Navegando por Autor "Bignotto, Cilza Carla"
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Item Adoráveis Cadafalsos : memória e narrativa em Nove noites de Bernardo Carvalho.(2017) Benevenutto, Luiz Fernando Etelvino; Bignotto, Cilza Carla; Bignotto, Cilza Carla; Guimarães, Raquel Beatriz Junqueira; Agnolon, AlexandreEsta dissertação tem como objetivo analisar o romance Nove Noites de Bernardo Carvalho. Baseado em fatos reais, Nove Noites conta a história de um antropólogo americano que se matou na década de 1930 no Brasil, enquanto pesquisava os índios Krahô do alto Xingu. Um jornalista tenta, sessenta e dois anos depois, descobrir o que levou Buell Quain a se matar. Em contrapartida, há a narração de Manoel Perna, confidente do antropólogo, que guardou consigo durante anos o peso do segredo a respeito do suicídio de Quain. Partindo do enredo do livro, pretende-se analisar a relação estabelecida entre memória e narrativa, à medida que as narrativas são rememorações sobre o passado de Quain, interseccionadas à memória dos próprios narradores. Será feita análise dos modos composicionais da obra, com o objetivo de apreender a forma da qual a memória é representada. Por intermédio da investigação do panorama, a denominada ficção contemporânea, que delimita as condições de produção de Nove Noites, é possível entrever a escolha temática e as características gerais das técnicas empregadas na narrativa, para então ser realizado um estudo das singularidades de Nove Notes enquanto gênero, o romance, e narrativa. Através de uma profusa intertextualidade, o sexto romance de Bernardo Carvalho problematiza os limites que separam a realidade da ficção. Com isso, procura-se verificar como a própria trama encara as relações entre os discursos que praticam a verdade e o discurso ficcional, percebidos como representação da memória e da imaginação.Item Como os que invocam espíritos invoco : memória, luto e representação em Marcel Proust e William Wordsworth.(2016) Paula, Thiago Andrade de; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Souza, Nabil Araújo de; Bignotto, Cilza CarlaEste trabalho tem por objetivo analisar comparativamente as obras do poeta britânico William Wordsworth Wordsworth (1770-1850) e do escritor francês Marcel Proust (1871-1922) no que concerne à maneira como eles representam tanto o funcionamento da memória quanto o do luto. Para fazê-lo, será necessário considerar as condições que permitiram emergir, no séc. XVIII, novas concepções tanto em relação ao modo de representação literária quanto em relação ao modo de entender-se o funcionamento da memória, que passa a levar em conta o papel das afecções e do esquecimento em sua constituição, algo que tinha um papel periférico até então. Desse modo, será necessário reconstruir a discussão por meio de autores que se debruçaram sobre o tema e dramatizaram essas passagens: em relação à mudança de concepção que se tem de memória, serão apresentadas as discussões de autores como Aleida Assmann e Paul Ricoeur; em relação à mudança de paradigmas na representação literária, serão apresentados os trabalhos teóricos como M.H. Abrams e Jacques Rancière, que abordam o tema com bastante clareza. A partir do momento que essas variáveis são consideradas, poderá ser notado que as imagens representadas por meio da memória adquirem um caráter instável, de modo que podem ser modificadas a cada vez que são reiteradas. Após serem delineadas essas condições de possibilidade, bem como o contexto histórico em que se apresentam - qual seja, o da Revolução Francesa e da emergência da Modernidade, que inauguram novas concepções de indivíduo e de funcionamento da mente - serão abordados alguns poemas de Wordsworth e algumas passagens da Recherche, em que o luto é figurado. Poderá ser percebido que a nova concepção de memória como algo instável por excelência tem um papel importante na maneira de se representar pessoas que já faleceram, pois elas continuam existindo de alguma forma por meio da escrita literária, criando-se uma tensão entre a sua ausência física e sua presença por meio da ficção.Item Contornando a eternidade : Murilo Mendes, da poética essencialista à poesia pós-utópica.(2016) Stringuetti Filho, Luiz Martinho; Bignotto, Cilza Carla; Amorim, Bernardo Nascimento de; Machado, Carlos Eduardo Lima; Amorim, Bernardo Nascimento de; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Bignotto, Cilza CarlaNo enfoque da multiplicidade de soluções estéticas encontradas na heterogênea trajetória poética de Murilo Mendes, o presente trabalho de pesquisa busca abordar a reflexão sobre o tempo e a intertextualidade como fatores temático-composicionais de continuidade em sua obra. Neste intuito, nossa reflexão parte de uma análise comparativa de determinada poesia de caráter religioso do autor, aqui focada na obra Sonetos brancos (1946-1948) e sua poética ulterior, de matiz culturalista e traços construtivistas, abordada por uma leitura sumária de Convergência (1970).Item "Fixar a vida da ilustre cidade" : a representação da memória em Mariana, romance de Augusto de Lima Júnior.