Cartografia geotécnica aplicada ao planejamento urbano.
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Data
2012
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Resumo
A cartografia geotécnica começou a ser prática no Brasil
a partir da década de 1970, se consolidando na década
de 1980, com o desenvolvimento e aplicação de metodologias
com vários objetivos, enfoques e escalas de
trabalho, praticadas por universidades e instituições
de pesquisa. Com o desenvolvimento de tecnologias
de processamento eletrônico de dados cartográficos,
que possibilitou a representação e o armazenamento
de dados através de um ambiente computacional,
ocorreu paralelamente o desenvolvimento dos sistemas
de informação geográficas (SIG), tornando-se
possível capturar, gerenciar, manipular e analisar uma
grande quantidade de dados de fontes diversas, referenciados
espacialmente, reestruturando-os e apresentando-
os para a solução de problemas complexos de
planejamento e gerenciamento. A agilidade nas análises
e a geração de produtos derivados fomentaram a
expansão da cartografia geotécnica e os mais variados
produtos surgiram, com aplicação diversificada (planejamento
urbano, planejamento ambiental, ordenamento
territorial, gestão territorial, gerenciamento de
obras civis, estudos de processos geodinâmicos, zoneamentos
ambientais dirigidos, etc.). Este trabalho aborda
as práticas de cartografia geotécnica com enfoque
no planejamento urbano, partindo da conceituação
de suscetibilidades, aptidão para urbanização e riscos
geológico-geotécnicos, propondo a seguir procedimentos
para a elaboração de cada produto cartográfico,
seguindo a lógica do detalhamento progressivo.
São discutidas as questões de escalas de mapeamento
e apresentação, dados e informações básicos mínimos
necessários para cada nível de mapeamento, a importância
da correlação entre os tipos de produtos a serem
gerados e o objeto do estudo, em termos de aplicação
e utilização, considerando o Estatuto das Cidades que
cria e regulamenta instrumentos que visam assegurar
a função social da propriedade e da cidade, bem como regulação e controle do uso e ocupação do solo urbano
e rural, sem entretanto aprofundar a discussão sobre
metodologias de mapeamento, visto que estas são
condicionadas por fatores técnicos, econômicos e de
tempo disponível para execução. Pretende-se com esta
proposição fomentar a discussão em torno da temática,
buscando uma uniformização dos procedimentos de
forma que estes estudos sejam mais facilmente replicáveis
e exequíveis pelas municipalidades e governos
estaduais, instâncias públicas responsáveis pelo planejamento
urbano.
Descrição
Palavras-chave
Cartografia geotécnica, Suscetibilidade, Risco geológico, Planejamento urbano
Citação
SOBREIRA, F. G.; SOUZA, L. A. de. Cartografia geotécnica aplicada ao planejamento urbano. Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental, v. 2, p. 79-97, 2012. Disponível em: <https://www.abge.org.br/volume-2-n-1>. Acesso em: 20 jul. 2017.