PPCBIOL - Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas
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Navegando PPCBIOL - Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas por Autor "Abreu, Aline Rezende Ribeiro de"
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Item Avaliação da vulnerabilidade às respostas do tipo pânico em ratos com obesidade induzida por dieta hiperlipídica.(2016) Abreu, Aline Rezende Ribeiro de; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de; Shekhar, Anantha; Chianca Júnior, Deoclécio Alves; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de; Oliveira, Lisandra Brandino de; Zangrossi Júnior, Hélio; Fontes, Marco Antônio Peliky; Moreira, Fabrício de AraújoEstudos anteriores de nosso laboratório demonstraram que a obesidade, induzida por uma dieta hiperlipídica, potencializa a resposta cardiovascular produzida pelo estresse de jato de ar em ratos. Esta resposta aumentada é devido a uma redução da inibição mediada por GABA no DMH, já que a ativação de receptores de GABAA foi menos eficaz na redução das respostas fisiológicas provocadas pelo estresse de ar em ratos obesos. Além disso, há evidências que indicam uma associação entre essa redução crônica da função GABA no DMH e desenvolvimento de desordens de ansiedade, como o transtorno do pânico. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a vulnerabilidade às respostas do tipo pânico em ratos com obesidade induzida por dieta hiperlipídica. Ratos Wistar (100 ± 10 g) foram alimentados com uma dieta de controle – DC, ou uma dieta hiperlipídica - DH (45 %) durante 9 semanas. Em um primeiro momento, um grupo de animais foi anestesiado (cetamina/xilazina) e submetidos a implante unilateral de cânula guia no DMH para posterior microinjeção de agonistas de receptor glutamatérgico (NMDA e não NMDA: AMPA). Observamos que tanto a microinjeção de NMDA quanto de AMPA no DMH dos ratos controles e obesos provocaram aumentos de PAM e FC. Interessantemente, a microinjeção de NMDA gerou uma resposta taquicárdica de curta duração e a microinjeção de AMPA produziu uma resposta pressórica exacerbada nos animais obesos em relação aos controles. Com o intuito de avaliar o efeito da infusao de lactato em animais com obesidade induzida por dieta hiperlipídica, seja alojado individualmente ou coletivamente, outro grupo de animais foi anestesiado (isoflurano) e submetidos a implante de cateter na artéria e veia femoral para aquisiçāo dos parâmetros cardiovasculares (PAM e FC), e infusões de soluções, respectivamente. Após período de recuperação, os ratos foram submetidos a dois testes diferentes, e de modo aleatório, em que recebiam infusões de solução salina 0,9% e 0,5 M de lactato de sódio-NaLac (10 ml/kg ao longo de 15 min). As respostas máximas para lactato (PAM e FC) relatadas são as diferenças entre as alterações induzidas pelas infusões de lactato e salina. Os resultados demonstraram que apesar da infusão de NaLac não alterar a PAM, nem nos grupos obesos coletivos tampouco nos individuais, induziu um aumento significativo da FC em ambos os grupos obesos (coletivo e individual), e ao final do período de recuperação essas alterações taquicardias anteriormente observadas em animais individuais obesos, foram mantidas. Em um terceiro momento, um outro grupo de animais foram anestesiados da mesma maneira (isoflurano), mas receberam, por sua vez, implantes de telemetria para posterior exposição a 7,5% CO2. Observamos que os ratos obesos apresentaram alta PAM basal o que levou a uma maior resposta PAM final seguida de CO2 nesse grupo. Não houve diferenças observadas na frequência cardíaca (FC) antes do desafio com o gás, já durante o desafio, os animais obesos, mas não os controles, tiveram um aumento na FC (interação dieta x gás). Nós, então, avaliamos as alterações comportamentais de animal obeso e controle durante o teste