Avaliação do comportamento do serpentinito na cultura da soja.

Abstract

O presente Trabalho tem como objetivo avaliar o aproveitamento da rocha serpentinito como elemento repositor de nutrientes do solo, obtido a partir da extração na Empresa Pedras Congonhas Extração Arte Indústria Ltda., localizada na cidade de Nova Lima, Minas Gerais. Esta rocha possui potencial para mineralizar solos agricultáveis através da liberação de elementos químicos, como óxido de magnésio e óxido de silício. Para este estudo, a metodologia usada foi a execução de pesquisa bibliográfica. A seguir, foi realizada a caracterização química e física do material em estudo, e verificada sua classificação quanto ao tipo de resíduo, usando a Norma ABNT 10.006/2004, a partir de coleta de amostra representativa do serpentinito. Trata-se de um silicato de magnésio com teor médio de 42,15% de óxido de silício e 35,85% de óxido de magnésio da massa da amostra da rocha. O material é classificado como resíduo não perigoso classe IIB, de acordo com a Norma usada. A partir desses resultados, foi desenvolvido um experimento em campo com a cultura da soja na Fazenda Santa Inês, no município de Naviraí, em Mato Grosso do Sul, de modo a comprovar a capacidade da rocha em fornecer elementos químicos para o solo, participando do ciclo de nutrientes da cultura da soja. Um dos elementos citados a priori é o magnésio, uma vez que auxilia no efeito calagem. Os resultados obtidos mostraram que o serpentinito estudado tem participação no ciclo de nutrientes na cultura da soja, que contribui e não prejudica a produtividade da cultura, prestando um serviço ambiental ecossistêmico de suporte.