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Título: Prevalência de anemia ferropriva em mulheres de 15-49 anos, gestantes, crianças menores de 60 meses e condicionantes socioeconômicos, demográficos e nutricionais : Minas Gerais, 2007.
Autor(es): Lisbôa, Maria Beatriz Monteiro de Castro
Orientador(es): Freitas, Renata Nascimento de
Silva, Camilo Adalton Mariano da
Palavras-chave: Segurança alimentar
Aspectos sociais
Data do documento: 2016
Membros da banca: Freitas, Renata Nascimento de
Silva, Marcelo Eustáquio
Franceschini, Sylvia do Carmo Castro
Coelho, George Luiz Lins Machado
Priore, Silva Eloiza
Referência: LISBÔA, Maria Beatriz Monteiro Castro. Prevalência de anemia ferropriva em mulheres de 15-49 anos, gestantes, crianças menores de 60 meses e condicionantes socioeconômicos, demográficos e nutricionais : Minas Gerais, 2007. 2016. 100 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.
Resumo: Ao longo das últimas décadas profundas transformações alteraram a estrutura e o quadro epidemiológico da população brasileira. No campo da alimentação e nutrição, em especial a carência de micronutrientes destaca-se a anemia por deficiência de ferro, anemia ferropriva, como a mais grave e de maior prevalência entre as anemias carenciais. Embora entre os grupos mais afetados estejam crianças, mulheres em idade fértil, e famílias de baixa renda, todos os indivíduos, independentemente do estrato social são suscetíveis a essa deficiência. Neste trabalho nos propusemos a determinar a prevalência de anemia ferropriva em mulheres de 15-49 anos, gestantes e crianças menores de 60 meses em relação à segurança alimentar e nutricional e condições socioeconômicas familiares em Minas Gerais, 2007. Estudo transversal de base populacional, com amostra probabilística de mulheres em idade fértil e crianças com idade entre zero e 60 meses de idade, cujos dados foram coletados entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2008, em Minas Gerais. As gestantes foram avaliadas como um subgrupo, pois não constituíram a amostra. Para o cálculo da amostra assumiu-se prevalência de 50% de anemia no Estado e, para se chegar ao domicílio utilizou-se a teoria de amostragem estratificada em três estágios: município, setor censitário, quarteirão. Por inquérito domiciliar foram obtidas informações sobre as condições socioeconômicas, demográficas, situação de segurança alimentar e dados antropométricos das mulheres elegíveis para o estudo, gestantes e crianças. A concentração de hemoglobina foi analisada em fotômetro HemoCue®, considerando-se como anemia valores de hemoglobina < 11,0 g/dL para os menores de 60 meses e gestantes e < 12,0g/dL para as mulheres. A análise estatística estimou a prevalência,razão de prevalência com IC95%. O modelo foi ajustado por regressão logística multivariada. Adotou-se p<0,05 como nível crítico para definir significância estatística. Para os menores de 60 meses também foi realizada a análise utilizando estatística fatorial. A prevalência de anemia entre os menores de 60 meses foi de 37,4%, com maior prevalência (43%) no grupo etário de 6 a 24 meses; 31,9% para mulheres em idade fértil e 40,3% gestantes. A insegurança alimentar assim como renda, escolaridade, número de pessoas no domicílio e aleitamento materno não apresentaram associação com a anemia. As variáveis associadas foram: sexo feminino, idade e não freqüentar creche, permanecendo no modelo ajustado de regressão as variáveis: sexo feminino e não freqüentar creche para os menores de 60 meses. As variáveis paridade superior a três filhos, ter ou não filhos não trabalhar foram associadas significativamente com anemia entre as mulheres em idade fértil, permanecendo no modelo de regressão somente o trabalho e ter filhos. Nenhuma das variáveis pesquisadas mostrou associação entre ocorrência de anemia em gestantes. Nossos resultados mostraram que em Minas Gerais um terço das crianças (37,5%) com menos de 60 meses de idade e mais de um terço das mulheres em idade fértil apresentava anemia por deficiência de ferro. Reconhecida como a desordem de origem nutricional de maior prevalência no mundo, ainda são escassas as pesquisas voltadas exclusivamente para o grupo de mulheres em idade fértil. Entre os menores de 60 meses o estudo demonstrou a dificuldade em se definir estratégias de intervenção visando a redução da elevada prevalência dado que as associações testadas com diferentes variáveis sociais e biológicas não se mostraram significativas. Este estudo, pioneiro em Minas Gerais, sinaliza para a premente necessidade de realização de novas pesquisas dada a complexidade de identificação dos fatores determinantes da anemia ferropriva na população estudada.
Resumo em outra língua: Over the past decades, the structure and epidemiological situation of the population have changed profoundly. In the field of food and nutrition, iron deficiency, particularly iron deficiency anemia stands out among micronutrient deficiencies as the most severe and the most prevalent among the nutritional anemia. Although the majority of people affected are children, women of childbearing age, and low-income families, this deficiency can affect all individuals, regardless their social status or age. In this paper, we set out to determine the prevalence of iron deficiency anemia in women aged 15-49, both pregnant and not and children of 60 months of age in relation to food safety and family socioeconomic conditions in the state of Minas Gerais, in 2007. Cross-sectional study of population-based random sample of women of childbearing age and children aged between zero and 60 months, with data collected between February 2007 and January 2008, in Minas Gerais. Pregnant women were analyzed as a subgrup, since they did not constitute the sample. In order to calculate the sample, was calculated assumed 50% prevalence of anemia in the state and, to reach the household used the stratified sampling theory in three stages: municipality, census tracts and block. Through household survey information was obtained on the socio-economic, demographic, food safety situations and anthropometric data of women eligible for the study, pregnant and children. Hemoglobin concentration was analyzed in HemoCue ® photometer, considering anemia as hemoglobin <11.0 g /dL for children under 60 months and pregnant and <12,0g /dL for women. Statistical analysis estimated the prevalence, as prevalence ratio with 95% CI. The model was adjusted by multivariate logistic regression. It adopted p <0.05 as the critical level to define statistical significance. For those under 60 months, a factorial statistical analysis was also carried out. The prevalence of anemia among children under 60 months was 37.4%, with the highest prevalence of 43% in the age group 6-24 months; 31.9% for women of childbearing age and 40,3% for pregnant. Food insecurity as well as income, education, number of household members and breastfeeding were not associated with anemia. The associated variables were: female gender, age and not attending day care. And thus, the following variables remained in the adjusted regression model: female and not attending day care for children under 60 months. These variables parity of more than three children, having children or not and not working were not significantly associated with anemia among women of childbearing age. Thus, only working and having children remained in the regression model. None of the variables studied showed an association between the occurrence of anemia in pregnant. Our results showed that in Minas Gerais one third of children (37.5%) below 60 months age and more than a third of women of childbearing age had iron deficiency anemia. Recognized as the most prevalent source of nutritional disorder in the world, researches focusing exclusively on the group of women of childbearing age are still scarce. Among children below 60 months age, the study showed the difficulty in defining intervention strategies aimed at reducing the high prevalence since the tested combinations with different social and biological variables were not significant. This study, a pioneer in Minas Gerais, points out the urgent need to conduct further research given the complexity of identifying the determining factors of iron deficiency anemia in this population.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/10131
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 05/09/2018 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
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