Editora UFPel, 2021) Costrino, ArturItem Reverberações dos procedimentos formais de Luciano de Samósata nos contos de Machado de Assis.(2020) Pereira, Geordane Crepalde; Costrino, ArturNeste artigo, desejamos averiguar como Machado de Assis aproveitou os procedimentos formais de composição poética de Luciano de Samósata, autor da Antiguidade Clássica que deu continuidade à sátira menipeia. Embora a relação entre os dois autores seja de certa forma muito estudada e explorada pelos críticos, encontramos normalmente pesquisas que comparam apenas os romances de Machado de Assis com as obras de Luciano. Dessa forma, nosso intuito é constatar que é também possível notar em vários contos de Machado a aplicação do modo da sátira luciânica e que, pelo fato de suas obras serem fonte de estudo de diversas vertentes da literatura (além de outras áreas do conhecimento), pode-se também analisá-las por esse viés formal referente à sátira menipeia e a Luciano de Samósata. Desse modo, primeiramente, buscamos analisar as obras de Luciano em que ele discute sobre seu processo de construção poética, a fim de encontrarmos elementos formais de narrativa contumazes em suas obras. Em seguida, analisamos os textos Conto Alexandrino, A igreja do Diabo, Lágrimas de Xerxes e Entre Santos, de Machado de Assis, para identificar as semelhanças entre os dois autores em relação aos seus procedimentos composicionais.Item Vestis nuptialis : alegoria de uma espiritualidade.(2024) Retori, Carlo Eduardo Sousa; Costrino, Artur; Costrino, Artur; Agnolon, Alexandre; Castanho, Gabriel Carvalho de GodoyVestis nuptialis é uma obra creditada a Petrus Pincharius, religioso Crúzio nascido em Caen no século XIII. É uma obra que passou pela história quase desconhecida, cuja autoria é ainda mais desconhecida, atribuída a um membro de uma comunidade sobre a qual poucos tomaram ciência. O que apresentamos aqui é uma busca de entender estes fatores: as condições que moldaram essa obra de espiritualidade e a deram à luz; a história da Ordem que a gerou; e seu autor. A versão estudada, única disponível hoje, foi editada por Neerius, confrade de Pincharius, no século XVII. Sobre este sabe-se ainda menos do que sobre o autor de Vestis nuptialis. Buscou-se encontrar as referências e os modelos adotados na escritura desta obra para se localizarem, assim, os primeiros diálogos estabelecidos com textos coetâneos e anteriores. A partir dessa localização histórica da obra buscaremos estabelecer sua posição no universo das elaborações textuais, marcadamente aquelas de cunho alegórico, estabelecendo como as alegorias foram criadas a fim de prover os Irmãos da Santa Cruz da Ordem de Santo Agostinho com um manual formativo em espiritualidade.