Excesso de peso e obesidade abdominal em trabalhadores terceirizados do setor de reflorestamento : prevalência e fatores associados.

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Data
2014
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Resumo
Introdução: A ocorrência, cada vez mais frequente, de excesso de peso e de obesidade abdominal na população economicamente ativa evidencia a necessidade de se conhecer e monitorar seus fatores associados, principalmente em trabalhadores do setor de reflorestamento, uma vez que, estudos sobre essa população são raros na literatura científica. Objetivo: Estimar a prevalência de excesso de peso e de obesidade abdominal e identificar seus fatores associados a trabalhadores do setor de reflorestamento em Minas Gerais. Metodologia: Estudo de delineamento transversal, realizado com 699 homens adultos, trabalhadores de uma empresa de reflorestamento, por meio da utilização do banco de dados do projeto denominado “Avaliação das condições de vida, saúde, de nutrição e de trabalho de trabalhadores florestais - Fase I”. O processo de regressão logística multinomial foi utilizado para estimar os valores de razões de chances e respectivos intervalos de 95 % de confiança considerando as categorias: excesso de peso corporal sem obesidade abdominal e obesidade abdominal. O processo de modelagem foi fundamentado em duas etapas. Inicialmente, as variáveis que apresentaram um p-valor < 0,25 na análise univariada foram selecionadas. Posteriormente, realizou-se a análise múltipla da regressão logística multinomial e foram mantidas no modelo as variáveis que apresentaram níveis de significância estatística menor do que 5 %. Todas as análises foram realizadas utilizando o software estatístico STATA versão 11.0. Resultados: Foi encontrada uma prevalência de 23,3 % de excesso de peso e uma prevalência de obesidade abdominal de 15,7 %. A idade variou entre 18 a 65 anos. A maioria dos trabalhadores (69 %) relatou viver com o companheiro. Em relação à renda, observou-se que 65 % dos trabalhadores ganhavam menos que dois salários mínimos. Em relação à renda utilizada na compra de alimentos, verificou-se que o gasto mediano era de R$ 200,00, e que 60 % dos trabalhadores despendiam um valor igual ou superior a esse. Em relação aos aspectos comportamentais, 20 % dos trabalhadores declararam consumir bebidas alcoólicas e 29,5 % deles declararam fazer uso do cigarro. Considerando os macronutrientes, maiores frequências de consumo dentro do recomendado foram observadas para proteínas. Observou-se que a maioria dos indivíduos realizava entre três e quatro refeições por dia. Quanto à investigação dos grupos de alimentos, destacou-se o grupo de leite e derivados, o qual apresentou uma frequência de 99 % de trabalhadores com consumo dentro do recomendado. Após a realização da regressão logística multinomial múltipla, foi encontrado que a idade superior a 32 anos associou-se ao excesso de peso (odds ratio ajustada: 2,58; IC95 % 1,68; 3,95). Trabalhadores que vivem com o companheiro apresentaram uma chance 2,48 vezes maior de desenvolver obesidade abdominal, comparados com os trabalhadores que vivem sem companheiro (IC95 % 1,33; 4,65). A não ingestão de lanche mostrou-se associada à obesidade abdominal (odds ratio ajustada: 1,77 IC95 % 1,03; 3,04). Conclusão: Futuros estudos devem ser desenvolvidos sobre o papel da dieta e de outros fatores associados na identificação do excesso de peso e da obesidade abdominal em trabalhadores do setor de reflorestamento.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Obesidade abdominal, Excesso de peso, Reflorestamento
Citação
SOUZA, T. T. Excesso de peso e obesidade abdominal em trabalhadores terceirizados do setor de reflorestamento : prevalência e fatores associados. 2014. 111 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2014.