Degradação estética do polipropileno na indústria automobilística.

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Data
2019
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Resumo
Com o aumento da utilização de polipropileno pela indústria automobilística, devido, principalmente, a fatores econômicos e ao conjunto equilibrado de propriedades do material, surgem também alguns problemas a serem enfrentados. A degradação do polipropileno, empregado especificamente em áreas externas de veículos, geralmente resulta na alteração dos seus aspectos visuais (estéticos), com surgimento de manchas permanentes, descoloração, fissuras e aumento da rugosidade, inutilizando o produto muito antes de ocorrer qualquer depreciação significativa nas propriedades mecânicas. Procedimentos de exposição em ambientes controlados são constantemente empregados em estudos de degradação de polímeros. Porém, existem poucos trabalhos envolvendo exposições naturais, devido à longa duração e a difícil reprodutibilidade desse tipo de exposição. Entretanto, exposições naturais evidenciam as amostras em situação real de uso. Mensurar todo o contexto e condições em que um automóvel é exposto em sua vida útil seria impraticável em ambientes controlados, desta maneira, por meio de pesquisas, foram selecionadas peças de uma mesma montadora e linha, fabricadas no material estudado, que tiveram utilização real no cotidiano de um automóvel, ou seja, foram expostas a intempéries e outras circunstâncias em suas vidas úteis. Com o objetivo de avaliar a integridade superficial do material, foram extraídas amostras de regiões que apresentavam degradação estética, como; manchas, encardidos, descoloração e rugosidades. Estas foram analisadas morfologicamente por microscopia eletrônica de varredura (MEV), mapeadas de acordo com suas composições químicas superficiais pela técnica de espectroscopia de energia dispersiva (EDS) e analisadas em função da variação da descoloração por um analisador de cor (RGB). Além disso, pelo entendimento da necessidade de um feedback por parte dos proprietários de automóveis a percepção dos materiais pelos usuários em relação à degradação visual sofrida pelas peças estudadas, também foi avaliada neste trabalho. A degradação estética do polipropileno, quando utilizado em peças externas de automóveis, pode estar relacionada, entre outros fatores, com alguns aspectos principais: (i) maior exposição superficial das partículas de reforço; (ii) aderência de partículas originárias do ambiente na superfície do material; (iii) fissuramentos e aumento da rugosidade superficial do polipropileno; (iv) descoloração. A relevância dos aspectos visuais foi observada na pesquisa de percepção dos usuários, tendo como principal resultado a desvalorização dos veículos, como um todo, em função da degradação estética das peças fabricadas no material estudado.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Departamento de Engenharia Metalúrgica, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Degradação estética, Indústria automobilística, Polipropileno
Citação
SOUZA, Pedro Costa Fonseca Mariano de. Degradação estética do polipropileno na indústria automobilística. 2019. 103 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Materiais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.