Please use this identifier to cite or link to this item: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/13082
Title: Associação entre o consumo de polifenóis e hipertensão arterial sistêmica em participantes da Coorte de Universidades Mineiras (Projeto CUME).
Authors: Coletro, Hillary Nascimento
metadata.dc.contributor.advisor: Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Mendonça, Raquel de Deus
Keywords: Alimentos - consumo
Estudantes universitários - hipertensão
Sistema cardiovascular - doenças
Issue Date: 2020
metadata.dc.contributor.referee: Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Mendonça, Raquel de Deus
Meireles, Adriana Lúcia
Pimenta, Adriano Marçal
Citation: COLETRO, Hillary Nascimento. Associação entre o consumo de polifenóis e hipertensão arterial sistêmica em participantes da Coorte de Universidades Mineiras (Projeto CUME). 2020. 127 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2020.
Abstract: Introdução e objetivo: As doenças cardiovasculares (DCV) foram as principais causas de óbito no mundo no período de 2000 a 2012, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. As DCV têm como principal fator de risco a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) que afeta mais de 40% dos adultos no mundo e é a principal causa global para morte ou invalidez. Estudos epidemiológicos mostraram associações entre consumo de polifenóis, metabólitos das plantas que atuam como fator de proteção em processos inflamatórios, e a redução de risco de DCV. No entanto, pouco se sabe se o consumo de polifenóis pode reduzir o risco de hipertensão, especificamente. O presente trabalho tem o objetivo de avaliar a associação entre o consumo de polifenóis da dieta e a prevalência e incidência de HAS, e variação da pressão arterial (PA), em participantes da Coorte de Universidades Mineiras (Projeto CUME). Metodologia: A amostra foi composta por 4130 graduados e pós-graduados entre os anos de 1994 e 2017 em cinco universidades públicas de Minas Gerais na linha de base e 1799 indivíduos no primeiro seguimento (2 anos) que responderam a um questionário online contemplando questões socioeconômicas e demográficas, de estilo de vida e condições de saúde. O consumo alimentar, foi avaliado utilizando um Questionário de Frequência de Consumo Alimentar e a derivação da ingestão de polifenóis por meio do banco de dados Phenol Explorer. O consumo de polifenóis foi categorizado em quintis para as análises. A variável dependente do presente estudo, presença de HAS, foi estabelecida com base na declaração do participante de ter tido diagnóstico médico da doença, uso de medicamentos anti-hipertensivos ou valores de pressão arterial sistólica ≥ 140mmHg ou pressão arterial diastólica ≥ 90mmHg. A variação da pressão foi calculada subtraindo os valores da PA dos anos de 2016 e 2018 e classificando-as como diminuição ou aumento da PA durante o seguimento. As associações entre o consumo de polifenóis totais, suas classes e subclasses com a HAS foi avaliada por meio de Regressão Logística (OR) para análises transversais e Regressão de Cox (HR) para as longitudinais. Resultados: A prevalência de hipertensão foi associada ao sexo masculino, idade ≥ 40 anos, ter pós-graduação, ter formação em cursos que não da área da saúde, situação profissional relacionada à presença de renda, inatividade física, excesso de peso, ter história familiar de HAS, de acidente vascular cerebral (AVC) e de infarto agudo do miocárdio (IAM), e renda individual e familiar de dez salários mínimos ou mais, sendo que para incidência de HAS a associação ocorreu para renda familiar entre cinco e dez salários mínimos e renda individual de dez salários mínimos ou mais, parar ou diminuir o hábito de fumar e parar ou diminuir o uso de sal de adição. Café, oleaginosas (amendoim, nozes e castanhas) e leguminosas (feijão e lentilha) foram os alimentos que mais contribuíram para o consumo total de polifenóis. O consumo de flavonóis no segundo e quinto quintil (OR: 0,63; IC95%: 0,46 - 0,87 e OR: 0,68; IC95%: 0,50 - 0,93) e ácidos fenólicos (OR: 0,72; IC95%: 0,51 - 1,00) foi inversamente associado à prevalência de HAS na amostra. Após dois anos de seguimento, os indivíduos no terceiro quintil de consumo de estilbenos tiveram 58% menos risco de ter hipertensão (HR: 0,42; IC95% 0,18 - 0,98) em comparação com o primeiro quintil. Ao analisar a diferença de pressão arterial durante o seguimento, observou-se que indivíduos no quarto quintil de lignanas possuíam 42% menos de chances (OR: 0,58; IC95% 0,35 – 0,96) e os no segundo quintil de antocianinas tinham 40% menos de chances de terem a PAD aumentada (OR: 0,60; IC95% 0,36 – 0,97) em comparação com indivíduos que consomem no primeiro quintil. Conclusão: O consumo de flavonóis, ácidos fenólicos e estilbenos, mas não de polifenóis totais, possui relação inversa com a prevalência e a incidência de hipertensão arterial sistêmica em adultos.
