Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/3298
Título: Utilização de DNA P36(LACK) na indução de resposta imune e na proteção contra infecção por Leishmania chagasi em camundongos BALB/C.
Autor(es): Silva, Eduardo de Almeida Marques da
Orientador(es): Resende, Simone Aparecida
Palavras-chave: Leishmania chagasi
Leishmaniose visceral americana - Brazil
Imunobiologia de protozoários
DNA
Data do documento: 2004
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: SILVA, E. de A. M. da. Utilização de DNA P36(lack) na indução de resposta imune e na proteção contra infecção por Leishmania chagasi em camundongos BALB/C. 2004. 210 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2004.
Resumo: A leishmaniose visceral americana no Brasil é uma zooantroponose inicialmente restrita a áreas rurais e peri-urbanas. Com a emergência de novos focos em áreas urbanas, essa doença passou a ter influências significativas na saúde pública, e a vacinação é um importante mecanismo de proteção. Vários protocolos de vacinação vêm sendo testados para as diferentes formas de leishmaniose, e o uso de vacinas de DNA é uma alternativa interessante devido à sua capacidade de indução de imunidade celular prolongada. Além disso, essas vacinas estimulam respostas humorais, auxiliares e citotóxicas, sendo as duas últimas muito importantes para a indução de uma resposta protetora em modelos murinos de leishmaniose visceral. A LACK (homóloga de Leishmania de receptores de proteína quinase C ativada) é uma proteína de 36 kDa altamente conservada entre as diferentes espécies e formas evolutivas de Leishmania, e induz proteção contra infecção cutânea por L. major por intermédio do redirecionamento da resposta patogênica (Th2) para a protetora (Th1), quando administrada como a versão reduzida de 24 kDa. Sua eficácia como antígeno em vacinações contra L. chagasi ainda não foi avaliada. Nós testamos, então, uma vacina de DNA que codifica o gen p36(LACK) (DNA p36(LACK)), administrada pela via intramuscular ou subcutânea, objetivando avaliar seu potencial imunogênico e protetor e sua capacidade de indução de resposta imune prolongada contra L. chagasi. Nossos resultados demonstraram que a vacinação com DNA p36(LACK) pela via intramuscular induz uma resposta do tipo 1 (produção de IFN-, mas não de IL-4) quando esplenócitos de camundongos vacinados, mas não desafiados, são estimulados com antígenos de L. chagasi (50, 100 ou 150 g/mL de antígeno solúvel ou 50 g/mL de antígeno particulado) ou proteína p36(LACK) recombinante (5 g/mL). Não houve produção de TNF ou de óxido nítrico por esses esplenócitos. O mesmo não foi observado quando se utilizou a via subcutânea de imunização, onde não se detectou produção de nenhuma das citocinas ou de óxido nítrico pelos esplenócitos submetidos aos mesmos estímulos. A produção significativa de IFN-por esplenócitos estimulados de camundongos vacinados pela via intramuscular e submetidos a desafio endovenoso com promastigotas de L. chagasi 4 ou 12 semanas após a dose de reforço demonstrou a capacidade da vacina de garantir resposta imune prolongada. Entretanto, não houve diminuição de carga parasitária hepática ou esplênica de camundongos vacinados em relação aos controles, demonstrando que a resposta imune induzida pela vacina foi insuficiente para proteger esses camundongos contra o desafio sistêmico, considerando-se quaisquer das vias de vacinação utilizadas. Portanto, a vacina de DNA p36(LACK) administrada pela via intramuscular se mostrou imunogênica e capaz de induzir resposta imune do tipo 1 prolongada, mas não foi capaz de induzir proteção contra desafio sistêmico por L. chagasi.
Resumo em outra língua: American visceral leishmaniasis in Brazil is a zooanthroponosis formerly restricted to rural and peri-urban areas. With the emergence of new foci in urban areas, this disease has assumed an important role in public health, and vaccination is an important mechanism of protection. Several vaccination protocols have been tested for the different forms of leishmaniasis, and the use of DNA vaccines is an interesting approach due to its capability to induce a long-term cellular immunity. Furthermore, these vaccines stimulate humoral, helper and cytotoxic responses, the last two being very important to induce a protective response in murine models of visceral leishmaniasis. LACK (Leishmania homologue of receptors for activated C kinase) is a 36 kDa protein highly conserved between different life cycle stages and species of Leishmania, and it was previously shown to protect against cutaneous infection by L. major, by redirecting pathogenic Th2 to protective Th1 response when administered as a 24 kDa truncated version. Its efficacy as antigen in vaccination against L. chagasi has not been established. Thus, we tested a DNA vaccine that encodes the p36(LACK) gene (p36 (LACK) DNA), administered by intramuscular or subcutaneous route, to evaluate its immunogenicity and induction of protection and long-term immune response against L. chagasi. Our results demonstrated that vaccination with p36(LACK) DNA by intramuscular route induces a type 1 response (IFN-, but not IL-4, production) when spleen cells of vaccinated, but unchallenged, mice were stimulated with L. chagasi antigens (50, 100 or 150 g/mL of soluble antigen or 50 g/mL of freeze-thawed antigen) or recombinant p36(LACK) protein (5 g/mL). No TNF or nitric oxide was produced by these spleen cells. This wasn’t observed when subcutaneous immunization route was tested, where no cytokine or nitric oxide production by spleen cells submitted to the same stimuli was detected. The significant IFN-production by stimulated spleen cells of intramuscularly vaccinated mice that were submitted to endovenous challenge with L. chagasi promastigotes 4 or 12 weeks after booster demonstrated the vaccine capability to warrant long-term immune response. However, the parasite load in liver or spleen of vaccinated compared to non-vaccinated mice did not decrease, giving evidences of vaccine incapability to protect these mice against systemic challenge, by using either intramuscular or subcutaneous vaccination routes. Thus, intramuscular vaccination with p36(LACK) DNA was immunogenic and capable to induce long-term type 1 immune response, but it was not capable to warrant protection against systemic L. chagasichallenge.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3298
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições. Na qualidade de detentor dos direitos autorais, de acordo com a lei nº 9610/98 autorizo a Universidade Federal de Ouro Preto/ UFOP, a disponibilizar gratuitamente, sem ressarcimento dos direitos autorais, o texto integral da publicação supracitada, em meio eletrônico, na BDTD - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e no Repositório Institucional da UFOP, no formato especificado, para fins de leitura, impressão e/ou download pela Internet, a título de divulgação da produção científica gerada pela Universidade a partir desta data.
Aparece nas coleções:PPCBIOL - Mestrado (Dissertações)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO_UtilizaçãoDNAp36.pdf1,18 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.