comportamental do Labirinto em T elevado (LTE). Nossos resultados demonstraram que os animais obesos apresentam comportamento do associado a ansiedade, evidenciado pelo aumento no tempo de latência no braço fechado neste aparato quando comparado aos animais controle, no entanto não apresentaram comportamento associado ao pânico. Esses resultados sugerem que a obesidade induzida por dieta hiperlipídica leva a desinibição do circuito de pânico que contribui para a vulnerabilidade as respostas do tipo pânico seguidas pela infusão de NaLac ou durante exposição dos ratos a 7,5 % CO2.Item Influência da amígdala basomedial no comportamento do tipo ansiedade em ratos Wistar.(2019) Mesquita, Laura Batista Tavares; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de; Abreu, Aline Rezende Ribeiro de; Chianca Júnior, Deoclécio Alves; Moraes, Grace Schenatto Pereira; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de; Abreu, Aline Rezende Ribeiro de; Chianca Júnior, Deoclécio Alves; Moreira, Fabrício de Araújo; Silva, Fernanda Cacilda dos Santos; Almeida, Roberto Farina deA amígdala tem sido vinculada a uma variedade de funções ligadas a respostas fisiológicas, comportamentais e endócrinas, relacionadas a estímulos emocionais. Esta região encefálica é composta por vários sub-núcleos, que embora pertencentes à mesma estrutura, podem se envolver em funções diferentes, o que torna o estudo de cada sub-núcleo de grande importância. Em um trabalho do nosso grupo de pesquisa, sugerimos que a amígdala basomedial (BMA) está sob ativação tônica, participando desta forma do controle cardiovascular de ratos, controlando respostas exacerbadas frente situações de estresse social. Partindo do pressuposto que mudanças autonômicas podem ser caracterizadas como causa ou efeito do comportamento do tipo ansiedade, o nosso objetivo é avaliar, por meio de manipulações químicas e quimiogenéticas, a influência da BMA nas repostas comportamentais do tipo ansiedade, bem como suas conexões com outras regiões cerebrais envolvidas nestas respostas. Para isso, um grupo de ratos Wistar recebeu o implante de cânulas-guia direcionados à BMA, bilateralmente, para injeção de drogas. Após sete dias, observamos que a inibição química da BMA por meio da microinjeção bilateral do agonista GABAA, muscimol (100pmol/100nL), diminuiu a interação social (IS) entre pares de animais. Por outro lado, observamos que ao ativarmos quimicamente esta região, pela microinjeção bilateral do antagonista GABAA, Bicuculline methochloride (BMC) (10pmol/100nL), houve aumento na IS entre os ratos. Apesar disso, ambas, inibição e ativação química da BMA não alteraram os parâmetros comportamentais analisados no teste de campo aberto (CA). Além do efeito ansiolítico entre pares de animais, a ativação química da BMA aumentou a atividade neuronal na região do núcleo do leito da estria terminal (BNST) e hipotálamo dorsomedial (HDM), além de demonstrar uma forte tendência de aumento nas regiões da área preóptica medial (mPOA) e coluna ventrolateral da substância cinzenta periaquedutal (vlPAG). A inibição química da BMA, por sua vez, não alterou a atividade neuronal das regiões analisadas, apesar da forte tendência de aumento de atividade na mPOA. Já outro grupo de ratos Wistar foi separado em dois sub-grupos: um deles recebeu a infusão na BMA de DREADD AAV5-CaMKII-hM3D(Gq)-mCherry e o outro de AAV5-CaMKIIhM3D(Gs)-IRES-mCitrine, e ambos infectam preferencialmente neurônios glutamatérgicos (400nL, bilateralmente). Após cinco semanas, no sub-grupo Gq, foi implantado uma sonda de telemetria para posterior aferição de pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC) e temperatura corporal. Observamos que, a ativação quimiogenética dos neurônios glutamatérgicos da BMA, após injeção i.p. de CNO (3mg/Kg), no sub-grupo Gq, aumentou a IS entre os ratos, sem efeitos no teste de CA. Já