PPGAC - Mestrado (Dissertações)

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    Coletivo Teatral La Mandrágora : arte e territorialidade como resistência à necropolítica em Viña del Mar, Chile.
    (2024) Hevia Mayorga, Cristian Daniel; Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de; Silva, Eder Rodrigues da; Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de; Silva, Eder Rodrigues da; Pereira, Elvina Maria Caetano; La Rosa, Sara Del Carmen Rojo de
    Esta pesquisa analisa parte das relações entre arte e comunidade, a partir do trabalho artístico e sociocultural desenvolvido há mais de vinte anos pelo Centro Cultural e Coletivo Teatral La Mandrágora na periferia da cidade de Viña del Mar, na região de Valparaíso, Chile, mais especificamente no morro Achupallas. Com base nisso, investigo e reflito sobre o diálogo que o trabalho teatral de La Mandrágora estabelece com seu território, Achupallas, por meio dos vínculos e vivências construídos. O presente estudo traz reflexões acerca do diálogo territorial gerado pelas ações de La Mandrágora e de como estas se tornam um dispositivo de resistência frente à Necropolítica (Mbembe, 2016) e às práticas políticas vigentes. Neste estudo, serão analisadas três peças teatrais criadas na última década, que emergem do diálogo com a realidade e os problemas do território onde La Mandrágora está inserido. Por fim, esta dissertação aprofunda-se nas práticas cênicas latino-americanas desenvolvidas em espaços marginalizados, buscando identificar suas raízes em relação ao território originário. A pesquisa também examina parte das práticas socioculturais do Coletivo Teatral La Mandrágora, que hoje confrontam as políticas de estados neoliberais, permitindo uma melhor compreensão das relações entre teatro e território e uma reflexão sobre a arte teatral como espaço e dispositivo de resistência à Necropolítica.
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    Calabar : insurgências de um trauma colonial.
    (2024) Faria, Caio Chaves; Baumgartel, Stephan Arnaulf; Baumgartel, Stephan Arnaulf; Sanches, João Alberto Lima; Silva, Éder Rodrigues da
    Esta dissertação tem como objetivo analisar a representação da figura histórica de Domingos Fernandes Calabar em diversas dramaturgias ao longo do tempo, com ênfase nas questões raciais e na construção de uma ideia de nação. O estudo examina como a reprodução de estereótipos nas peças reflete as discussões sobre identidade nacional em diferentes contextos históricos. Para isso, são analisadas as seguintes obras: Calabar (1858), de Agrário de Menezes; Gonzaga ou a Revolução de Minas (1867), de Castro Alves; Sonhos de Calabar (1959), de Geir Campos; e Calabar: o Elogio da Traição (1973), de Chico Buarque e Ruy Guerra. A pesquisa inicia-se com a análise da primeira peça sobre Calabar, escrita por Agrário de Menezes. Esta obra, produzida para um concurso do Ginásio Dramático do Rio de Janeiro, foi posteriormente publicada de forma independente em Salvador. Em seguida, o estudo aborda Gonzaga ou a Revolução de Minas, de Castro Alves. Embora esta peça não trate diretamente de Calabar, ela é incluída por sua relevância como drama histórico e por estabelecer um diálogo entre as figuras de Calabar e Gonzaga. Esse diálogo permite explorar questões centrais, como a definição do teatro brasileiro, a interseção entre racialidade e dramaturgia, e as marcas decoloniais presentes nos textos. O estudo também considera as questões estéticas, como o nacionalismo na literatura dramática brasileira.
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    Sonhos de taquara nesse texto feito de corpo, feito de Siaburu : criação em dança entre o butô e a arte indígena contemporânea.
