O regime de autonomia avaliativo no Sistema Nacional de Pós-Graduação e o futuro das relações entre historiografia, ensino e experiência da história.
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Data
2016
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Resumo
Neste artigo analiso como a acomodação da historiografia em um
regime de autonomia marcado por modelos avaliativos metrificáveis afasta
o campo de suas origens disciplinares no século XIX e do desenvolvimento
profissional processado ao longo do século XX. Entendo por “regime de autonomia”
o arranjo de forças históricas que possibilita um determinado discurso
ganhar individualidade e diferenciar-se no tecido de enunciações disponíveis
em época e lugar definidos. Um “regime” é a forma de descrevermos como a
interação dessas forças afeta e configura o discurso, em especial a relação entre
os vetores autor, leitor, circulação, linguagens, conceitos e médias. A hipótese
aqui desenvolvida é que um “regime de autonomia avaliativo”, comum a outras
esferas da ciência moderna, tem transformado a historiografia e o historiador
contemporâneo, celebrando um perfil de alta especialização, baixa relevância
e comunicabilidade social que coloca em risco a capacidade deste profissional
colaborar para a diversificação das formas de experiência histórica.
Descrição
Palavras-chave
Sistema Nacional de Pós-Graduação, Historiografia, Regime de autonomia avaliativo, Ensino de História
Citação
ARAÚJO, V. L. de.O regime de autonomia avaliativo no Sistema Nacional de Pós-Graduação e o futuro das relações entre historiografia, ensino e experiência da história. Anos 90, Porto Alegre, v. 23, n. 44, p. 83-109-109, 2016. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/anos90/article/view/66436>. Acesso em: 16 jan. 2018.