Vítimas de armas de projéteis múltiplos : análise de 56 necropsias forenses.

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2021
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Lesões por projéteis de armas de fogo (AF) apresentam grande importância criminalística e médico-legal. O Brasil é o país com maior número absoluto de mortes violentas e a maioria dos homicídios nacionais envolve o uso de AF. A munição típica de uma AF de projéteis múltiplos (PM) dispara um número variável de projéteis, o que ocasiona particularidades nas lesões observadas. Este trabalho objetivou analisar os casos fatais decorrentes de AF de PM necropsiados no Instituto Médico Legal André Roquette entre 2006 e 2012. Foi realizado um estudo transversal com 56 laudos de vítimas fatais de lesões produzidas por PM. Predominou o sexo masculino (98,2%), a faixa etária de 18 a 29 anos (44,6%), os solteiros (83,9%), os pardos (69,6%) e os naturais de Belo Horizonte. A idade média foi de 28,3 anos. A suspeita de homicídio representou a quase totalidade dos casos (96,4%), com dois casos de suicídio e nenhum de natureza acidental. Houve predominância de vias púbicas como locais de procedência dos periciados (66,1%). A média do número de lesões de entrada de PM foi de 1,5. Houve lesões encefálicas em 62,5% dos casos, pulmonares em 48,2% e cardíacas em 26,8%. A média do número de projéteis recuperados foi de 5,7; foram encontradas buchas em 33 casos. Quase metade dos periciados havia consumido álcool etílico previamente à morte e a maioria das pesquisas toxicológicas foi positiva (cocaína e/ou maconha). Estes dados contribuem para o melhor delineamento do perfil epidemiológico das vítimas fatais de PM em nosso meio, podendo contribuir para o melhor conhecimento destas ocorrências.
Descrição
Palavras-chave
Espingarda, Lesões por tiro, Medicina legal, Shotgun, Gunshot wounds
Citação
BORDONI, P. H. C; SILVA, G. C.; BORDONI, L. S. Vítimas de armas de projéteis múltiplos: análise de 56 necropsias forenses. Revista Brasileira de Criminalística, v. 10, p. 22-28, 2021. Disponível em: <http://rbc.org.br/ojs/index.php/rbc/article/view/474>. Acesso em: 10 jun. 2021.