A leitura entre táticas e estratégias? : consumo cultural e práticas epistolares.

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Data
2010
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Resumo
O artigo focaliza certos limites presentes no modo como as categorias tática e estratégia vêm sendo consideradas no estudo das práticas de consumo cultural. Para tanto, são retomadas algumas discussões sobre a pertinência do modelo proposto inicialmente por Michel de Certeau em sua obra fundadora A invenção do Cotidiano (1980) que, de modo binário, distingue táticas de estratégias e, com isso, fortes de fracos, dominantes de dominados. Esse tema será abordado a partir de dados reunidos no âmbito de uma investigação que buscou identificar horizontes de expectativas dos leitores do Almanaque Abril, por meio da análise de cartas escritas e enviadas pelos mesmos ao longo da década de 1990. As análises realizadas sugerem que a leitura seja uma atividade de tipo tática, tal como ensina M. de Certeau, mas que, sob determinadas condições, assume traços estratégicos relacionados à busca de um lugar próprio por parte do leitor. É possível considerar, portanto, que em certos casos, as categorias tática e estratégia estabeleçam uma relação de interdependência regulada por um estado permanente de tensão que é reafirmado e atualizado no interior de cada experiência social e individual.
Descrição
Palavras-chave
Michel de Certeau, Readings, Tatics, Strategies
Citação
PEREIRA, M. H. de F.; SARTI, F. M. A leitura entre táticas e estratégias?: consumo cultural e práticas epistolares. História da Educação, Pelotas, v. 14, n. 31, p. 195-218, maio/ago. 2010. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/asphe/article/view/28855/pdf>. Acesso em: 04 nov. 2015.