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Título: Efeitos do exercício físico associado aos medicamentos anti-hipertensivos sobre a função cardiovascular.
Autor(es): Castro, Quênia Janaína Tomaz de
Orientador(es): Guimarães, Andrea Grabe
Palavras-chave: Pressão arterial
Coração - hipertrofia
Agentes hipotensores
Exercícios físicos
Meta-analise
Data do documento: 2019
Membros da banca: Soares, Pedro Paulo da Silva
Cáu, Stêfany Bruno de Assis
Alzamora, Andréia Carvalho
Leite, Romulo
Guimarães, Andrea Grabe
Referência: CASTRO, Quênia Janaína Tomaz de. Efeitos do exercício físico associado aos medicamentos anti-hipertensivos sobre a função cardiovascular. 2019. 89 f. Tese (Doutorado em Ciências Farmacêuticas) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.
Resumo: A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica, sendo um dos principais fatores que colaboram para o surgimento de doenças cardiovasculares (DCV). O controle da pressão arterial (PA) contribui para a regressão da hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE). O presente trabalho teve como objetivo verificar, experimentalmente em SHR e clinicamente em estudo de metanálise, se a associação entre o exercício físico regular e o tratamento farmacológico, pode promover a regressão da HVE, e experimentalmente, se menores doses de captopril e losartana podem atingir este efeito quando associados ao exercício físico regular. Os animais foram distribuídos nos grupos sedentários (n=6 cada) e treinados em esteira (n=6 cada). O treino foi realizado durante 60 min/dia, 5 dias por semana, na velocidade 18 m/min durante 8 semanas. Os animais foram tratados por via oral com veículo, captopril 12,5, 25 ou 50 mg/kg ou losartana 2,5, 5 ou 10 mg/kg. Ao final de 8 semanas, foram avaliados a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC), e os intervalos PR, QRS, QT e QT corrigido (QTc) do eletrocardiograma (ECG). Posteriormente, os animais foram eutanasiados e os corações foram extraídos. Os ventrículos esquerdos foram utilizados para determinar a atividade de MMP-2 por zimografia gelatinolítica, e para avaliação histológica (HE e tricrômico de Masson). O exercício físico isoladamente não alterou nenhum dos parâmetros analisados. O tratamento com captopril reduziu PA, FC, QT, QTc, em todas as doses, porém não alterou a atividade de MMP-2 e a estrutura cardíaca. Associado ao exercício, o captopril 25 e 50 mg/kg promoveu redução de 6,7% e 14,2% no intervalo QTc, respectivamente, e na dose de 50 mg/kg, reduziu 13,6% de QT, comparado ao sedentário. O tratamento com losartana 5 e 10 mg/kg reduziu QT tanto em sedentários quanto treinado e reduziu PA apenas na dose de 10 mg/kg. Isoladamente, a losartana não alterou a atividade de MMP-2, mas associado a prática de exercício físico reduziu em 25,4%, 24,8% e 31,8% a atividade de MMP-2 nas doses de 2,5, 5 e 10 mg/kg, respectivamente. O tratamento com captopril ou losartana não alterou o número de núcleos do tecido cardíaco e o comprimento dos cardiomiócitos. A segunda parte do trabalho consistiu de revisão sistemática seguida de metanálise. A revisão utilizou as bases de dados Pubmed, Bireme, Lilacs, Central (Cochrane) e Science Direct, compreendendo período indeterminado até 2018, e a comparação foi realizada entre pacientes treinados e sedentários, tratados com anti-hipertensivos. Os parâmetros analisados foram a massa do ventrículo esquerdo (MVE), índice de massa do ventrículo (IMVE), diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (DDVE), fração de ejeção (FE), PAS, PAD e FC. Cinco estudos (907 indivíduos) foram incluídos na metanálise. A associação exercício físico e anti-hipertensivos reduziu a MVE (IC95%: -21,63 a -1,81, N = 783), PAD (IC95%: -2,84 a -0,16, N = 843), FC (IC95%: -4,57 a -1,53, N = 907), aumentou FE (IC95%: 0,47 a 2,88, N = 843) e apresentou tendência a redução de IMVE e PAS. DDVE foi semelhante nos dois grupos. Concluímos que a associação do exercício físico ao tratamento com losartana mostrou ter efeito adicional nos parâmetros analisados, porém o mesmo não foi observado para o captopril. A metanálise demostrou que indivíduos em tratamento com fármacos anti-hipertensivos, combinados com a prática de exercícios físicos, podem ter o benefício adicional da redução da MVE e da PAD. Sendo assim, a prescrição de exercício físico deve ser considerada para prevenção e tratamento da HVE em indivíduos hipertensos.