    (2024) Silveira, Daniela Mara Reis da; Peretta, Éden Silva; Peretta, Éden Silva; Okamoto, Eduardo; Almeida, Ligia Marina de
    A escrita na dissertação Sonhos de taquara nesse texto feito corpo, feito de siaburu propõe um estudo sobre o processo de criação em dança entre o butô e a arte indígena contemporânea. Compartilho memórias ancestrais na afirmação da identidade indígena, no processo de criação e composição do espetáculo siaburu, de minha autoria. Aqui, a linguagem poética é grito de onça em sua tomada de consciência política da ocupação indígena na periferia. Entre o asfalto e a mata encontro no caminho da jiboia um feitiço contra-colonial. Em siaburu a investigação da arte indígena contemporânea é movimento de metamorfoses, atravessada pela pesquisa da dança butô, em suas artesanias nas dramaturgias do corpo. Escuto do vento, as pistas poéticas nessa dança que inicia onde habita as qualidades do fim, são urgências de revoluções diárias. Nesta trilha converso com: Leda Maria Martins, Nego Bispo, Jaider Esbell, Éden Peretta, Kuniichi Uno, Ailton Krenak e Movimento Plurinacional Wayrakuna. Aprender a dançar com a terra é botar em movimento de escuta narrativas contra-coloniais em uma pesquisa de movimentos, relação corpo e a mãe-terra. Atravessada pelos sonhos das taquaras, faço do corpo meu texto, na escrita poética de siaburu, sobrevoando as imagens que ressoam corporeidades na cena ao tensionar na arte e na política os direitos da memória.
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    A valorização da identidade vocal nas práticas teatrais : a escrevivência como criAção e subjetivAção da voz.
    (2023) Costa, Istefani Pontes da; Gomes, Ricardo Carlos; Souza, Raquel Castro de; Gomes, Ricardo Carlos; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Maletta, Ernani de Castro
    A autora propõe uma investigação acerca dos princípios epistemológicos que orientam a disciplina de expressão vocal na formação teatral e social des alunes, evidenciando o limiar entre os aspectos técnicos e subjetivos da voz no ensino de Teatro. Através de interlocuções dos autores contemporâneos bell hooks (2017; 2019), Audre Lorde (2019), Jota Mombaça (2015), Josette Féral (2015) e Caballero (2011), na edificação de um campo simbólico e subjetivo para a noção de voz, busca-se aliar esta noção à prática técnica da materialidade e da presentificação da voz no espaço físico ao evocar os conceitos de Francesca Della Monica e Conceição Evaristo (2008), alargando, dessa forma, as experiências do trabalho vocal em sala de aula. Ao tecer um paralelo entre as correntes de pensamentos feministas e decoloniais presentes no texto, a voz é concebida para além da técnica, refletindo acerca das extensões simbólicas da voz do indivíduo enquanto discurso social e questionador, além de conceber a noção de uma dramaturgia da voz na prática cênica. Consequentemente, busca-se evidenciar e questionar os aspectos eurocentrados, patriarcais e segregadores do modo hegemônico de se conceber a prática teatral ao ignorar as individualidades desses alunes, suas diversidades de gênero, de corpas e corpos, raça e origem social presentes em sala de aula. Ao desvelar os preconceitos estruturais e os silenciamentos impostos na reflexão e na prática do ensino de Teatro, propõe-se, em oposição, uma concepção de práticas pedagógicas com um viés feminista que dialogue, justamente, com questões sociais, subjetivas, pessoais e performáticas des própries alunes na prática cênica. Pretende-se, por fim, refletir esse entrelaçamento de ideias nas construções técnicas, subjetivas e ativas da identidade vocal des alunes em uma criAção cênica desenvolvida em sala de aula. Baseado nos desdobramentos do conceito de escrevivência de Evaristo (2008), temos como proposta performativa da palavra/texto para a voz em cena durante o processo de formação da atriz e do ator em Teatro. Sendo assim, abrem-se novos horizontes de percepção sobre a formação em teatro, fundamentalmente, a partir das vivências, das experiências, das ancestralidades, das interculturalidades, das espiritualidades e das diversidades de gêneros e de corpas e corpos desses indivíduos que falam e que atuam.
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    Corpos com deficiência em cena.
    (2024) Ribeiro, Maria da Guia Carolina Rodrigues; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Curi, Alice Stefania; Souza, Raquel Castro de
    O que é um corpo? O que é um corpo com deficiência? O que são ou como são os corpos com deficiência em cena? Esta investigação pretende refletir sobre estes temas e buscar formas de dialogar com eles por meio de ações anti-capacitistas, trazendo as experiências desta pesquisadora com o Grupo Pés de Teatro-dança com Pessoas com Deficiência e da criação da cena Hábraços, coreografada por ela e pelo artista com paralisia cerebral Roges Moraes.
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    Pequeno Organon para o Teatro Fanzine: performatização da precariedade, autodeboche e plagicombinação no Teatro de Belo Horizonte dos anos 10 ou Cabaré, Carnavandalização e poetas-vedetes nas Alterosas dos anos 10.
