Crenças sobre ensino/aprendizagem de língua estrangeira (inglês) do professor em formação e em serviço inicial.

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Data
2015
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Resumo
Ao adentrarem no meio acadêmico, os futuros professores trazem consigo uma bagagem de crenças sobre ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira (Inglês) construídas ao longo de suas vidas, e expectativas diversas sobre o embasamento teórico, prático e metodológico que curso de Letras irá lhes proporcionar, assim como imaginam como será a realidade de sala de aula que encontrarão após a sua graduação. Essas crenças podem influenciar de maneira significativa em sua prática pedagógica, daí a relevância de seus estudos. Nesta pesquisa, buscamos responder às seguintes perguntas: Quais são as mudanças nas crenças do professor de língua inglesa em formação em diferentes momentos de seu percurso acadêmico – durante e após a realização do estágio? As crenças estabelecidas ao longo da graduação se mantêm até quando estes professores estão em exercício? Há uma tendência, entre professores em serviço inicial, de apresentarem crenças semelhantes? Para tanto realizamos uma pesquisa de base qualitativa-interpretativista (Brown, 1988; Moita Lopes, 1994; entre outros), de natureza documental (May, 2004) e sociológica (Florestan, 1998), com professores em serviço inicial graduados em Letras (Licenciatura em Língua Inglesa) pela UFOP – Universidade Federal de Ouro Preto. Os objetivos deste estudo são: (a) evidenciar o percurso de modificação das crenças entre os sujeitos que constituíram o universo desta pesquisa durante a graduação e como recém-formados, em serviço; (b) identificar se estes indivíduos realizaram sua prática pedagógica, durante o estágio, em convergência ou em contradição com suas crenças, assim como com os construtos teóricos inerentes à graduação; (c) identificar se há, entre os professores participantes deste estudo, uma recorrência ao compartilhamento de determinadas crenças por professores recém-formados. Nosso referencial teórico constitui-se de estudos que se desenvolveram em torno das crenças, sua concepção e relevância, assim como princípios da linguística aplicada e teorias de ensino, além de buscarmos considerações sobre características das manifestações discursivas, fonte primária de nossos dados (Barcelos, 1995; 2001; 2004; 2006; Barcelos; Vieira-Abrahão, 2006; 2010; Almeida Filho, 1998; 2001; Schön, 1983; 1997; Silva, 2005; Pajares, 1992; Freire, 1998; Bakhtin, 2006; dentre outros). Os resultados indicam que a experiência de estágio dos participantes desta pesquisa, assim como sua prática pedagógica em serviço inicial, tiveram influência tanto no reforço de algumas de suas crenças quanto na des/reconstrução de outras. Além disso, pudemos notar a influência de suas crenças em sua prática pedagógica e percebemos que há uma tendência entre professores de língua estrangeira (LE) recém-formados em partilharem determinadas crenças. Esta análise se mostra relevante para os estudos na área de crenças sobre ensino/aprendizagem de LE uma vez que se evidenciou o percurso de modificação das crenças desses professores em dois momentos distintos – enquanto alunos de graduação e, posteriormente, em serviço inicial –, além de possibilitar a observação sobre como se dá a relação mútua entre crenças, práticas pedagógicas, manifestações discursivas e os embasamentos teóricos que os sujeitos possuem (impacto do curso de Letras na formação de suas crenças e ações).
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Citação
OLIVEIRA, Ana Carolina Silva de. Crenças sobre ensino/aprendizagem de língua estrangeira (inglês) do professor em formação e em serviço inicial. 2015. 138 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2015.