Geometria, petrografia e deformação de corpos ultramáficos metamorfisados da região de Santa Rita de Ouro Preto, MG, Brasil.

Resumo
A região de Santa Rita de Ouro Preto é historicamente conhecida pelo artesanato em pedra-sabão, designação popular do esteatito, cujo conteúdo de talco é superior a 75% e é produto do metassomatismo de rochas ultramáficas peridotíticas. Assim, o estabelecimento da geometria externa dos corpos ultramáficos metamorfisados, de onde se extrai o esteatito, está diretamente relacionado ao melhor aproveitamento econômico dos mesmos. Um modelo inicialmente proposto de zoneamento litológico, de geometria externa circular, cuja diferenciação petrográfica do núcleo em direção à borda, reflete em um núcleo quimicamente menos modificado. No presente trabalho, tal zoneamento litológico em linhas gerais se mantem, com suaves modificações. Entretanto, quanto a sua morfologia, propõe-se, uma geometria assimétrica para os corpos ultramáficos metamorfisados encontrados na região de Santa Rita de Ouro Preto e arredores, uma vez que a geometria arrendondada desconsidera a ação de um campo de tensões. Por meio de mapeamento geológico, em escala 1:10.000, caracterizaram-se corpos com geometria na forma de pods, cuja associação com diques de anfibolito reflete as direções aproximadas, NE-SW, de um campo de tensões, uma vez que os pods apresentam alinhamento NW-SE. Esses corpos foram deformados e sua geometria, em mapa observada na forma de “diques”, reflete, de fato, a direção principal de alongamento dos pods. Neste contexto, esse manuscrito visa fornecer subsídios para o melhor entendimento dos processos deformacionais ocorridos, da geometria e do posicionamento tectônico destas rochas.
Descrição
Palavras-chave
Geometria assimétrica, Deformação, Esteatito, Santa Rita de Ouro Preto
Citação
GONÇALVES, L. E. da S. et al. Geometria, petrografia e deformação de corpos ultramáficos metamorfisados da região de Santa Rita de Ouro Preto, MG, Brasil. Geonomos, v. 19, p. 10-17, 2011. Disponível em: <https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistageonomos/article/view/11777>. Acesso em: 20 jul. 2017.