    (2023) Pereira, Marina Viana; Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de; Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de; Rojo de La Rosa, Sara Del Carmen; Pereira, Elvina Maria Caetano
    Esta dissertação investiga as noções de Teatro Fanzine, termo empregado por mim ao nomear o repertório dos espetáculos da Primeira Campainha, coletivo teatral do qual faço parte, criado em 2010, na cidade de Belo Horizonte (MG). A proposta de Teatro Fanzine tem continuidade em outras criações pessoais, autobiográficas e em parcerias com artistas em ações liminares dentro de um território específico da cidade de Belo Horizonte, denominado como a Região Leste, onde uma série de manifestações festivas e teatrais é recorrente, devido à presença de coletivos e de espaços culturais que coabitam essa espacialidade, batizada por tais coletivos como Corredor Etílico Cultural da Leste. A pesquisa se efetiva como um modo de ordenar, organizar e registrar uma metodologia de criação e prática teatrais, partindo de um reconhecimento histórico-conceitual-geográfico de fatos e ideias que estruturam práticas de criação artísticas, tais como os estudos acerca das linguagens de Cabaré, de Teatro de Revista e de Fanzine, a fim de interrelacionar dialeticamente com o Teatro Fanzine. Por último, este trabalho visa impulsionar o experimento de reescrever, revisar, ampliar e recriar o Pequeno Organon do Teatro Fanzine (2020), minha escrita-paródia-bomba, que hackeia o tituloda obra original de Bertolt Brecht, denominado Pequeno Organon para o Teatro (1948).
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    Insurgências da palhaçaria na cena contemporânea : o ser palhaça(o) e o seu aspecto de decolonialidade frente ao sistema colonial-capitalístico.
    (2024) Silva, Mariana Augusta Azevedo; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Silva, Éder Rodrigues da; Gusmão, Rita de Cassia Santos Buarque de
    Este trabalho apresenta aspectos decoloniais intrínsecos à arte da palhaçaria que, pautados em um arcabouço filosófico, fundamentam o papel político e social do Ser palhaça(o) em suas incursões micro e macropolíticas, elaborados por intermédio do exagero de si que, em seus trânsitos de devires entre indivíduo-artista, palhaça(o) e sociedade, representa todo um coletivo capaz de se colocar em seus processos insurgentes frente ao sistema colonial-capitalístico. A palhaçaria se institui no preenchimento do Corpo sem Órgãos, elaborando-se enquanto expressão do conteúdo de sua essência germinativa que em seus inter-agenciamentos e zonas de vizinhança consegue romper com estruturas abusivas e profanadoras da pulsão, atingindo um aspecto de decolonialidade frente ao sistema vigente em seus modos de articulação e domínio de inconscientes. Alguns trabalhos artísticos foram trazidos e lidos no intuito de oferecer para a prática da palhaçaria a conceitualização de aspectos filosóficos que são o fundamento da palhaçaria decolonial. Dentre os nomes abordados estão: Florisberta, Miss Jujuba, Ximia Boia, Tico Bonito, Mafalda Mafalda, Leo Bassi, Jennifer Miller, Curalina e os Hotxuás.
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    Eco no tempo : a reescrita de Antígona no cinema contemporâneo.
    (2024) Silva, Leonardo Medeiros da; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Rocha, Adriano Medeiros da; Sousa, Ramayana Lira de
    O objetivo desta dissertação é analisar a tragédia grega Antígona (441 a.C.), de Sófocles, e o filme Antígona – a resistência está no sangue (2019), da diretora canadense Sophie Deraspe, levando em consideração os processos de inter-relação, releitura e representação no cinema contemporâneo, a fim de compreender, como principal objeto de reflexão, o processo de reescrita realizada pela cineasta nos dias atuais. O estudo tem abordagem qualitativa, caracterizando-se como analítico-descritivo. Foram utilizadas análises bibliográficas e cinematográficas como método de pesquisa. O estudo se valeu da decomposição e recorte de cenas, diálogos e trechos do filme. As discussões centram-se na jovem refugiada argelina, Antigone Hipponome, na condição de imigrante em Montreal, no Canadá, junto com sua família. Os apontamentos permitem aprofundar questões fundamentais sobre as características interdiscursivas, comparativas, intermidiáticas e adaptativas entre a tragédia sofocliana e o filme, cujo foco analítico também chama a atenção para os debates políticos e sociais que permeiam a obra fílmica no século XXI. Ao visualizar os processos de diálogo cultural e intertextual, foram compreendidos aqui alguns dos significativos preceitos sobre comparação, adaptação intercultural e intermidialidade entre a dramaturgia e o cinema. Diante disso, a partir das discussões empreendidas, foi possível perceber que a obra trágica de Antígona e sua reescritura cinematográfica, proposta por Sophie Deraspe, implica um dinamismo em que o mito literário se efetiva nos contextos de apropriação, produção e circulação na contemporaneidade.