(2021) Gonçalves, Tatiana Mol; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Bignotto, Cilza Carla; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Perpétua, Elzira Divina; Martins, Milena RibeiroO romance Mariana (1932) apresenta em seu enredo um momento singular da memória e da história da cidade mineira que dá título ao livro. Seu autor é Augusto de Lima Júnior, escritor que desenvolveu uma considerável produção intelectual sobre Minas Gerais no decorrer do século XX. Sua obra literária, contudo, que muito versa sobre algumas memórias e paisagens mineiras, é atualmente pouco conhecida e carece de estudos. Esta pesquisa que ora se apresenta tem por objetivo compreender a representação da memória elaborada por Lima Júnior nas páginas do romance Mariana e analisar as estratégias discursivas utilizadas na composição da referida obra, a fim de contribuir para a história da literatura brasileira, sobretudo a que ficou marginalizada, fora do cânone. Para isso, buscamos o conceito de “lugares de memória”, do historiador francês Pierre Nora e, nesse sentido, compreendemos que a fixação da vida da cidade num singular instante, à qual se refere Lima Júnior no prefácio da obra, parece ter sido contemplada pela vontade de criar uma cristalização da memória coletiva por meio da escrita literária, antes que ela se perdesse no contexto de transformações vivenciadas pela comunidade em questão, o que leva o romance a funcionar como um “lugar de memória”: um espaço material e simbólico que guarda uma memória pertencente a uma coletividade.Item Para além dos contos de fadas : oralidade e aclimatação em Contos da Carochinha.(2020) Silva, Natasha Castro; Bignotto, Cilza Carla; Bignotto, Cilza Carla; Agnolon, Alexandre; Raffaini, Patricia TavaresO livro Contos da Carochinha, de Alberto Figueiredo Pimentel, lançado em 1894 pela Livraria Quaresma, ficou conhecido como uma das obras precursoras para o público infantil no Brasil. As narrativas presentes nessa obra contêm várias histórias extraídas de livros europeus, como as histórias compiladas pelos irmãos Grimm e por Charles Perrault, mas que são adaptadas ao contexto brasileiro. Com 53 narrativas curtas, escritas em linguagem próxima à dos registros orais, a obra agradou gerações de leitores brasileiros, tornando-se modelo não apenas de coletânea de estórias maravilhosas publicadas no suporte livro, mas também de livro para crianças. Assim, o objetivo do presente estudo é analisar os traços da oralidade, observando como recursos na escrita recuperam a tradição oral na versão brasileira. Além disso, buscamos observar como o autor, por meio de elementos típicos brasileiros e de seu repertório cultural, deu uma nova identidade às histórias, ainda que tenha mantido as estruturas das narrativas provindas, sobretudo, da Europa. Dessa forma, acredita-se que Pimentel, ao ter inserido elementos orais e brasileiros, renovou os contos de fadas e configurou uma memória própria da obra, quando recontada no ambiente brasileiro.Item Reescrevendo a narrativa : racismo em livros infantis da época de Monteiro Lobato.(2021) Bignotto, Cilza CarlaOs debates sobre a representação estereotipada e racista na literatura infanto-juvenil de Monteiro Lobato apontam uma questão central nos estudos literários: como ler obras em diferentes contextos históricos, sociais e culturais e cujos padrões morais e éticos podem entrar radicalmente em conflito com os nossos? Este artigo propõe investigar o contexto literário em torno da obra infantil de Lobato por meio da análise de obras de literatura infantojuvenil que circularam no Brasil entre o fim do século XIX e o começo do século XX. O estudo permite compreender o repertório com o qual as obras de Lobato dialogavam e, ao comparar representações de personagens negros, oferece nova perspectiva para o entendimento da literatura infantil de Monteiro Lobato.Item Reflexões éticas sugeridas por representações de fantasmas na literatura brasileira.(2017) Bignotto, Cilza CarlaA representação de fantasmas na ficção brasileira costuma se vincular à transmissão de valores morais ou ao seu questionamento ético. Este artigo analisa figuras de fantasmas presentes em obras literárias de José Justiniano Rocha, Bernardo Guimarães, Monteiro Lobato, Ronaldo Correia de Brito e Marcelo Ferroni. O objetivo principal é identificar as mudanças no modo de representar fantasmas e seus discursos em narrativas literárias, apresentando algumas hipóteses que vinculam essas mudanças a diferentes reflexões éticas sobre códigos morais existentes na sociedade brasileira.Item Sobre Marias, seus venenos e surrupios : as representações da criminalidade feminina na literatura de crime no Rio de Janeiro (1880 a 1910).(2018) Lima, Amanda Ribeiro Mafra; Queler, Jefferson José; Queler, Jefferson José; Bignotto, Cilza Carla; Guimarães, Valéria dos SantosEsta dissertação aborda as representações da criminalidade feminina presentes em ficções populares que circulavam na sociedade carioca entre 1880 e 1910. O objetivo principal é compreender como diferentes obras literárias construíram as imagens da criminosa, de sua atuação em delitos, e das formas de controle social que recaíam sobre ela. Para isso, foram analisadas seis narrativas distintas, buscando-se identificar em que medida elas dialogavam com discursos religiosos, médicos e jurídicos sobre a condição feminina e a criminalidade. A pesquisa aponta para a existência de ideias em comum entre as ficções e os discursos especializados, como a percepção da criminosa como desviante do modelo burguês de conduta. Ao mesmo tempo, a investigação revela a complexidade das representações literárias e os diferentes sentidos que expressam, por vezes moralizantes ou “sensacionais”.