Fatores de risco associados à resistina e visfatina em crianças de Nova Era – MG.

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2015
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública e um importante fator de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares na idade adulta, principalmente se presente desde a infância. Estudos sobre biomarcadores inflamatórios e marcadores de risco cardiovasculares são importantes para a detecção precoce de grupos de risco para doenças cardiometabólicas e para implementação de ações de prevenção precoce. Objetivo: Identificar as associações entre as variáveis antropométricas, de composição corporal, clínicas, bioquímicas, demográficas e as concentrações de resistina e visfatina em crianças de 6 a 10 anos matriculadas na rede pública de ensino de Nova Era-MG. Metodologia: Esse projeto trata-se de um estudo de caso-controle aninhado a um transversal. Para comporem a amostra desse estudo foram selecionadas todas as crianças diagnosticadas como obesas (n=65), e para cada criança obesa foram selecionadas duas crianças eutróficas (n=130) que pertenciam à mesma escola. Amostras de sangue foram coletadas após 12 horas de jejum para obtenção de soro e plasma. Nesta etapa também foi realizada a avaliação antropométrica, de composição corporal e a aferição da pressão arterial. Foram realizados os testes T de Student e teste Mann-Whitney U, para comparação entre os grupos de acordo com a normalidade dos dados e análise de regressão linear múltipla, sendo considerado significante um α de 0,05 em todos os testes estatísticos. A análise estatística foi realizada no programa R.2.13.1 Resultados: Foram incluídas no estudo 178 crianças (57 obesas e 121 peso normal) de 6 a 10 anos. A resistina foi associada com o LDL-colesterol, visfatina, índice aterogênico, razão cintura-estatura nas crianças de peso normal e com a visfatina e interação entre o índice de conicidade e HOMAAD nas obesas. A concentração de visfatina foi associada à concentração de resistina e prega cutânea tricipital e negativamente ao índice HOMA-AD nos escolares eutróficos, enquanto nos obesos foi associada com a razão cintura-estatura, índice aterogênico, resistina e com a interação entre índice de adiposidade troncal e adiponectina, além de uma associação negativa com o índice HOMA-IR. Conclusão: Nosso estudo mostra uma relevante associação entre as variáveis antropométricas e bioquímicas relacionadas à gordura visceral e inflamação, definida pelas concentrações de resistina e visfatina em crianças, sugerindo que essas duas adipocinas são bons marcadores pró-inflamatórios e estão fortemente relacionadas com a obesidade central.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Obesidade nas crianças, Inflamação, Obesidade - tratamento
Citação
SIMÕES, Natalia Figuerôa. Fatores de risco associados à resistina e visfatina em crianças de Nova Era – MG. 2015. 89 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2015.