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    Construindo uma análise cinecoreográfica, como processo de criação em videodança, de obras de Analivia Cordeiro, Pola Weiss e Silvina Szperling – pioneiras da videodança na América Latina.
    (2024) Figueiredo, Maryah dos Santos; Vieira, Alba Pedreira; Vieira, Alba Pedreira; Graça, Lilian Seixas; Geraldi, Sílvia Maria
    Esta pesquisa destaca três artistas, referências pioneiras da videodança na América Latina: Analivia Cordeiro (Brasil), Pola Weiss (México) e Silvina Szperling (Argentina). Por meio de um recorte temporal entre 1970 e 1990, compartilho reflexões, a partir de uma obra de cada uma das três artistas, com foco nas especificidades de suas poéticas, que acompanham e orientam a criação de uma outra obra. Questiono: 1) De que maneira as obras dessas artistas suscitam questionamentos e complexificam um processo de análise e criação, tanto para ampliar a percepção de um trabalho artístico-investigativo como para possíveis contribuições para o campo da videodança? 2) Como se dá o processo de análise de uma videodança, quando ela ocorre simultaneamente com a criação de outra, criada a partir da primeira? Adoto a Prática como Pesquisa e a Fenomenologia como procedimentos metodológicos que incluem entrevistas semiestruturadas com duas artistas: Cordeiro e Szperling. Desenvolvo uma proposta de análise cinecoreográfica de obras de cada artista em foco: Ciudad-Mujer-Ciudad (Pola Weiss, 1978), Temblor (Silvina Szperling, 1993) e Striptease (Analivia Cordeiro, 1997). Proponho, com a análise, dispositivos para traçar reflexões-ações, de forma que a prática componha a investigação como uma instância fundamentalmente integrada. Com a análise cinecoreográfica, compartilho algumas ferramentas e procedimentos com que pesquisadoras(es) e/ou artistas possam dialogar, interagir, transformar, derivar e encontrar seus próprios processos de construção de análises para obras. Apresento, de forma reflexiva, desdobramentos para o campo híbrido da videodança, como também para outras linguagens artísticas da cena contemporânea.
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    Território da arte: intervenções artísticas e a construção de narrativas feministas na educação básica.
    (2024) Xavier, Dalila David; Prof. Dra. Neide das Graças de Souza Bortolini; neide.bortolini@ufop.edu.br; Dra. Ana Carolina Fialho de Abreu - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Dr. Ernesto Gomes Valença - Universidade Federal de Ouro Preto Dra. Gláucia Maria dos Santos Jorge - Universidade Federal de Ouro Preto
    Esta pesquisa aborda o ensino da Arte entre questões feministas ao apontar mudanças potenciais de pensamentos e ações e teve o objetivo de refletir acerca de intervenções nas escolas públicas. A dissertação analisa, portanto, dois projetos artístico-pedagógicos realizados em escolas da zona rural da rede municipal de ensino de Ouro Preto - MG, a saber, Escola Municipal Benedito Xavier, situada no distrito de Glaura; e a Escola Municipal Aleijadinho, situada no distrito de Santo Antônio do Salto. O espaço escolar apresenta limitações físicas e orçamentárias, questões sociais e culturais de cada comunidade, condições adversas de trabalho docente, além de opressões reproduzidas socialmente. No contexto da pesquisa participante, o estudo buscou compreender possibilidades de transformação social por meio do ensino de Arte a partir de dois projetos artísticos de perspectiva feminista e antirracista realizados com discentes do Ensino Fundamental II: o Museu Aberto e o Programa Papo Reto. Os resultados das discussões mostraram que o território da Arte é capaz de romper com o silenciamento das vozes femininas ao conferir lugar de fala a suas protagonistas.
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    Matrizes/motrizes diaspóricas da vida em movimento em A Rua da Amargura.