metadata.dc.description.abstracten: Introduction and aim: Cardiovascular diseases (CVD) were the main causes of death in the world from 2000 to 2012, according to the World Health Organization. The main risk factor for CVD is Systemic Arterial Hypertension (SAH) that affects over 40% of adults worldwide and is the leading global cause of death or disability. Epidemiological studies have shown associations between consumption of polyphenols, plant metabolites that act as a protective factor in inflammatory processes, and reduced risk of CVD. However, little is known whether the consumption of polyphenols can specifically reduce the risk of hypertension. The present work aims to evaluate the association between dietary polyphenol consumption and the prevalence and incidence of SAH, and blood pressure (BP) variation, in participants of the Minas Gerais University Cohort (CUME Project). Methodology: The sample consisted of 4130 graduates and post-graduates between 1994 and 2017 at five public universities in Minas Gerais at the baseline and 1799 individuals in the first follow-up (2 years) who answered an online questionnaire covering socioeconomic issues and demographic, lifestyle and health conditions. Food consumption was assessed using a Food Consumption Frequency Questionnaire and the derivation of polyphenol intake through the Phenol Explorer database. The consumption of polyphenols was categorized into quintiles for analysis. The dependent variable of the present study, presence of SAH, was established based on the participant's declaration of having medical diagnosis of the disease, use of antihypertensive drugs or values for systolic blood pressure ≥ 140mmHg or diastolic blood pressure ≥ 90mmHg. The pressure variation was calculated by subtracting the BP values for the years 2016 and 2018 and classifying them as a decrease or increase in BP during the follow-up. The associations between the consumption of total polyphenols, their classes and subclasses with SAH were assessed using Logistic Regression (OR) for cross-sectional analyzes and Cox Regression (HR) for longitudinal ones. Results: The prevalence of hypertension was associated with men, age ≥ 40 years, having a postgraduate degree, graduate in courses other than in the health field, professional situation related to the presence of income, physical inactivity, overweight, having a history family of SAH, stroke and acute myocardial infarction, and individual and family income of ten minimum wages or more, and for SAH incidence the association occurred for family income between five and ten wages minimum and individual income of ten minimum wages or more, stop or decrease smoking and stop or decrease the use of added salt. Coffee, oilseeds (peanuts, walnuts and nuts) and legumes (beans and lentils) were the foods that contributed most to the total consumption of polyphenols. The consumption of flavonols, in the second and fifth quintile (OR: 0.63; 95% CI: 0.46 - 0.87 and OR: 0.68; 95% CI: 0.50 - 0.93) and phenolic acids (OR: 0.72; 95% CI %: 0.51 - 1.00) was inversely associated with the prevalence of SAH in the sample. After two years of follow-up, individuals in the third quintile of stilbene consumption had 58% less risk of having hypertension (HR: 0.42; 95% CI 0.18 - 0.98) compared to the first quintile. When analyzing the difference in blood pressure during the follow-up, it was observed that individuals in the fourth quintile of lignans had 42% less chances to have increased DBP (OR: 0.58; 95% CI 0.35 - 0.96) and those in the second quintile of anthocyanins were 40% less likely to have increased DBP (OR: 0.60; 95% CI 0.36 - 0.97) compared to individuals who consume in the first quintile. Conclusion: The consumption of flavonols, phenolic acids and stilbenes, but not total polyphenols, has an inverse relationship with the prevalence and incidence of systemic arterial hypertension in adults.
Description: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/13082
metadata.dc.rights.license: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 26/01/2021 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
Appears in Collections:PPGSN - Mestrado (Dissertações)

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
DISSERTAÇÃO_AssociaçãoConsumoPolifenóis.pdf2,54 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons