PPGHis - Programa de Pós-graduação em História
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Navegando PPGHis - Programa de Pós-graduação em História por Autor "Almeida, Carla Maria Carvalho de"
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Item O caminho das pedras : o contrato de diamantes de Felisberto Caldeira Brant (1749-1752) e a crise de 1753.(2018) Silva, Camila Pelinsari; Carrara, Ângelo Alves; Carrara, Ângelo Alves; Andrade, Francisco Eduardo de; Almeida, Carla Maria Carvalho de; Araújo, Luiz Antônio Silva; Roberto, Alexandra MariaEsta tese pretende elucidar de que forma o terceiro contratos de diamantes (1749-1753), comandado por Felisberto Caldeira Brant, tomou parte na configuração de uma crise generalizada do negócio dos diamantes em 1753 e que levou, através de medidas arquitetadas pelo secretário de Estado Sebastião José de Carvalho e Melo, à reestruturação dos contratos de diamantes e do acesso ao mesmo a grupos controlados pelo ministro. Para tanto, é nosso objetivo empreender o estudo de diversas peculiaridades dos contratos de diamantes, nomeadamente sua legislação e funcionamento. Além disso, buscamos investigar as características de Felisberto Caldeira Brant, de que maneira este indivíduo chegou ao contrato e como ele o conduziu. Conforme iremos demonstrar, as relações de Caldeira Brant com representantes do poder real foram definidoras na história de seu contrato, em que se destaca o conflito com o intendente Sancho de Andrade Castro e Lanções. Após uma contenda que trouxe à tona irregularidades cometidas na gestão de seu contrato, Felisberto conheceu sua derrocada final a partir de 1753, quando uma crise no negócio dos diamantes, em parte provocada pelos seus crimes, teve início. Felisberto foi levado preso a Lisboa em 1754, mas ainda em 1753 uma grande reestruturação dos contratos de diamantes começou a tomar forma pelas mãos de Sebastião José de Carvalho e Melo. Também se insere entre nossos objetivos compreender a natureza dessa reestruturação e de que forma ela se circunscreve na senda de outras atitudes tomadas pelo futuro marquês nesta época.Item Processos de nobilitação e o modo de viver à lei da nobreza de uma família mineira : Vila Rica - 1736-1820.(2020) Jardim, Ana Cristina Magalhães; Gonçalves, Andréa Lisly; Gonçalves, Andréa Lisly; Antunes, Álvaro de Araújo; Almeida, Carla Maria Carvalho de; Kantor, Íris; Furtado, Júnia FerreiraA presente tese buscou analisar a trajetória nobilitante de Bernardo da Silva Ferrão (1688-1764), e teve, como principais fontes, seu Processo de Habilitação à Ordem de Cristo (Mesa de Consciência e Ordens, de 1723 a 1729) e de Familiar do Santo Ofício (Tribunal da Santa Inquisição de Lisboa, de 1736 a 1743). A pesquisa teve por objetivo mais amplo compreender como um sujeito histórico, como Bernardo da Silva Ferrão, ascendeu na sociedade corporativa e estamental do Antigo Regime. Natural do reino, filho e neto de oficiais mecânicos, prestou “valorosos” serviços ao monarca no Alentejo, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, em Montevidéu e, por fim, em Minas Gerais, onde fixou residência com sua família, o que permite compreender o sentido do que a historiografia vem denominando como Monarquia Pluricontinental. As demais fontes disponíveis, dentre as quais estão petições da administração ultramarina portuguesa, embargos e testamentos, levaram ao estudo do chamado “modo de viver à lei da nobreza” na Vila Rica do século XVIII, com todas as peculiaridades da América portuguesa. Por fim, analisou-se as redes clientelares traçadas por Bernardo da Silva Ferrão, por sua esposa, Francisca de Seixas da Fonseca, seus filhos, com as carreiras que desenvolveram no reino ou na colônia, os casamentos de suas filhas e a trajetória de alguns netos, como José Carlos Mairink da Silva Ferrão, que se envolveu na Revolução Pernambucana de 1817, ou Maria Doroteia Joaquina de Seixas, conhecida como “Marília de Dirceu”.Item Uma prosopografia do quarteirão do Mosquito : famílias, fazendas e a economia agropastoril das Minas Gerais (séculos XVIII e XIX).