NUPEB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas
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Navegando NUPEB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas por Autor "Aguiar, Daniele Cristina de"
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Item Implicações do consumo de dieta hiperlipídica nas respostas defensivas comportamentais associadas às alterações do eixo intestino-encéfalo.(2019) Noronha, Sylvana Izaura Salyba Rendeiro de; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de; Chianca Júnior, Deoclécio Alves; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de; Chianca Júnior, Deoclécio Alves; Aguiar, Daniele Cristina de; Moreira, Fabrício de Araújo; Afonso, Luís Carlos Crocco; Cota, Renata Guerra de SáO sobrepeso e a obesidade são uma pandemia mundial que afeta bilhões de pessoas. Essas condições têm sido associadas a um estado inflamatório crônico de baixo grau, reconhecido enquanto fator de risco para o desenvolvimento de uma variedade de doenças somáticas, bem como transtornos do neurodesenvolvimento, transtornos de ansiedade, transtornos relacionados a eventos traumáticos estressores e transtornos afetivos. A ingestão de DH é uma das razões para mudanças na comunidade microbiana intestinal, e evidências recentes apontam que estas comunidades são fortemente relacionadas à homeostase de diversos órgãos e do SNC. Alterações da microbiota podem ocorrer por uma variedade de razões, dentre eles o tipo de composição química dos alimentos. Nosso grupo relatou anteriormente que a ingestão de uma dieta rica em gordura (DH; 45% de gordura kcal/g) por 9 semanas foi capaz de induzir obesidade em ratos, em paralelo ao aumento da reatividade ao estresse e aumento do comportamento defensivo relacionado à ansiedade. Neste estudo, induzimos ratos à obesidade e investigamos alterações das respostas comportamentais defensivas relacionadas à ansiedade por meio do labirinto em T-elevado (LTE), labirinto em Cruz-elevado (LCE), caixa claro/escuro (CE) e campo aberto (CA). A imunoreatividade-FOS após exposição ao teste comportamental no LTE foi quantificado para esquiva e fuga. Analisamos a produção de citocinas proinflamatórias e expressão gênica em núcleos encefálicos (i.e., hipotálamo e amigdala). Avaliamos a expressão gênica de tph2 e slc6a4 no núcleo dorsal da rafe (DR) e subdivisões adjacentes. Investigamos as respostas termorregulatória da região interscapular e da cauda, durante o estresse e recuperação. Foi feito a caracterização das comunidades microbianas em relação às métricas alfa, beta e taxonômica dos grupos controle e obesos. Demonstramos que nove semanas de ingestão de DH induzem obesidade, em associação à hipertrofia do tecido adiposo abdominal, promove resposta comportamental defensiva do tipo ansiedade, aumenta a produção de proteínas próinflamatórias em núcleos hipotalâmicos e amigdaloides, altera a expressão gênica do IL-4 e seu receptor no hipotálamo, aumenta a expressão gênica de tph2 e slc6a4 em diferentes subdivisões da DR e da porção mediana da rafe, e impacta de forma estrutural as comunidades microbianas intestinal. A obesidade alterou a reatividade das estruturas cerebrais envolvidas no controle de respostas neuroendócrinas, autonômicas e comportamentais, isto é, aumento de células imunorreativas-FOS nos núcleos hipotalâmicos ventricular (PVN), dorsomedial (DMH), ventromedial (VMH) e basolateral da amígdala (BLA). Os resultados obtidos sugerem que a DH induz neuroinflamação, produz excitabilidade nos núcleo encefálicos envolvidos nas respostas neuroendócrinas, autonômicas e comportamentais, e modificam a composição da microbiota intestinal.Item Influência da inflamação pulmonar sobre comportamento em ratos wistar expostos à fumaça de cigarro.(2017) Chírico, Máira Tereza Talma; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de; Bezerra, Frank Silva; Costa, Daniela Caldeira; Aguiar, Daniele Cristina de; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim deA fumaça de cigarro (FC) é uma combinação complexa, que contém mais de 7.000 substâncias químicas, as quais podem promover dano oxidativo no parênquima pulmonar e processo inflamatório. É importante ressaltar que a inflamação pulmonar leva a ativação de neurônios no sistema nervoso central. Entretanto, os mecanismos neurais implícitos e a relação da inflamação pulmonar com o comportamento do tipo pânico e ansiedade não é ainda claro. O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da inflamação pulmonar no comportamento de ansiedade de animais expostos à fumaça do cigarro com e sem tabaco. Vinte e quatro ratos Wistar machos (protocolo nº 2015/35) foram divididos em três grupos: grupo controle (GC); cigarro comum (CC) e cigarro de papel (CP), sem tabaco (por conseguinte, sem nicotina). Os animais foram expostos a doze cigarros por dia em três períodos (manhã, tarde e noite), durante oito dias consecutivos. Além da exposição à FC, os animais foram submetidos a testes comportamentais: Labirinto em T elevado e Campo aberto. Os animais foram eutanasiados para retirada do lavado broncoalveolar (LBA), do sangue e pulmão. O LBA foi usado para contagem total, diferencial de células e para a dosagem de