Avaliação da toxicidade aguda do antimônio trivalente : formas livres ou lipossomal associadas ou não à administração de ácido ascórbico.

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Data
2013
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Resumo
Compostos antimoniais são utilizados no tratamento das Leishmanioses, porém há lacunas importantes a respeito dos seus mecanismos de ação e toxicidade. Formulações lipossomais foram desenvolvidas objetivando promover menor toxicidade e maior eficácia desses compostos. Visando dar continuidade aos trabalhos anteriores de nosso grupo de pesquisa com o SbIII na forma lipossomal e com a potencial ação cardioprotetora do ácido ascórbico (AA) quando associado ao SbIII, este trabalho avaliou a toxicidade aguda não clínica de duas formulações lipossomais de SbIII, convencional (LCSbIII) e peguilada (LPSbIII) associadas ou não à administração de AA, após sua administração por via intraperitoneal (IP), em camundongos Swiss. As preparações lipossomais foram realizadas pelo método de congelamento/descongelamento, seguido de extrusão. Para quantificação do SbIII nessas formulações realizou-se a revalidação de um método analítico por ICP-OES. O percentual de encapsulação obtido foi de, aproximadamente, 15% para LCSbIII e de 14% para LPSbIII . Em média, os tamanhos das partículas foram de 170 a 230 nm, para ambas as formulações, com índice de polidispersão inferior a 0,3. LPSbIII foi mais estável por 30 dias e apresentou perfil de liberação in vitro mais lento. Para determinação da dose limite (DL) de SbIII utilizou-se o método do “Teste de Doses Fixas” (TDF), no qual foram utilizadas as doses: 17, 18, 19 e 20 mg.kg-1. A dose única de 18 mg.kg-1 (DL) de SbIII livre induziu claros sinais de toxicidade e alterações histopatológicas qualitativas. No estudo de toxicidade aguda, as administrações de SbIII livre e SbIII+AA induziram perda de peso corporal nos animais, mortalidade significativa e sinais clínicos de toxicidade, como: ataxia, piloereção, tremores, convulsões e elevados níveis de ALT, AST e fosfatase alcalina. Nesses grupos, observou-se degeneração celular, presença de pigmentos de hemossiderina e necrose tecidual no fígado. Também foram observadas esclerose glomerular nos rins e necrose no baço. Em geral, os lipossomas reduziram a frequência e a intensidade dos sinais clínicos de toxicidade, além de não ter sido observada a presença de mortalidade. Lesões histológicas de maior gravidade também não foram observadas nos tratamentos lipossomais. Nos diferentes grupos estudados não foram observadas alterações importantes nas análises de hemácias, hematócrito, monócitos e neutrófilos. A associação da administração de AA com SbIII, nas formas livre ou lipossomais, não produziu efeito protetor em fígado, baço e rins contra a toxicidade desse semimetal nas condições experimentais avaliadas. Porém, os seus efeitos tóxicos foram reduzidos com a utilização dos lipossomas convencionais e peguilados.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Antimônio, Toxicidade aguda, Vitamina C, Camundongo
Citação
LICIO, Carolina Souza Andrade. Avaliação da toxicidade aguda do antimônio trivalente: formas livres ou lipossomal associadas ou não à administração de ácido ascórbico. 2013. 115 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.