Caracterização tecnológica de misturas de “sinter-feed” e “pellet-feed” empregando diferentes rotas de sinterização em escala piloto.
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Data
2018
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Resumo
Com a corrente transição dos depósitos minerais de ferro de hematíticos para itabiríticos e
goethíticos no quadrilátero ferrífero, o split de produtos do beneficiamento de jazidas vem se
alterando. As participações de minérios granulados e sinter feed vem se reduzindo com passar
do tempo com o proporcional aumento da geração de pellet feed. Este fato se deve
principalmente a característica friável dos minérios itabiríticos como também a necessidade
de maior cominuição do minério. A cominuição é necessária para aumentar o grau de
liberação e por consequência a recuperação metálica em processos de concentração.
Os sinter feeds que são gerados atualmente apresentam os teores de SiO2, Al2O3 e P mais
elevados. Tem sido prática das mineradoras aumentar a participação de pellet feed blendados
com sinter feeds para adequação da qualidade química. Com esta ação, o aumento de finos na
mistura de minérios é inevitável e por consequência, a etapa de aglomeração a frio do
processo de sinterização passa a ser mais exigida para manutenção dos níveis de
produtividade e qualidade do sínter. Logo, a siderurgia nacional necessita de soluções que
possibilitem a manutenção de performance e qualidade do sínter em mistura com elevadas
participações de finos, pois na grande maioria das siderúrgicas integradas, o sínter ainda é a
principal carga metálica utilizada. Uma mudança drástica deste cenário implicaria na
obsolescência da maioria das sinterizações, por ainda não estar apropriada a manusear grandes
quantidades de pellet feed na mistura de minérios.
O objetivo do presente estudo foi desenvolver uma rota tecnológica conceitual, considerando
concepções operacionais, layouts e tecnologias de mistura e nodulização que propiciassem a
utilização de finos (% <0,150mm) na mistura de minérios em patamares acima dos 40%,
consolidados industrialmente pela tecnologia HPS.
Para a avaliação e verificação das hipóteses consideradas durante o desenvolvimento do
estudo, uma série de experimentos em escala piloto foram realizadas, simulando
principalmente a etapa de preparação do processo de sinterização (homogeneização e
granulação). Os melhores resultados destas simulações foram submetidos a avaliações a
quente utilizando o pot grate para verificação dos impactos operacionais, possíveis
dificuldades de processo, produtividade e qualidade do sínter produzido, comparando os
resultados obtidos com os resultados referentes da tecnologia HPS, referência deste estudo. Dentre as possibilidades avaliadas, a rota utilizando disco (trabalhando em paralelo com o
misturador e nodulizador tambor) atingiu 60% de participação de finos na mistura de
minérios, com condições satisfatórias de processo e produtividade. Os resultados obtidos,
considerando 80% de finos, ainda carece de ajustes, pois apresentou grande instabilidade do
processo, principalmente em relação à qualidade física do sínter produzido.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Departamento de Engenharia Metalúrgica, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Minério de ferro, Sinterização piloto, Sinter feed, Pellet feed
Citação
Campos Junior, Fernando Luiz Câmara. Caracterização tecnológica de misturas de “sinter-feed” e “pellet-feed” empregando diferentes rotas de sinterização em escala piloto. 2018. 103 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Materiais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.