    (2023) Valério, Fernando Custódio; Maciel, Paulo Marcos Cardoso; Maciel, Paulo Marcos Cardoso; Rocha Júnior, Alberto Ferreira da; Santos, Clóvis Domingos dos
    A presente dissertação tem por objetivo investigar a presença afrodiaspórica como memória em A Rua da Amargura, partindo, neste sentido, da identificação da negrura como um conjunto de valores expressivos da vida em movimento incorporados pelo congado e pela folia de reis e presentes na linguagem do espetáculo do Grupo Galpão (1994), dirigido por Gabriel Vilella. Trata-se de um estudo de caso que visa, de forma mais ampla, pensar de que modo os signos cênicos da negrura têm sido transmitidos, agenciados e reorganizados, ao longo do tempo, no interior da/na cena mineira. Além disso, visa discutir as ideias de negrura (1995) e de performance do tempo espiralar (2021), elaboradas, originalmente, por Leda Maria Martins, partindo da sua interface com a noção de valores expressivos da vida em movimento, pensada, aqui, segundo o conceito de pathosformel desenvolvido por Aby Warburg (2010), em diálogo com as “motrizes culturais” de Zeca Ligiéro (1993).
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    O Grotesco como estratégia de desconstrução da feminilidade na cena cômica contemporânea.
    (2023) Araujo, Giulia Oliva de; Pereira, Elvina Maria Caetano; Pereira, Elvina Maria Caetano; Silva, Matheus; Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de
    Questionar os estereótipos de gênero dentro da cena cômica e encontrar estratégias performativas para desconstruir a feminilidade cisheteronormativa foram os principais objetivos desta pesquisa, que resultou, para além da escrita desta dissertação, em duas produções artísticas que, nela, serão analisadas: a video-palestra-performance MAQUIA E FALA {Sobre Gênero} (2021) e a personagem Plastika (2022-2023). Para tanto, foi realizado um estudo, baseado principalmente em Judith Butler, Letícia Nascimento, Margot Berthold, Sarah Monteath dos Santos e Neyde Veneziano, sobre a performance de gênero, de modo a refletir sobre suas possíveis consequências para a cena cômica produzida por mulheridades. Em seguida, com o aporte das entrevistas que realizei com as artistas cômicas Luciene Souza, Dagmar Bedê e Joice Aglae, discuto dois conceitos que considero estratégicos para a elaboração uma comicidade crítica de viés feminista: o grotesco, em que me valho das noções de Mikhail Bakhtin, Sodré e Paiva e Mary Russo para pensar suas aproximações e tensões com o feminino; e a paródia de gênero (BUTLER, 2019), por meio da qual identifico estéticas e categorias que me possibilitam a tentativa de desconstruir a feminilidade cisheteronormativa, sendo elas a bufonaria (BORDIN, 2013) e a montação/arte drag (BENTES NASCIMENTO, 2019), ambas experimentadas nas produções artísticas que analiso.
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    Coletivo Elas Tramam : prática, narrativas e feminismos na dramaturgia contemporânea capixaba.
    (2023) Perim, Brenda Caetano; Silva, Éder Rodrigues da; Oliveira, Aline Nunes de; Oliveira, Letícia Mendes de; Souza, Raquel Castro de; Silva, Éder Rodrigues da
    Esta pesquisa investiga as perspectivas metodológicas de criação dramatúrgica do coletivo Elas Tramam, do estado do Espírito Santo. Desde o seu surgimento em 2017, o coletivo compôs um repertório de dramaturgias tecidas por mulheres e tem atuado em uma frente de fomento, fortalecimento e de projeção do trabalho de dramaturgas na cena capixaba. O estudo parte da historiografia de mulheres dramaturgas no contexto do teatro brasileiro e se concentra nos reflexos dessa lacuna na cena capixaba. Ao partir de uma esfera lacunar em relação a como o trabalho das mulheres dramaturgas foi invisibilizado e apagado, o Elas tramam propõe um viés coletivista de escrita para a cena, cujas narrativas próprias operam, junto à inserção e à representação da mulher, uma perspectiva feminista e de empoderamento. No campo da dramaturgia, os apontamentos de Elza Cunha Vicenzo (1992), Ana Pais (2016), Conceição Evaristo (2009), Stella Fischer (2017), Lucia Helena Romano (2009), Ana Lucia Andrade e Ana Maria Edelweiss (2008) tangenciam as questões que envolvem as lacunas historiográficas e a práxis coletiva de escrita. No âmbito dos estudos feministas, Judith Butler (2003), Simone de Beauvoir (1980), bell hooks (2018), Djamila Ribeiro (2019), Ileana Diéguez Caballero (2011) e Carla Akotirene (2019) são referências que norteiam a análise das peças e também dos processos de criação dramatúrgica vivenciados pelo coletivo Elas tramam, protagonizado pela figura da mulher e suas pluralidades, em detrimento de uma visão hegemônica patriarcalista que, por muito tempo, dominou o ofício e a autoria das narrativas dramatúrgicas.
