Padrão da dieta habitual e fatores de risco para doenças cardiovasculares em Ouro Preto, Minas Gerais.

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Data
2007
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
A literatura especializada tem registrado que a alimentação tem função primordial no surgimento das Doenças Cardiovasculares (DCV), exercendo papel fundamental para a prevenção das mesmas. Estudo de delineamento transversal por amostragem realizado no município de Ouro Preto, Minas Gerais em 2001, teve por objetivo analisar o consumo alimentar em indivíduos maiores de 15 anos, assim como verificar uma possível associação com os fatores de risco cardiovasculares. Foram entrevistados 871 indivíduos. O Questionário de Freqüência Alimentar (QFA) foi o instrumento utilizado para avaliar a ingestão habitual de nutrientes e para a análise do consumo adotou-se os valores de referência da Ingestão Dietética de Referência (DRIs). A hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, hiperglicemia e obesidade foram os eventos estudados para explicar os fatores de risco para as DCV associados ao consumo alimentar habitual. A prevalência de HAS foi de 50,3%, dislipidemia 13,2%, diabetes 6,9% e obesidade 13,1%. Notou-se, que entre as mulheres esses fatores de risco foram proporcionais à idade. Porém, entre os homens essa relação foi observada apenas para a HA. A contribuição calórica dos carboidratos (CHO) e das proteínas (PTN) foi adequada (54% e 11%, respectivamente), mas a dos lipídeos (LIP) foi ligeiramente acima do recomendado (36%). A mediana de consumo de vitamina A foi bem acima do preconizado (7411μg), enquanto as vitaminas E e C e selênio apresentaram ingestão adequada (32mg, 197mg e 82μg, respectivamente). A quantidade de colesterol na dieta foi excessiva em 31% dos indivíduos. De forma geral, os homens apresentaram valores de ingestão maiores que as mulheres, e esses valores tenderam a diminuir com o avançar da idade, em ambos os sexos. Os obesos, os dislipidêmicos, os diabéticos e os hipertensos tenderam, de forma geral, a apresentar menores valores de ingestão em relação aos indivíduos não acometidos. As vitaminas A e C correlacionaram-se negativa e significativamente com as dislipidemias. A vitamina E relacionou-se da mesma forma com as dislipidemias e com a obesidade. O selênio, por sua vez, apresentou correlação inversa e significativa com todos os fatores de risco estudados. Com base nesses dados, observa-se que a dieta habitual praticada pela população de Ouro Preto apresenta adequação para os micronutrientes relacionados à proteção para DCV.
Descrição
Palavras-chave
Sistema cardiovascular - doenças, Fatores de risco - doenças cardiovasculares, Levantamentos nutricionais, Ouro Preto - Minas Gerais
Citação
FARIA, V. A. Padrão da dieta habitual e fatores de risco para doenças cardiovasculares em Ouro Preto, Minas Gerais. 2007. 113 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2007.