Mamãe, quero ser princesa : a identidade feminina branca da franquia Frozen.

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Data
2021
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Resumo
Esta dissertação visa observar as relações sociais representadas nos filmes disneynianos, mais especificamente, na franquia Frozen (2013-2019), a saber, como as noções de gênero e raça informam as construções identitárias das protagonistas. A partir do embasamento teórico e metodológico da Teoria da Performatividade e da Metapragmática, informados principalmente pela filósofa Judith Butler (1997), pela linguista Joana Plaza Pinto (2002a, 2002b, 2007, 2018) busca-se analisar e discutir as relações de gênero e branquitude presentes na franquia, analisando se a linguagem cinematográfica hollywoodiana consegue acompanhar as mudanças no campo dos estudos culturais, representados principalmente por Butler (2003, 2004, 2018), pela pedagoga feminista negra bell hooks (2000, 2019), além do psiquiatra, filósofo e ensaísta francês da Martinica, Frantz O. Fanon (2006), a Dra. em Psicologia Social Lia Vainer Schucman (2012), Schucman e Martins (2017); apresentando um breve histórico do gênero maravilhoso e exposição sistemas de classificação do mesmo, que informam a estrutura e as tendências Disney de esquematização narrativa, com base nos estudos dos folcloristas Jack Zipes (1988, 1995, 2012), Alan Dundes (1997), Bruno Bettelheim (2002), Vladimir Propp (2006), e Hans-Jörg Uther (2009). Busca-se, a partir da do embasamento teórico e metodológico, observar os comportamentos, características e falas retratadas nos filmes, para identificar e registrar os indícios de construção identitária das protagonistas e, a partir desse registro, discutir como as regulações linguísticas informam as representações de gênero e raça (e seus apagamentos) dessa construção. Ainda que haja uma narrativa de empoderamento em funcionamento, ela pode ocultar outros mecanismos opressivos. A perpetuação do discurso opressor, embutido num empoderamento simbólico, faz parte da manutenção dessa mesma opressão, de forma que a produção midiática não dá conta da complexidade das relações de gênero e raça, deixando escapar ‘restos’ do sistema que mantém.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Performances, Identidade, Identidade de gênero, Raças, Personagens de Disney
Citação
QUEIROZ, Bárbara Guerra de. Mamãe, quero ser princesa: a identidade feminina branca da franquia Frozen. 2021. 168 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2021.