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Título: Veredas do ser : arte e poesia como acontecimento da verdade no pensamento de Martin Heidegger.
Autor(es): Carvalho, José Maria Pereira
Orientador(es): Guimarães, Bruno Almeida
Palavras-chave: Ser
Dazen
Obra de arte
Diferença ontológica
Verdade
Data do documento: 2012
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: Carvalho, J. M. P. Veredas do ser : arte e poesia como acontecimento da verdade no pensamento de Martin Heidegger. 2012. 91 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2012.
Resumo: Este trabalho, baseado na obra de Martin Heidegger, tem o propósito de investigar a diferença ontológica em dois momentos decisivos de sua filosofia: antes e depois da viragem (Kehre) de seu pensamento, ocorrida na década de 1930. A questão do ser influencia toda a investigação filosófica de Heidegger que, visando atingir o ser em seu fundamento, busca uma maneira de pensá-lo, ultrapassando as fronteiras da ontologia da tradição, para, deste modo, reorientar o pensamento para o solo de sua essência. A primeira tentativa foi o intento de Ser e Tempo, cuja meta é a elaboração do sentido do ser em geral. Após Ser e Tempo, Heidegger percebeu a necessidade de ampliação da pergunta fundamental que norteava seu pensamento. Significativa, nessa nova orientação, é a pergunta pela essência da obra de arte. Entretanto, os desdobramentos do ensaio sobre a arte têm um alcance provisório. Através da pergunta pelo fundamento da linguagem, Heidegger encontrou uma nova pista. Se outrora ele acreditava que a palavra poética era capaz de desvelar a verdade, a suspeita, a partir de então, é a de que nem mesmo aquela seria capaz de dizê-la. Só nos resta, então, o silêncio; uma espera até que o mistério se nos anuncie. Todavia, se a linguagem do ser é o silêncio, o ser, por seu turno, não é alheio ao dizer, pois em cada ato da fala, que só é dito a partir do ser, o mesmo se mostra e se retira. E, aquilo que silencia, para nós, parece estranho e permanece como algo que não está próximo de nós. É na distância que o silêncio instaura – para aqueles que estão acostumados com a linguagem que aproxima – que acontece o mais espantoso para o pensamento, a instauração da diferença. O silêncio do ser, a incapacidade da linguagem e do pensar para abarcá-lo, inaugura um momento novo, uma nova compreensão e sentido que a filosofia de Heidegger, desde cedo perseguiu.
Resumo em outra língua: This paper, based on Martin Heidegger’s work, proposes investigating the philosopher’s shift in thinking in two decisive moments in his philosophy: before and after the turning of his thought (Kehre), occurred in the 1930s. The query for the being influences Heidegger's philosophical inquiry. Aiming to grasp the being in its basis, the philosopher seeks a way of thinking of it beyond the boundaries of traditional ontology in order to redirect, thereby, the thought for its essence’s ground. The first attempt has been intended in Being and Time (Sein und Zeit), whose purpose is to elaborate upon the theme of the sense of the being, in general. After Being and Time, Heidegger has realized the need to expand the fundamental question that had guided his thinking. Meaningful in this new orientation is the questioning about the artwork’s essence. Nevertheless, the developments of the essay on the art have a provisional scope. Through the question for the language’s foundation, Heidegger has found a new clue. If once he had believed the poetic word was able to unveil the truth, the suspicion afterwards is that not even that would be able to say it. Then, all that remains is silence; a waiting for the mystery until it announces itself to us. However, if the being’s language is silence, the being, in turn, is no stranger to the word, since in each speech’s act, which is voiced only by the being, the same both reveals itself and recedes. And that which silences seems strange to us, like something not within our reach. It is at a distance that silence establishes - for those who are accustomed to the language that approximates - the grounds of difference. The being’s silence, the inability of speech and thinking to encompass it, sets in a new moment, a new understanding and sense that Heidegger’s philosophy has always pursued
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3412
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