(2021) Pinto, Fábio Carlos Vieira; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Almeida, Carla Maria Carvalho de; Malaquias, Carlos de Oliveira; Graça Filho, Afonso de Alencastro; Andrade, Francisco Eduardo deO presente trabalho apresenta a construção de uma prosopografia de uma área rural mineira ao longo dos séculos XVIII e XIX, o quarteirão do Mosquito. Território surgido aproximadamente na década de 1730, esteve sempre ligado às atividades agropastoris, com mineração apenas residual, embora tenha se originado em meio às regiões auríferas dos arraiais de Prados e Lagoa Dourada e das vilas del Rei, São João e São José. O estudo apresenta a fluidez espacial de configuração do quarteirão do Mosquito, sempre incluso nos termos de São José del-Rei. As estratégias de organização econômica empreendidas por uma parentela que configura uma rede de sociabilidade ao longo dos dois séculos são apresentadas. Discute-se a ocupação das terras, desde o processo de doação de sesmarias até a conformação de um conjunto de fazendas sob o domínio de um grupo de parentes, com amplo uso do artifício da herança. Apresenta-se a teia de casamentos engendrada pela e na parentela, observando-se momentos de endogamia e de exogamia. Uma primeira fase de casamentos une os Faria, oriundos de Portugal, aos Gonçalves de Melo, aos Góes e Lara, aos Furtado de Mendonça, aos Parreiras e aos Valadão. Esta rede se fortalece nas duas primeiras décadas do século XIX e organiza-se em casamentos intraparentela até meados do século, quando novos elementos são acionados para compor a rede: os Resende e os Chaves. Aponta-se esta inclusão de novos elementos à rede, especialmente devido às mudanças no mercado de terras, com maior mercantilização e o surgimento de um personagem exógeno à parentela, João Gaudêncio de Jesus, com estratégias mais mercantis, de concentração de terras, via compra das mesmas. A ocupação das fazendas dá-se com atividades agropecuárias voltadas aos mercados interno mineiro e à Corte, com os derivados dos engenhos de cana e outros produtos agrícolas consumidos no âmbito local e a pecuária diversa tendo maior expressão na exportação. A parentela porta-se como elite local e utiliza-se dos meios de ocupação do poder para a manutenção deste status. Os membros da parentela ocupam espaços de poder na Igreja, com muitos padres exercendo o sacerdócio, além de vários parentes galgarem os postos administrativos e miliares, fazendo-se presentes na Câmara de São José, nas Ordenanças e na Guarda Nacional. O compadrio é mais um elemento da estratégia da parentela para demonstrar seu poderio localmente, ampliando sua rede no parentesco ritual.Item Sociabilidade e relações econômicas de mulheres forras na vila de Pitangui : (1750-1820).(2017) Miranda, Ana Caroline Carvalho; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Andrade, Francisco Eduardo de; Almeida, Carla Maria Carvalho deA presente dissertação teve como objetivo central investigar as redes sociais e econômicas tecidas pelas mulheres alforriadas da vila de Pitangui, no período de 1750 a 1820. Para tanto, utilizamos inventários post mortem, testamentos e ações cíveis como fontes primárias em nossa pesquisa, no intuito de compreender os espaços de atuação destas mulheres no ceio da localidade em questão. Mostraremos que elas mantiveram relações com pessoas de diferentes segmentos sociais a partir dos ofícios desempenhados no ambiente urbano, no contato com a vizinhança, nas irmandades leigas e quando acessaram a justiça para resolver algum conflito. Através da análise qualitativa e quantitativa, fomos capazes de reconhecer, igualmente, o universo material vivenciado pelas libertas, como a composição da casa, da família, do vestuário, da religiosidade, dos cativos em posse, do pecúlio e outros. Compreendemos que, tanto o acesso aos bens materiais quanto à justiça, através das demandas judiciais, refletem o processo de inserção social da população feminina egressa do cativeiro, importante forma de legitimação o status social alcançado e distanciamento da escravidão.