no sub-grupo Gs nenhum efeito foi observado em ambos os testes comportamentais. Na semana seguinte vimos que a ativação quimiogenética da BMA, nos animais do sub-grupo Gq, reduziu os aumentos de FC, PA e de temperatura corporal provocados pelo estresse por contenção. Após estresse, a ativação quimiogenética da BMA no sub-grupo Gs não foi capaz de alterar o comportamento dos animais. Já a redução do comportamento do tipo ansiedade social no sub-grupo Gq não ocorreu após estresse. Estes resultados sugerem que, tanto o bloqueio dos receptores gabaérgicos, quanto a ativação quimiogenética de neurônios glutamatérgicos na BMA, reduzem o comportamento do tipo ansiedade social e respostas de estresse, exercendo influência nestas situações por meio de conexões com regiões encefálicas também envolvidas em situações de defesa.Item Influência da obesidade induzida por dieta hiperlipídica nas respostas cardiovasculares evocadas pelo estresse emocional em ratos.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas do Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas. Departamento de Ciências Biológicas, Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Abreu, Aline Rezende Ribeiro de; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim deO hipotálamo dorsomedial (DMH) está envolvido na mediação das respostas funcionais durante o estresse (e.g.: nas alterações cardiovasculares em ratos submetidos ao estresse por jato de ar ou isolamento social). Estudos sugerem que ratos alimentados com uma dieta hiperlipídica (DH) apresentam uma resposta exagerada em condições de estresse e que este, assim como a obesidade apresenta forte associação com doenças cardiovasculares. O objetivo do nosso estudo foi avaliar a influência da obesidade induzida pela DH nas respostas cardiovasculares evocadas pelo estresse agudo em ratos Wistar. Para tal, 78 ratos (100±10g) foram alojados coletivamente (no máximo 3 ratos dentro de uma caixa de 41x34x17cm) ou individualmente (1 rato dentro de uma caixa de 30x19x13 cm) e alimentados, por 9 semanas, com dieta controle (Nuvilab®) ou DH contendo 11% e 45% Kcal/g de lipídio, respectivamente. Em seguida, os ratos foram submetidos ao implante bilateral ou unilateral de cânulas guia no DMH para microinjeção de muscimol (agonista GABAA;100pmol/100nL e veículo;100nL) seguido por estresse por jato de ar (15 min), ou de bicuculina (antagonista GABAA;10pmol/100nL e veículo;100nL). Implante de cateter na artéria femoral foi realizado para aquisição dos valores de pressão arterial média (PAM) e de freqüência cardíaca (FC). Nossos resultados mostraram que a DH foi eficiente em induzir obesidade dietética - comprovada pelo aumento do peso corporal, índice de Lee e índice de adiposidade - a qual aumentou os níveis de PAM e FC basais nos grupos coletivos. A obesidade potencializou as respostas cardiovasculares: respostas pressoras e taquicárdica quando comparadas com o grupo controle. Além disso, a microinjeção de muscimol reduziu ambas respostas nos grupos dieta, porém foi menos eficaz em reduzir a PAM no grupo obeso. Ao final do estresse, no período de recuperação, o grupo obeso desmonstrou-se menos responsivo ao muscimol (não reduziu PAM e FC). Já , tanto no grupo obeso individual quanto no controle individual, a microinjeção de muscimol não reduziu a PAM durante todo o período de estresse, porém, surpreendentemente, aumentou a resposta de FC ao estresse no grupo obeso. A microinjeção de bicuculina no DMH induziu aumento da PAM e FC em ambos os grupos. Contudo, a obesidade alterou a resposta taquicárdica à bicuculina evidenciada por sua curta duração. Esses dados sugerem que a obesidade induzida por dieta hiperlipídica em ratos alterou PAM e FC basais e evocadas pelo estresse agudo, provavelmente, pela ineficiência da inibição sináptica mediada pelo receptor GABAA sobressaindo à ativação sináptica excitatória.