Resumo em outra língua: Hypertension (AH) is a chronic disease and it is one of the main factors that contribute to the onset of cardiovascular disease (CVD). Blood pressure (BP) control is important for left ventricular hypertrophy (LVH) regression. The aim of the present work was to verify, experimentally in SHR rats and clinically in a meta-analysis study, if the association between regular exercise and pharmacological treatment can promote the regression of LVH and experimentally, if lower doses of captopril and losartan can achieve this effect. when associated with physical exercise. The animals were distributed in sedentary groups (n = 6 each) and treadmill trained (n = 6 each). The training was performed 60 min a day, 5 days a week, speed 18 m/min during 8 weeks. The animals were treated orally with vehicle, captopril 12.5, 25 or 50 mg/kg or losartan 2.5, 5 or 10 mg/kg. At the end of 8 weeks, systolic blood pressure (SBP) and diastolic (DBP), heart rate (HR), and the electrocardiogram (ECG) PR, QRS, QT, and corrected QT intervals (QTc) were evaluated. Subsequently, the animals were euthanized and the hearts were extracted. Left ventricles were used to determine MMP-2 expression by gelatinolytic zymography, and for histological evaluation (HE and Masson's trichrome). The exercise alone did not change the parameters analyzed. Captopril reduced BP, HR, QT, QTc at all doses, but did not alter MMP-2 expression and cardiac structure. Associated with exercise, captopril 25 and 50 mg/kg promoted a reduction of 6.7% and 14.2% in the QTc interval, respectively, and in the 50 mg/kg dose, reduced 13.6% of QT compared to sedentary. Losartan 5 and 10 mg/kg reduced QT of both sedentary and trained patients and reduced BP at the dose of 10 mg/kg. Losartan did not alter MMP-2 expression, but associated with physical exercise reduced by 25.4%, 24.8% and 31.8% the expression of MMP-2 at doses of 2.5, 5 and 10 mg/kg, respectively. Treatment with captopril or losartan did not alter the number of cardiac tissue nuclei and the cardiomyocytes length. For the second part of the work, a search revision was performed at Pubmed, Bireme, Lilacs, Central (Cochrane) and Science Direct databases, covering an indefinite period up to 2018, comparing trained and sedentary patients treated with antihypertensive drugs. Left ventricular mass (LVM), ventricular mass index (LVMI), left ventricular end-diastolic diameter (LVDD), ejection fraction (EF), SBP, DBP and HR were analyzed. Five studies (907 subjects) were included in the metaanalysis. Five studies (907 subjects) were included in the meta-analysis. Physical exercise associated to anti-hypertensive drugs decreased LVM (95% CI: -21.63 to -1.81, N = 783), DBP (95% CI: -2.84 to -0.16, N = 843), HR (95% CI: -4.57 to -1.53, N = 907), increased EF (95% CI: 0.47 to 2.88, N = 843) and tended to decrease LVMI and SBP. LVDD was similar in both groups. We concluded that the association of physical exercise with losartan treatment seems to have additional effect, but it was not observed for captopril. The meta-analysis showed that hypertension subjects receiving antihypertensive drugs combined with exercise can have the benefit of reduced LVM and DBP. Therefore, exercise prescription should be considered for prevention and treatment of LVH in hypertensive subjects.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/14810
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 05/02/2020 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
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