citocinas pró-inflamatórias; o plasma sanguíneo foi analisado para dosagem de citocinas; e o pulmão foi usado para dosagem das Proteínas totais, sistema Glutationa, enzimas antioxidantes: SOD e CAT, TBARS e proteína carbonilada. A exposição à fumaça do CC reduziu os comportamentos do tipo ansiedade e pânico. Por outro lado, o CP induziu comportamento do tipo ansiedade e pânico. Os animais expostos a FC comum e de papel apresentaram um aumento do influxo de células inflamatórias (CC: 170 ± 3,162 x 103/ml e CP: 180 ± 6,547 x 103/ml vs. CG: 118 ± 6,665 x 103/ml); aumento da atividade das enzimas antioxidantes: SOD (CC: 34,86 ± 1,855 U/mg prot e CP: 40,65 ± 3,444 U/mg prot vs. CG: 25,73 ± 1,092 U/mg prot) e CAT (CC: 0.96 ± 0.06 U/mg prot e CP: 0.94 ± 0.10 U/mg prot vs. CG: 0.68 ± 0.10 U/mg prot). A exposição também gerou dano pulmonar como demonstrado pelo aumento dos níveis de TBARS (CC: 1.39 ± 0.15 nM/mg prot e CP: 1.54 ± 0.10 nM/mg prot vs. GC: 1.02 ± 0.05 nM/mg prot) e redução da razão GSH/GSSG (CC: 4,016 ± 0,5503 μM e CP: 3,316 ± 0,8901 μM vs. GC: 7,283 ± 0,6019, μM). Além da análise estereologica dos cortes de pulmão, que evidenciaram alteração da histoarquitetura por meio do aumento do volume do espaço alveolar (CC: 57,46 ± 1,92 %/mm² e CP: 53,40 ± 1,83 %/mm² vs. GC: 43,36 ± 3,46 %/mm²) e redução do volume do septo alveolar (CC: 41,60 ± 1,95 %/mm² e CP: 46,21 ± 1,85%/mm² vs. GC: 55,28 ± 3,52 %/mm²) nos animais expostos. A exposição à fumaça do cigarro comum bem como a do cigarro de papel (sem tabaco) conduziu igualmente a processo inflamatório e dano pulmonar, que pode promover alteração de comportamento do tipo pânico e ansiedade.Item Influência da obesidade induzida pela dieta hiperlipídica e do estado hormonal associada a suplementação de inulina sobre as alterações metabólicas e comportamentais em ratas Wistar.(2020) Vieira, Lucas Gabriel; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de; Chianca Júnior, Deoclécio Alves; Noronha, Sylvana Izaura Salyba Rendeiro de; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de; Cota, Renata Guerra de Sá; Aguiar, Daniele Cristina deA obesidade se caracteriza como uma pandemia moderna com alto impacto epidemiológico para a população. Alterações metabólicas, endócrinas, inflamatórias e comportamentais já são descritas como decorrentes de sua instalação e progressão. Diversas terapias podem ser empregadas para conter o impacto da obesidade, entre elas os tratamentos dietoterápicos, como o uso de fibras. Classificada como uma fibra não fermentável da classe dos fruto-oligossacarídeos, a inulina é encontrada em produtos de origem vegetal e atua como um prebiotico. Seus benéficos se relacionam com a redução do peso através da redução do tecido adiposo (ação na lipogênese e lipólise). Analisar o impacto de uma suplementação com inulina sobre a massa gorda, perfil eletrolítico, status redox no fígado assim como as respostas defensivas comportamentais de ratas wistar induzidas a obesidade pela dieta hiperlipídica.50 ratas foram divididas em 2 grupos e submetidas a 2 protocolos nutricionais: Dieta Controle (11% de lipídeo) e Dieta Hiperlipídica (45% de lipídeo), do dia 0 ao dia 35, após o dia 35, os dois grupos foram realocados em 4 grupos de acordo com sua dieta e tratamento dietoterápico: Dieta Controle (DC) (PBS); Dieta Hiperlipídica (DH) (PBS); Dieta Controle (Inulina) e Dieta Hiperlipídica (Inulina). O tratamento dietoterápico se constitui de 860mg/kg/ml de inulina diluída em veículo (PBS) ou PBS administrado do dia 36 ao dia 63 via gavagem orogastrica. Após o fim do protocolo nutricional de 63 dias, as ratas foram submetidas aos testes comportamentais: Labirinto em T elevado, Campo aberto e Claro escuro assim como a avaliação do seu ciclo estral. Após o fim dos testes, os animais foram eutanasiados e o tecido adiposo e fígado foram coletados para análises posteriores. Em relação ao consumo alimentar, a inulina foi capaz de aumentar esse parâmetro nos animais que receberam a DC, contudo sem surtir efeito nos animais que receberam a DH. Acompanhando esse aumento, o tratamento dietoterápico também aumentou a ingestão calórica dos animais que receberam DC, quando comparado aos demais grupos. Frente a composição corporal dos animais, a suplementação com inulina reduziu os tecidos adiposos paramentrial e inguinal nos animais induzidos a obesidade, assim como também reduziu o índice de adiposidade tanto desses animais, quanto dos animais que receberam a DC. Nas medidas do perfil eletrolítico, a inulina reduziu os valores sanguíneos de sódio e bilirrubina assim como aumentou a concentração de cálcio e magnésio em ambos os grupos (DC e DH). No status redox hepático, a inulina reduziu a atividade da catalase em ambos os grupos (DC e DH) como reduziu o nível de proteína carbonilada em animais que foram induzidos a obesidade. No que diz respeito as respostas defensivas comportamentais a inulina foi capaz de acentuar o padrão exploratório de ratas que receberam DC, porém sem surtir efeito em animais que consumiram DH. Conclusão: Nossos dados convergem para o melhor entendimento dos efeitos da inulina em um modelo de obesidade, assim como de seus benefícios em indivíduos saudáveis.