Aumento da recuperação de produtos da Mina Casa de Pedra.
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Data
2019
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Resumo
O ROM que alimenta a planta de beneficiamento da mina Casa de Pedra possui teor médio de
56% de ferro. O ROM é britado a 50.000 μm, gerando o granulado (-50.000+8.000 μm) com
61,5% de ferro; sinter feed grosso (-8.000+1.400 μm) com 63% de ferro e sinter feed fino (-
1.400+150 μm) com 59% de ferro. Os finos (-150 μm) com 45% de ferro são enviados para
deslamagem e concentração por flotação e separação magnética de alta intensidade do rejeito
rougher (CMAI 2) produzindo o pellet feed com 66% de ferro. O plano de lavra para os
próximos 10 anos (2020 a 2029) prevê redução de ferro no ROM de 56% para 52% devido à
baixa disponibilidade de minérios hematíticos. Devido a esse fato ocorrerá a redução de ferro
no granulado (-2,5%), sinter feed grosso (-2%) e sinter feed fino (-4%). O granulado com 59%
de ferro não é viável economicamente, sendo assim o mesmo será britado a 8.000 μm e
incorporado ao sinter feed. O sinter feed fino será concentrado em espirais concentradoras,
separação magnética de média intensidade em tambores WDRE e separação magnética de alta
intensidade WHIMS. Para a rota proposta foram realizados ensaios de classificação da fração
–1.400 µm do ROM por peneiramento a úmido em 150 μm, atualmente realizada por
hidroclassificadores espirais e hidrociclones, concentração do sinter feed fino (oversize
peneiramento) por separação magnética de média e alta intensidade e os finos -150 µm
(undersize peneiramento) por separação magnética de média e alta intensidade e flotação
cleaner. Para a realização desse estudo foi composto o ROM para o período de 2020 a 2029.
Os resultados obtidos demonstraram que a recuperação mássica e metalúrgica global do sinter
feed fino da rota proposta foram inferiores à rota padrão (-3,8% e -4,5%, respectivamente)
devido à redução de minerais portadores de ferro abaixo de 150 µm no sinter feed fino da rota
proposta. Os teores de ferro e sílica também foram melhores no sinter feed fino da rota proposta
(+0,5% de ferro e -1,6% de sílica). O pellet feed convencional da rota proposta apresentou
recuperação mássica e metalúrgica global superiores à rota padrão (+6,8% e +9,3%,
respectivamente) com teores de ferro e sílica melhores (+1,5% de ferro e -1,2% de sílica) devido
ao aumento da pressão de alimentação da deslamagem (+0,2 kgf/cm2
), redução da % de sólidos
da alimentação da deslamagem (-5%) na etapa primária e secundária, aumento da abertura do
apex da deslamagem secundária (+2 mm), pré-concentração do underflow final da deslamagem
convencional por separação magnética de média e alta intensidade e flotação cleaner. Foi
verificado também a redução do consumo de coletor (amina) em 61 g/t (81 g/t rota padrão para
20 g/t na rota proposta). O pellet feed produzido no CMAI ultrafinos da rota proposta apresentou
menor recuperação mássica e metalúrgica global (-0,8% e -1,1%, respectivamente) devido ao
menor teor de ferro na alimentação dessa etapa (-1,2%) e ao melhor desempenho da
deslamagem convencional. O pellet feed gerado na etapa de desaguamento do sinter feed fino
concentrado (overflow desaguamento) da rota proposta apresentou maior recuperação mássica
e metalúrgica global (+0,9% e +1,2%, respectivamente) devido à alimentação dessa etapa ser
composta por todo o concentrado produzido do sinter feed fino, ao contrário da rota padrão,
que foi composto somente pelo concentrado da separação magnética de média e alta
intensidade, excluindo-se o concentrado produzido pelas espirais concentradoras. O pellet feed
produzido no CMAI barragem da rota proposta apresentou menor recuperação mássica e
metalúrgica global (-0,7% e -0,9%, respectivamente) devido ao menor teor de ferro (-3,4%) na
alimentação dessa etapa. A recuperação mássica e metalúrgica global de produtos da rota
proposta foi superior à rota padrão (+2,4% e +4,1%, respectivamente).
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral. Departamento de Engenharia de Minas, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Peneiramento - mineração, Separação magnética de minério, Flotação, Beneficiamento de minério
Citação
SATINI, Anderson William Henrique. Aumento da recuperação de produtos da Mina Casa de Pedra. 2019. 72 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mineral) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.