Estudo de misturas poliméricas formadas por PEBD e plásticos biodegradáveis com o óleo e o polímero de moringa oleífera.

Abstract

O desenvolvimento da tecnologia dos polímeros permitiu a produção de produtos plásticos resistentes, duráveis e com menor custo de produção quando comparado aos metais. Os plásticos estão presentes na sociedade em uma diversidade infinita de produtos. A vantagem de produção de um material durável esbarra na dificuldade de descarte do produto velho para a compra de um novo, situação não desejável em uma sociedade de consumo. Os estudos relacionados à adição de óleos vegetais em polímeros comerciais (poliestireno, poliestireno e polipropileno) indicam que valores entre 2% a 5% em massa melhoram a capacidade biodegradante do material sem impactos significativos nas propriedades mecânicas. A Moringa oleifera lam é uma árvore do nordeste da Índia que se adapta em quase todos os tipos de solo. O óleo extraído das sementes é estudado na produção de biocombustíveis e bio-lubrificantes e em menor proporção como aditivos para polímeros comerciais. Nesse estudo tratamos a utilização de uma porcentagem ideal em massa de óleo de moringa (MO) ou de polímero do óleo (PMO) que permita a interação entre as estruturas dos polímeros das sacolas plásticas (PB) e o polietileno de baixa densidade de sacos transparentes (PE). Os filmes formados pelo MO ou pelo PMO com a mistura PEPB foram caracterizados e submetidos a testes de biodegradação. As análises térmicas indicaram que o aumento da proporção de MO ou PMO aumenta a estabilidade térmica da mistura. Os testes de tração indicaram que o filme MO-PE-PB (sem pigmentação) apresentou comportamento similar ao do PEPB em relação à tensão de ruptura e ao alongamento, embora tenha reduzindo significativamente a rigidez em relação ao PEPB. No caso do PMO-PE-PB ocorreu o aumento da resistência à tração, mas, a exemplo do MO-PE-PB, o filme apresentou redução da rigidez. As amostras pigmentadas apresentaram perdas consideráveis nas propriedades mecânicas. A capacidade de biodegradação das amostras PMO-PE-PB foi superior ao verificado nas amostras MO-PE-PB. A pigmentação não favoreceu a degradação dos filmes. As micrografias, o teste de molhabilidade e os testes de biodegradação indicaram a presença de poros nos filmes poliméricos, os quais influenciaram na celeridade do processo de biodegradação. O presente trabalho propõe a obtenção de filmes poliméricos biodegradáveis compostos pela mistura de polímeros biodegradáveis (PB) com polietileno de baixa densidade (PEBD), aqui chamados simplesmente de PE e derivados do óleo da semente de Moringa oleifera.