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Título: Somos de todas as cores : narrativas de acesso à saúde de mulheres cis lésbicas e bissexuais e de homens trans.
Autor(es): Coelho, Bruna Schneider Pinto
Orientador(es): Figueiredo, Adriana Maria de
Val, Alexandre Costa
Palavras-chave: Homossexualidade feminina
Bissexualidade
Pessoas transgênero - identidade
Feminismo
Atenção primária à saúde
Data do documento: 2021
Membros da banca: Figueiredo, Adriana Maria de
Val, Alexandre Costa
Raimondi, Gustavo Antonio
Lima, Eloisa Helena de
Referência: COELHO, Bruna Schneider Pinto. Somos de todas as cores: narrativas de acesso à saúde de mulheres cis lésbicas e bissexuais e de homens trans. 2021. 98 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde da Família) - Escola de Medicina, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.
Resumo: A população LGBTI+ - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexo e outros - sofre com piores desfechos de saúde e maiores barreiras no acesso aos serviços de saúde, podendo, deste modo, ser considerada uma população negligenciada. Constituem esse grupo uma gama de experiências diversas e diferentes conforme a orientação sexual, identidade de gênero, além das interseções com raça e classe social. Dentro desse termo guarda-chuva, nascer no sexo feminino determina uma série de vivências e questões de saúde para pessoas dissidentes da lógica cis-heteronormativa. Ou seja, mulheres lésbicas e bissexuais e homens trans sofrem, nos serviços de saúde, com invisibilização, desconhecimento de suas necessidades de saúde e discriminação. Aqui, denominamos esse recorte como LBT (lésbicas, bissexuais e trans) - DSFN (designadas(os) do sexo feminino ao nascer). Salientamos também que, com frequência, pessoas DSFN encontram-se à mercê de um cuidado em saúde reduzido ao binômio "mulher-útero", que engendra a medicalização de seus corpos, em detrimento da abordagem integral das necessidades e subjetividades destas pessoas. Com foco nessas questões, analisamos as experiências de pessoas LBT-DSFN da região de Ouro Preto, Mariana e Itabirito na busca por cuidados em saúde. Para isso, convidamos pessoas dessa região, maiores de 18 anos, através do contato com coletivos LGBTI+ da região, e de participantes indicadas(os) por outras(os) participantes. A partir da concordância desses em participar voluntariamente deste estudo, foi solicitado que assinassem um questionário sociodemográfico e um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A metodologia utilizada foi a abordagem qualitativa de análise, através de entrevista individual, semi-estruturada, captada por meio de plataforma de vídeo-chamada. Todas as entrevistas foram transcritas, e, a partir delas, foram construídas narrativas para cada participante, as quais passaram por análise de conteúdo. Mostrou-se eloquente a heterogeneidade das experiências, que remetem aos marcadores das diferenças e revelam que as (os) participantes não são apenas vítimas passivas de um sistema normativo, mas também sujeitos ativos, o que se pode constatar através de sua resistência, subversão e negociações.
Resumo em outra língua: The LGBTI+ population - Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites, Transsexuals, Intersex and others - suffers from worse health outcomes and greater barriers in accessing health services. It can, therefore, be seen as a neglected population. Within this group, there is a range of diverse and different experiences according to sexual orientation, gender identity, as well as intersections with race and social class. Within this umbrella term, being born in the female sex determines a series of experiences and health issues for people who dissent from the cis-heteronormative logic: lesbian and bisexual women and trans men suffer, in health services, with invisibility, ignorance of their needs health care, and discrimination. Here, we call this clipping as LBT (lesbian, bisexual and trans) - DSFN (designated female at birth). Furthermore, we emphasize that DSFN people are often at the mercy of health care reduced to the "woman-uterus" binomial, which engenders the medicalization of their bodies, to the detriment of the integral approach to the needs and subjectivities of these people. We analyzed the experiences of LBT-DSFN people from the region of Ouro Preto, Mariana and Itabirito in their search for health care. For this, we invite people from this region, over 18, through contact with LGBTI+ collectives in the region, and participants nominated by other participants. After agreeing to voluntarily participate in this study, they were asked to sign a socio-demographic questionnaire and an Informed Consent Form (FICF). Qualitative methodology was used, through individual, semi-structured interviews, through a video call platform. All interviews were transcribed, and from them, narratives were built for each participant, who underwent content analysis. The heterogeneity of the experiences, which refer to the markers of differences, was eloquent. Furthermore, they make it clear that (the) participants are not only passive victims of a normative system, but also agents, through their resistance, subversion and negotiations.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família. Departamento de Medicina de Família, Saúde mental e Coletiva, Escola de Medicina, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/13953
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 09/11/2021 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
Aparece nas coleções:PROFSAÚDE - Mestrado (Dissertações)

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