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    Afroperspectividades acerca do Teatro Negro Contemporâneo em Belo Horizonte.
    (2023) Silva, Giovany de Oliveira; Maciel, Paulo Marcos Cardoso; Maciel, Paulo Marcos Cardoso; Alexandre, Marcos Antônio; Baumgartel, Stephan Arnulf
    A pesquisa “Afroperspectividades acerca do Teatro Negro Contemporâneo em Belo Horizonte” foi desenvolvida junto ao PPGAC/UFOP, com fomento da FAPEMIG e tendo como orientador o Prof. Dr. Paulo Marcos Cardoso Maciel. Neste processo, buscam-se perspectivas afrocentradas para a reflexão acerca dos fazeres teatrais negros na contemporaneidade e mais especificamente em Belo Horizonte. Partindo da Filosofia Afroperspectivista, buscam-se entendimentos enegrecidos acerca de dois espetáculos belorizontinos, “In Sã O Universo do Rosário em Nós” e “Estranha Fruta”, das companhias União Performática Pessoas da Pessoa e Morro Encena respectivamente. A análise das espetacularidades face aos princípios da filosofia afroperspectivista, permitirá o aporte de novos entendimentos para a crítica teatral e a história do teatro negro em Belo Horizonte, sobretudo, na contemporaneidade. Na dissertação, buscou-se compreender que aspectos compõem as escolhas estéticas e políticas desses trabalhos e onde, neles, residem elementos afroperspectivizados. Compreender a maneira como esses signos se rearranjam em imagens e metáforas, é parte da procura por um aprofundamento das compreensões da Estética da Atitude e da Poética da Negrura rumo a uma afroperspectividade nas formas de pensar teatro. O que implica necessariamente na revisão da bibliografia da área e a aproximações entre conceitos da afroperspectividade com os de outras searas, como Ecologia Decolonial, Quilombismo, Tempo Espiralar, Fissura e Fabulação, Corpo Negro Pulsante, Afrofuturismo, dentre outros. Esse arranjo epistêmico encaminha ao encontro de metáforas de água presentes nos trabalhos aqui analisados e em outros textos e espetáculos da cena negra contemporânea em Belo Horizonte.
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    Da vênus negra ao meu corpo : escrevivências e fabulações em performances de criadoras negras.
    (2023) São José, Danielle Elisa de; Pereira, Elvina Maria Caetano; Pereira, Elvina Maria Caetano; Santos, Clóvis Domingos dos; Patrocínio, Soraya Martins
    A pesquisa que se reflete na escrita desta dissertação nasce do desejo de, na condição de mulher preta, investigar, por meio da experimentação de dispositivos performativos e de escrevivência (Evaristo, 2020), possibilidades de fissura das imagens de controle coloniais (Gonzalez, 1984; Collins, 2019) que permitam a fabulação de narrativas emancipatórias (Patrocínio, 2021) sobre o feminino corpo da negrura (Martins, 1995). Desde uma perspectiva feminista interseccional, coloco minhas práticas político-estéticas em diálogo com o pensamento-obra de outras mulheridades negras que, em seus trabalhos, confrontam a mulatarização de nossos corpos (Santana, 2021). São elas: a bailarina e coreógrafa Jaqueline Elesbão, com o solo Entrelinhas (2012), a atriz e dramaturga Mônica Santana, com Isto não é uma mulata (2016), a artista visual e performer Priscila Rezende, com Vem... pra ser infeliz (2017); le artista e performer Eli Nunes, com a cena curta Refém Solar (2018) e a atriz e bailarina Anne Vaz, com Benza em Rosas (2019). Também trago para a conversa algumas considerações sobre minha vídeo-performance, Clamor para Estrelas (2021), produzida como resultado prático desta pesquisa.
