Fatores de risco nutricionais, comportamentais, clínicos e bioquímicos para as doenças cardiovasculares em trabalhadores de turnos alternantes da Região dos Inconfidentes, Minas Gerais, Brasil.

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Data
2012
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
As doenças cardiovasculares (DCVs) representam a principal causa de morbidade e mortalidade. Nos trabalhadores de turnos, estudos recentes demonstram uma elevada prevalência de fatores de risco cardiovasculares. Objetivos: Descrever as prevalências dos fatores e modelos de risco cardiovascular, assim como avaliar o poder preditivo dos índices antropométricos para triagem de risco cardiovascular. Métodos: Estudo transversal realizado com 678 trabalhadores de turno do sexo masculino com idade mediana de 34,2 (21,7 – 58,9) anos que foram submetidos à avaliação antropométrica, da pressão arterial, do perfil lipídico, da glicemia de jejum e de questões relacionadas a hábitos de vida e condições de saúde. As análises estatísticas foram efetuadas por meio de análise descritiva, do teste qui-quadrado ou do teste exato de Fisher e das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC). Resultados: A prevalência de sobrepeso, de acordo com o índice de massa corporal, entre os trabalhadores foi de 64,3%. Em relação à adiposidade abdominal 57,4% dos indivíduos apresentaram circunferência da cintura ≥90 cm e 68,1% razão cintura estatura acima de 0,50. Já a circunferência do pescoço elevada foi encontrada em 47,8% dos indivíduos. Foram observados níveis elevados de colesterol total em 39,4%, HDL colesterol diminuído em 39,4 %, colesterol LDL alto em 15,1%, triglicerídeos acima de 150 mg/dL em 33,8% e glicemia de jejum alterada em 15% dos indivíduos. Em relação às variáveis comportamentais observou-se que 14,5% dos trabalhadores eram fumantes, 17,7% apresentavam consumo de risco de bebida alcoólica e 26,1% baixos níveis de atividade física. Considerando-se os modelos de risco de Framingham e do risco cardiovascular global foi observado um aumento do risco cardiovascular nos indivíduos entre 30 e 40 anos com mais de cinco anos de trabalho em turnos. Todos os índices antropométricos apresentaram capacidade discriminatória para os modelos de risco cardiovascular em trabalhadores de turno. Os pontos de corte dos índices antropométricos que melhor discriminaram foram de 25,3 a 28 Kg/m2 para o índice de massa corporal, 87,5 a 88,8 cm para a cicunferência da cintura, 0,52 a 0,53 para a razão cintura estatura, 38,8 a 39,8 cm para a circunferência do pescoço. Conclusão: Os resultados do estudo mostram elevadas prevalências de fatores de risco cardiovascular em trabalhadores de turno. A razão cintura estatura foi o melhor índice antropométrico para a detecção de indivíduos incluídos nos modelos de risco cardiovascular.
Descrição
Palavras-chave
Saúde e trabalho - região dos Inconfidentes - Minas Gerais, Sistema cardiovascular - doenças, Mobilidade de pessoal, Antropometria - índices, Obesidade
Citação
ALVES, M. E. Fatores de risco nutricionais, comportamentais, clínicos e bioquímicos para as doenças cardiovasculares em trabalhadores de turnos alternantes da região dos Inconfidentes, Minas Gerais, Brasil. 2012. 99 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2012.