Avaliação longitudinal do padrão alimentar de universitários em uma instituição pública de ensino em minas gerais, Brasil.
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Data
2016
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Resumo
O acesso ao ensino superior é visto como um período em que ocorrem
grandes mudanças, inclusive na modificação de hábitos alimentares de estudantes
recém-ingressos. A adoção de padrões alimentares não saudáveis tem sido observada
em diversos estudos. Objetivo: Avaliar o consumo alimentar de universitários durante a
vida acadêmica, considerando a influência do perfil nutricional. Metodologia: Estudo
longitudinal com discentes de uma Instituição Pública de Ensino Superior de Minas
Gerais, com a amostra de 253 estudantes ingressos em 2010, cuja participação esteve
sujeita ao consentimento livre e esclarecido. Os dados foram coletados em 2010, 2011 e
2013. Obtiveram-se informações de identificação, socioeconômicas e antropométricas e
consumo alimentar. Estas foram obtidas por meio de Recordatório 24h e analisadas com
auxílio do software Virtual Nutri®. Avaliação qualitativa do consumo alimentar foi
referenciada segundo Guia Alimentar para População Brasileira. Os dados contínuos
tiveram sua normalidade analisada pelo teste de Shapiro-Wilk, Dados categóricos foram
apresentados segundo frequência de distribuição de grupos. As perdas de seguimentos
foram testadas segundo o teste do qui-quadrado. Dados de consumo alimentar foram
comparados pelo teste U de Mann-Whitney, de acordo com sexo. O teste de Friedman
foi utilizado para avaliar a evolução de consumo alimentar, com análise por teste de
Wilcoxon, quando houve diferença de consumo. O software Stata, versão 10.0 foi
utilizado para auxiliar as análises estatísticas, considerando-se 5% como nível de
significância para os testes realizados. O projeto foi submetido e aprovado pelo comitê
de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFOP. Resultados: 63% de estudantes
adultos, 51,38% do sexo feminino. 70,75% dos estudantes eram eutróficos. Homens
consomem mais macronutrientes/1000,0Kcal que mulheres. Mantem esse padrão para
leguminosas/1000,0Kcal (p = 0,03) e carne/dia (p = <0,0005), enquanto mulheres tem
maior consumo de açúcares/doces (p = 0,001). Estas apresentaram aumento no consumo
de vegetais (p = 0,05), enquanto reduziram consumo de energia/Kg (p = 0,012),
carboidrato/Kg (p = 0,01), proteínas/Kg (p = 0,04), lipídios/Kg (0,02) e leites e
derivados (p = 0,05). Os homens aumentaram consumo em porções/1000,0Kcal de
leguminosas (p = 0,02). Reduziram consumo de carboidratos e laticínios sob todos os
parâmetros e açúcares e doces segundo porções. Embora tenha ocorrido perda de
seguimento de 41,9%, o mesmo não interferiu nas características da população.
Conclusão: Em geral não houve variação do padrão alimentar dos estudantes, sob
exceção de alguns aspectos. As práticas alimentares não saudáveis são recorrentes,
exigindo ações de intervenção de educação nutricional.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Consumo alimentar, Hábitos alimentares, Alimentação institucional
Citação
FERREIRA, Fernanda Efrem Natividade. Avaliação longitudinal do padrão alimentar de universitários em uma instituição pública de ensino em minas gerais, Brasil. 2016. 71 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2018.