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    Os trajes de cena do espetáculo Oxum : o terreiro chega ao palco.
    (2023) Garcia, Thais Soares; Dulci, Luciana Crivellari; Dulci, Luciana Crivellari; Abreu, Ana Carolina Fialho de; Santos, Clóvis Domingos dos; Bortolini, Neide das Graças de Souza
    A dissertação discorre sobre o espetáculo Oxum, com o intuito de observar como se estabelece o entrelaçamento das manifestações culturais-religiosas com as práticas artísticas, entre os campos do Teatro e do Candomblé. Especificamente, tem por objetivo principal, pensar a relação entre traje de cena, ancestralidade e teatro, a partir da análise do espetáculo Oxum (Fernanda Júlia e José Carlos Arandiba, 2018), apresentado pelo Núcleo Afro-brasileiro de Teatro de Alagoinhas (NATA), na cidade de Salvador, Bahia. Propõe-se, ainda, a respeito dos trajes de cena utilizados no espetáculo Oxum, destacar de que forma o traje se torna um elemento “movente”, isto é, como ele foi pensado para a cena teatral a partir da vivência dos/as artistas do NATA no Candomblé. Assim, investigar como se estabeleceu a relação de um espetáculo teatral com o Candomblé, a partir de seu figurino (movente entre o Candomblé e o Teatro). Os trajes são analisados e narrados a partir da minha leitura sobre o espetáculo, dialogando com conceitos usados por Fausto Viana e Carolina Bassi e Gilda de Mello e Souza, no percurso sobre a história do traje. E ainda Zeca Ligiéro, Leda Maria Martins, Juana Elbein, Luis Parés, Luiz Rufino e Fernanda Julia, que muito me ensinaram em leituras e em vivências sobre Candomblé, Teatro e Culturas Afro-Brasileiras.
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    Encruzilhada : perspectivas circenses e a vivência Iuna de Capoeira Angola.
    (2023) Thiago, Tábatta Iori; Bortolini, Neide das Graças de Souza; Dulci, Luciana Crivellari; Bortolini, Neide das Graças de Souza; Dulci, Luciana Crivellari; Souza, Alda Fátima de; Silva, Edson Moreira da; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva
    Esta pesquisa investiga o cruzamento entre as práticas pedagógicas decoloniais advindas de projetos sociais da Capoeira Angola de Mestre Primo (Grupo Iuna - BH/MG) e as práxis de Circo Social. A partir de um diálogo com artistas circenses através de um Mapeamento online, foi realizado um mapeamento em torno de vidas circenses nas perspectivas de colonialidade, ou ainda difundidos nas artes circenses, ou decolonialidade, com um recorte para o aprofundamento dos possíveis riscos diversos que permeiam o universo do circo. Junto a esses estudos se contextualizam as origens e trajetória das artes circenses e do Circo Social, com o objetivo de entender o quanto os fundamentos decoloniais e antirracistas da Capoeira Angola, difundida por Mestre Primo e pelo Grupo Iuna, são potentes inspirações para as práticas libertárias do ensino no contexto do Circo Social. É registrada a origem e o trabalho do Grupo Iuna na periferia do Bairro Saudade em Belo Horizonte. Em suma, essa pesquisa dedica-se à reflexão acerca da encruzilhada de saberes que pode auxiliar no enfrentamento do risco social que a maioria das crianças e jovens dos projetos de Circo Social enfrentam.
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    Isabella está louca! : um estudo sobre a importância das mulheres na Commedia dell'Arte.
    (2023) Leite, Diana Felicori Tonelli e Teixeira; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Hunzicker, Frederick Magalhães; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Hunzicker, Frederick Magalhães; Miranda, Maria Brígida de; Maciel, Paulo Marcos Cardoso
    A presente dissertação encara a Commedia dell’Arte como o momento histórico em que as mulheres passam a exercer a profissão de atriz. Esse próprio gênero teatral oriundo do final do baixo medievo, acarreta mudanças significativas na arte cênica que persistem até os dias atuais. A entrada das mulheres no palco chamou muita atenção, e gerou, em sua maioria, respostas violentas da sociedade influenciada pelo Estado e pela Igreja, fruto da misoginia da época. O trabalho trata da forma como essas mulheres eram obrigadas a viver e como o teatro pode ser encarado, por elas, como uma alternativa ao meretrício, ou ao matrimônio. Por fim, a dissertação concentra-se na figura de Isabella Andreini, famosa atriz de Commedia dell’Arte, poetisa e dramaturga. Através de seu trabalho, tanto literário quanto cênico, Isabella critica os estereótipos que foram impostos, na época em que viveu, aos sexos masculino e feminino. A atriz alcançou renome fora de seu país de origem, a Itália, ganhando reconhecimento, fama e prestígio junto à nobreza de outros países, conseguindo manter-se a salvo da perseguição da época, apesar das suas críticas mordazes.
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    Marcas no corpo : aproximações entre arte, violência e gênero.
    (2023) Lucia, Renata Andrea Santana de; Fischer, Stela Regina; Fischer, Stela Regina; Seba, Maria Marta Baiao; Pereira, Elvina Maria Caetano
    A dissertação apresenta a trajetória da artista-pesquisadora Renata Santana, desenvolvida entre os anos de 2018 e 2022. O texto é apresentado em três momentos, com recortes temporais relacionados à pandemia da covid-19: pré-pandemia, pandemia e a retomada das atividades presenciais. Uma pesquisa radicalmente atravessada pela maternidade, na qual vida e a arte sempre tiveram imbricadas, especialmente no período analisado. A metodologia utilizada é o estudo da autoetnografia e dos feminismos negro, interseccional e decolonial. Analisa as ações artísticas, educativas e políticas realizadas com os coletivos de mulheridades Nós Clandestinas, Marcas no Corpo e Frente Feminista de Londrina, Paraná e o NINFEIAS – Núcleo de INvestigações FEminIstAs, de Ouro Preto (MG). As práticas com mulheridades valorizaram a construção e/ou reconhecimento de saberes situados compartilhado entre elas. No âmbito pessoal, a artista-pesquisadora desenvolveu ações performativas a partir do uso de objetos e memórias que revelassem aspectos importantes relacionados à maternidade, especialmente no que tange à gestação, ao parto e ao aborto. A partir das ações estudadas, a artista reconheceu a metodologia feminista que desenvolve em sua pesquisa, na qual transita entre o pessoal e o político para evidenciar questões contemporâneas e socioculturais relacionadas às vivências das mulheridades. Considera-se que as ações vivenciadas nessas investigações feministas, sejam oficinas ou performances, sejam inscritas nas liminaridades da cena contemporânea. Com elas, a artista desenvolveu, com mais cuidado e rigor, o olhar para as categorias analíticas de gênero, raça, classe e sexualidade, as quais, interconectadas, marcam os corpos que expressam mulheridades em algum momento da vida. Essa atenção é um posicionamento ético, artístico e político, que pode auxiliar na tomada de ações para minimizar/eliminar as opressões que marcam o cotidiano das mulheridades.
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    Reescrituras cênicas : Exú, Ogum e outras mitologias na encruzilhada.
    (2022) Medeiros, Éric Inácio de; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Santos, Inaicyra Falcão dos; Silva, Éder Rodrigues da
    Neste trabalho, busco destacar o aspecto do mito como potencialidade discursiva, levantando reflexões acerca de sua contribuição para as artes cênicas, evidenciando o seu caráter performativo, bem como a importância de suas reescrituras na cena contemporânea. Nesse sentido, utilizamos o Método da Comparação Diferencial (Heidmann, 2011; 2014) como metodologia desta pesquisa, a fim de pensar a dinamicidade do mito na contramão de uma visão fixa, universal e arquetípica que, muitas vezes, a ele é direcionada. Para tanto, discutimos acerca da performatividade do mito a partir de Heidmann (2011; 2014), Beigui (2015), Ravetti (2002), Fischer-Lichte (2011), Seixas (2017) e Dupuis (2003), destacando o seu caráter dinâmico e suas singularidades ao deslizar em distintos e diversos discursos. Desse modo, refletimos sobre o mito e seus cruzamentos, o contexto de enunciação no qual ele surge, a partir do conceito de encruzilhada de Martins (2003) e Rufino (2019), bem como o de ancestralidade a partir de Santos (2009), percebendo o modo como ele é reescrito e atualizado na contemporaneidade e nas artes da cena. Para tanto, utilizamos como corpus da pesquisa os espetáculos: Exú, a boca do Universo (2013) e Ogum, Deus e Homem (2010) de Fernanda Júlia Barbosa (Onisajé), e Tombo da Rainha (2015) de Carla Pires Martins.